Marked by Shadow

53 - papéis missões e como não surtar

Dante e Petal avançaram pela floresta, seus passos agora mais cautelosos. A vitória sobre a criatura deixou um rastro de calma temporária, mas ambos sabiam que a verdadeira batalha ainda não havia sido vencida. O silêncio que os cercava estava carregado de uma tensão palpável, como se a floresta ainda estivesse respirando, esperando pelo próximo movimento.

Petal, agora mais atenta ao ambiente ao seu redor, fez um gesto sutil para Dante, sinalizando que algo havia mudado. Um leve estalo nas árvores, um cheiro diferente no ar, algo estava se aproximando. A energia ao redor deles parecia ter mudado novamente.

Dante, com seus sentidos apurados, ficou em alerta. A sensação de ser observado, de estar sendo seguido, tornou-se intensa. Ele se transformou novamente, desta vez tomando a forma de lobo, seus músculos prontos para qualquer coisa que surgisse da escuridão da floresta.

A tensão cresceu, e Petal, agora mais focada, fechou os olhos e estendeu as mãos para o céu. A magia em sua pele começou a brilhar, a energia se acumulando em torno dela enquanto ela preparava um feitiço mais forte. O que quer que estivesse vindo, ela não iria deixar que passasse.

De repente, emergiu da sombra uma figura encapuzada, com a postura imponente de quem estava acostumado a ser seguido. A aura dela era de poder, mas também de frieza. Um vampiro, velho e imponente, apareceu diante deles, com os olhos brilhando de uma intensidade fria. Ele os observava com um sorriso leve, mas não havia simpatia em seu olhar.

— Achei que poderia sentir a energia de um lobo em meu território — disse ele, sua voz grave e controlada, como se soubesse o que Dante representava.

Dante rosnou baixinho, se aproximando de Petal, mas ainda mantendo distância, os olhos fixos no vampiro.

— Você está em nosso território agora — Petal respondeu, sem hesitar. Sua magia ainda pulsava ao seu redor, preparada para um possível confronto.

O vampiro olhou para ela, uma pequena risada escapando de seus lábios. — Um lobo e uma bruxa. Uma combinação interessante. Mas o que querem de mim?

Petal e Dante se entreolharam, ambos compreendendo que havia algo mais em jogo aqui, algo que não podiam simplesmente ignorar. O vampiro não estava ali por acaso, e a sua presença era uma ameaça.

— O que sabemos é que você está vinculado ao que está acontecendo nos territórios do Norte. — Petal disse com firmeza, sua voz carregada de autoridade. — E isso precisa ser resolvido.

O vampiro sorriu mais amplamente, seu olhar passando de Petal para Dante. — E o que acham que podem fazer para resolver isso? Não são nada além de cães e bruxas.

Petal, com uma calma impressionante, se aproximou dele com passos leves, sua energia brilhando mais intensamente enquanto ela falava. — A diferença é que temos mais poder do que você imagina. Agora, nos diga o que sabemos sobre o que está acontecendo. Sua resposta pode determinar se saímos daqui de maneira amigável ou não.

Dante ficou em silêncio, atento, aguardando a resposta do vampiro. Ele podia sentir a tensão aumentar, mas sabia que Petal tinha o controle da situação.

O vampiro observou-os por mais alguns segundos, claramente avaliando-os, até que finalmente falou. — Vocês têm sorte, lobo e bruxa. Eu estava começando a me divertir. Mas é melhor que deixem de ser tão impetuosos. A resposta que procuram está mais perto do que imaginam. Sigam-me, e talvez eu os leve até o que estão buscando.

Petal fez um gesto para Dante, e com um olhar de entendimento, eles se prepararam para seguir o vampiro. Sabiam que a missão ainda não estava terminada, e que mais desafios aguardavam, mas agora, com a pista certa, estavam mais perto da verdade.