34| Temporal e jantar . . .

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Fazia 5 minutos que tinha tocado para o intervalo da manhã. O tempo lá fora estava terrível daí haver um mar de gente nos corredores da escola. Chovia a potes e existia também uma ventania bastante forte, suspeito que venha a existir uma tempestade a sério mais para o final do dia. Era difícil passar pelos corredores uma vez que todos os alunos estavam amontoados uns em cima dos outros.

Beatrice, Carol e Kourtney falavam de assuntos variados enquanto que Liam, Niall e Mike falavam sobre as próximas competições que estariam para ter lugar na escola.

- É verdade! - exclamou Kourt - Sexta é o meu aniversário, e isso significa que vamos todos sair. - disse bastante entusiasmada.

- Se este temporal continuar não me parece que vá existir saída para alguém. - adverti fazendo a loira carrancar. Conseguia-se ver que esta faria os possíveis para que nada estragasse o seu aniversário.

O diálogo continuou. Hoje ainda não tinha visto o Harry. Ele ainda não me tinha vindo procurar, ou se de momento me estava a procurar ainda não me tinha encontrado, o que era estranho porque ele sabia exactamente onde é que eu e o resto dos meus amigos nos sentamos quando somos obrigados a ficar dentro da escola por causa do clima.

Não saía dos meus pensamentos a ideia de Harry ter vergonha de ser visto comigo. Será que ele realmente tinha? Será que ele ainda não me tinha vindo cumprimentar por não queria ser visto comigo? Se calhar eu estava a ser um bocadinho controladora, mas não é isso que os namorados fazem quando se vêm? Cumprimentam-se?

Eu não era uma rapariga muito cliché em relação a certas coisas quando o assunto eram relacionamentos, mas isto estava-me a corroer o interior.

Olhei para cima e vi James debruçado sobre mim. Tal como habitual tinha um sorriso contagiante na cara.

- Bom dia. - sorriu-me - Será que posso falar contigo?

- Claro. - percebi logo que ele queria falar num sítio mais sossegado e levantei-me, para rapidamente ser encaminhada para um corredor onde não existissem tantos seres a respirar e a falar alto.

- Amanhã o jantar é a que horas? - questionou.

- Não tenho a certeza. Mas quando eu logo chegar a casa pergunto à minha mãe e mando-te mensagem a avisar.

- Obrigado. - e dito isto ficou a olhar para mim.

- Só querias falar comigo sobre isto? - perguntei confusa.

- Sim, quer dizer não. - acabou por dizer bastante atrapalhado - Tenho saudades tuas.

- Eu não fui a lado nenhum. Continuo a viver na mesma rua, continuo a frequentar a mesma escola que tu e não fiz nenhuma viagem. Onde é que está o problema? - perguntei claramente divertida.

- Não é isso. - disse revirando os olhos - Eu e tu já não falamos tanto e eu sinto a tua falta diariamente Ká. - e com este seu pequeno discurso acabei por lhe dar um abraço.

- Estou a ver que o menino está carente. - disse no gozo - Fazemos assim quando fores jantar a minha casa falamos tudo aquilo que temos para falar um com o outro.

Acabou por tocar e cada um teve de ir para a sua sala. O dia passou e eu continuei sem ver o Harry, comecei a questionar-me se ele tinha sequer vindo à escola. Decidi por fim mandar-lhe uma mensagem, mas não obtive resposta. O dia passou calmamente e o temporal aumentou. Quando cheguei a casa despachei-me a mandar uma mensagem ao James assim que soube a resposta da minha mãe. O dia tinha sido puxado e eu estava exausta.

***

Eram agora sete da tarde e eu estava sentada numa cadeira da cozinha a beber um chocolate quente, enquanto via a chuva a bater contra as janelas da cozinha. Tal como o senhor da meteorologia indicara na televisão hoje de manhã, tinha chovido durante o dia inteiro. A chuva apesar de ser violenta, para mim resultava como calmante, havia alguma coisa na sua essência que me acalmava, me anestesiava e me fazia recordar dos meus tempos de criança. A minha mãe suspeitava que seria apenas esta semana que este clima predominaria uma vez que em Miami era raro haver um temporal, mas quando havia eu tentava a todo o custo aproveitá-lo ao máximo uma vez que este calor todo chegava a ser sufocante.

A campainha entoou e eu dirigi-me até à mesma para abrir a porta e cumprimentar o James que era seguido dos pais e do irmão mais novo que era da mesma idade do meu. No final de todos os « olá's » e « estás tão crescido/crescida », eu e James conseguimo-nos finalmente dirigir para o meu quarto para ter a tão desejada conversa. Assim que entrámos no meu quarto o rapaz que eu conhecia desde que nasci atirou-se para cima da minha cama de casal e não apresentou possíveis intenções de sair de lá.

- Esteja à vontade sua majestade. - disse revirando os olhos, acabando por o fazer rir.

- Não sejas assim Kate.

- Tenho de te fazer uma pergunta. - disse a medo, eu sabia que o assunto em que ia tocar poderia, e provavelmente seria o que ia acontecer, irritá-lo - O Harry tem de ido à aulas? - o seu corpo logo estremeceu todo.

- Não. - fiz uma nota mental para voltar a mandar mensagem ao Harry - O que raio se tem passado entre vocês os dois? - suspirei, será que devia contar que agora ambos tínhamos uma relação a sério? Será que ele iria reagir como da última vez? Decidi arriscar.

- Nós namoramos. - tentei soar confiante, mas acabei por falhar redondamente.

- Vocês o quê?! - não outra vez não - Kate estás a cometer um grande erro. Tu já sabes como ele é, tu sabes que ele não é pessoa de se comprometer.

- Ele mudou. - defendi.

- As pessoas não mudam, muito pelo contrário, só tentam a todo o custo esconder aquilo que realmente são.

As palavras de James faziam sentido na minha cabeça, se fossemos a ver o Harry tinha-se transformado, tal como as borboletas. Ao princípio nada no Harry, era por assim dizer bonito, e acho que essa fase corresponderia ao de uma larva de borboleta, pois estas também não são bonitas muitas vezes, mas por outro lado têm aquele lado fofo de serem pequenas e se moverem de forma engraçada, e acho que o Harry também era de certa forma engraçado apesar de não irradiar nada de bom, e tal, como as crianças eu também tive a tentação de observar o tal ser engraçado. Mas tal como as borboletas o nosso relacionamento cresceu e acho que simplesmente chegou a uma fase em que era preciso mudar e o Harry fê-lo, tal como eu, mas eu fi-lo em menor proporções, e esse momento corresponderia à fase em que a borboleta chega ao final da sua transformação e sai do casulo e se transforma em algo belo que todos gostam de apreciar. Mas, no final de contas, a borboleta continua a ser a larva. Será que o Harry continua a ser larva também?

De repente as luzes apagam-se e o som de um trovão é ouvido para logo ser seguido por um relâmpago bem junto à minha janela. Aquilo tinha sido idêntico aos dos filmes de terror. E depois eu apercebi-me ao voltar à realidade, que estava "fechada" no meu quarto com uma pessoa que podia explodir a qualquer momento devido aos momentos que tinham antecedido este. A nossa conversa estava longe de acabada.

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TENHO NOTÍCIAS!! CHEGAMOS AS 1K LEITURAS!!! Ok eu sei que isto e praticamente nada comparado com algumas histórias que apenas tem 40 caps e já tem cerca de 100k, mas eu sei que um dia havemos de chegar lá!!

Eu acho que esta fic vai ter 99/100 caps. :/

Agora a sério eu acho que isto esta a ficar muito secante e etc e também muito pouco realista!! Dêem me a vossa opinião!! A sério eu não mordo nem vos vou comer ou algo do género mas adorava saber o que e que vocês estão a achar da história!!

O que acham de eu fazer os caps maiores??

Vou mudar a capa!! Ja a tenho feita só falta mesmo decidir qual e que ficou melhor porque eu fiz várias.

Dêem me ideias e falem comigo!!

Ps votem e comentem!!

Moon

Cigarettes | h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora