54| Pizza e almofada de decoração . . .

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2 semanas depois

A nossa nova casa era bastante acolhedora. O apartamento que a minha mãe arranjou era pequeno, mas mesmo assim conseguia fazer com que cada um tivesse um quarto só para si. Todos parecíamos gostar do nosso novo lar. Para Soph era um bocado indiferente uma vez que ainda era um bebé e nem sequer percebia a gravidade do problema que envolvia a sua família, por outro lado Derek não era burro nenhum e começava a perceber o que se passava à sua volta, este apenas se queixava que a nossa nova casa não tinha espaço suficiente para ele jogar à bola. A minha mãe andava atarefada tentando fazer com que não nos faltasse nada.

O meu novo quarto tinha as paredes num verde-água ao contrário do anterior que tinha as paredes de um cinza claro. O quarto era pequeno, mas o suficiente para mim, uma vez que as estantes presentes no mesmo conseguiam acolher todos os meus livros. Todo o apartamento me fazia lembrar o apartamento do Harry, onde eu me tinha escondido com ele sempre que a minha mãe me deixava sair de casa. Sentia falta de viver perto do James ou da Kim.

Grande parte das cicatrizes do meu corpo já tinham desaparecido e isso fazia com que a minha auto-estima aumentasse. Acabei de calçar as botas de cano alto e dirigi-me até à sala onde a minha mãe teclava que nem uma louca no computador.

- Mãe vou indo. - avisei.

- Tem cuidado. Pergunta ao Harry se amanhã não quer cá vir jantar.

Depois de um aceno de cabeça sai de casa e enfiei a fita que segurava as minhas chaves de casa no pescoço. Apanhei o elevador e num instante estava já na rua e a caminhar em direcção ao carro do Harry. Sem que o rapaz tivesse tempo de reacção entrei no carro e deixei um beijo nos seus lábios.

- Já te disse que não gosto que venhas sozinha de elevador. - censurou-me.

- Eu não vou morrer por descer de elevador sozinha. - revirei os olhos.

Já tinha passado mais de um mês e o Harry continuava muito protector em relação a mim, coisa que às vezes chegava a ser sufocante.

- Como correu a consulta? - a verdade é que hoje de manhã tive a primeira consulta com o psicólogo.

Ao principio não fora fácil abrir-me. Não me queria expor e sentia que se o fizesse as pessoas iam ter pena de mim, mas ao fim de um bocado finalmente consegui começar uma conversa fluente com o Dr. Simon. Falámos sobre os meus pesadelos e chegámos a acordo dizendo que estes se deviam provavelmente aos meus medos e combinámos nas próximas consultas tentar achar uma maneira para fazer com que eles acabassem. Quando dei conta já tínhamos parado em frente ao apartamento e já tinha contado os pormenores todos sobre a consulta ao Harry. Contei-lhe também que a audiência em tribunal estava marcada para esta semana.

- Eu vou lá estar bebé. Ninguém te vai tocar num único fio de cabelo prometo. - disse entrelaçando os nossos dedos.

O aquecimento estava ligado e quando o Harry abriu a porta do apartamento uma lufada de ar quente fez com que eu tirasse o lenço que estava envolto no meu pescoço e o meu casaco. O relógio da sala apontava para as sete da noite e percebi que o nosso jantar iria ser pizza assim que o Harry tirou uma pizza pré-feita do frigorífico. Ao fim de uns cinco minutos o forno já estava quente o suficiente e a pizza estaria pronta em vinte.

O Harry sentou-se ao meu lado e puxou-me para si enquanto ligava a televisão e punha num canal qualquer a que eu não dava atenção nenhuma. Sentia-me relaxada em momentos como este. Sentia que era amada de verdade e que nada nem ninguém me podia tocar.

Não demorou até a pizza estar pronta e o Harry se voltar a sentar ao meu lado com dois pratos.

- A minha mãe perguntou se amanhã queres ir jantar lá a casa. - mandei para o ar.

- Amanhã não posso. - disse sem me olhar nos olhos - E também não vou puder passar o dia contigo. - uma onda de desilusão atingiu-me, mas tentei mandá-la para trás. O Harry tinha passado muito tempo comigo e eu sabia que ele também tinha as suas coisas para fazer e devido a todos estes pensamentos senti-me egoísta por querer o Harry só para mim.

A noite continuou e ambos já tínhamos acabado de jantar e eu estava mais uma vez nos braços do Harry. A minha mão estava pousada no seu peito e os seus longos dedos mexiam nos meus cabelos, acção que me punha em puro êxtase. A certo momento da noite o filme que ambos observávamos tornou-se mais quente e senti a mão do Harry descer até ao meu rabo. O meu corpo tornou-se tenso e percebi logo, ou provavelmente, como iria acabar a nossa noite. Aproximei os meus lábios do seu pescoço e beijei o mesmo. Senti o seu alto pulsante crescer dentro das suas calças.

De um momento para o outro o Harry já me tinha levado até ao quarto e deitado na cama. As peças de roupa foram saindo do nosso corpo até ambos nos encontrarmos apenas em roupa interior inferior. O olhar do Harry que outrora fora de um verde intenso encontrava-se negro enquanto percorria o meu corpo ao mesmo tempo que mordia o lábio. Eu já me encontrava molhada e com aquela visão dele apenas em roupa e a morder o lábio ia fazer com que eu tivesse um orgasmo sem sequer ele me preencher. O seu corpo desceu e senti os seus lábios molhados beijarem cada uma das minhas marcas fazendo-me suspirar e fechar os olhos. O Harry tinha esta arte de me fazer sentir bem, e eu não nunca iria puder agradecer-lhe o suficiente por isso.

Num abrir e fechar de olhos as nossas roupas interiores estavam num canto do quarto e um preservativo já estava no grande membro do Harry. O seu membro roçou a minha intimidade e quando ia para entrar em mim ouviu-se gemidos provenientes da sala que tinham origem do filme que já tivera sido esquecido por nós. O Harry bufou, agarrou numa almofada de decoração e tapou o seu amiguinho uma vez que a vizinha do apartamento da frente gostava de coscuvilhar pelas janelas para depois contar tudo à vizinha do resto de chão, e tenho de admitir que não queria que ela visse algo que me pertencia.

Quando o Harry voltou, depois de desligar a televisão e mandar a almofada sabe lá Deus para onde, voltou a posicionar-se por cima de mim. Por momentos os seu membro pareceu maior do que antes, provavelmente invenções da minha cabeça. Com a sua mão voltou a posicionar o seu membro na minha entrada e enterrou a sua cabeça no meu pescoço sorrindo de lado.

- Eu prometo que desta vez vai ser melhor. - e sem aviso entrou dentro de mim.

Desta vez não doera tanto como da primeira vez que o fez. Rapidamente o Harry começou a mexer-se e a dor que antes senti desapareceu.

- Harry... - gemi agarrado nos seus abdominais firmes, ato que o fez gemer mais alto.

- Kate... - acabou por gemer também - Amo-te, ... bebé. - disse entre suspiros e gemidos.

- Amo-te... - tentei dizer, coisa que foi difícil devido a todo o prazer que eu sentia.

Os movimentos incessantes continuaram e a pouco e pouco senti as minhas paredes a apertarem-se cada vez mais e o membro do Harry tornar-se mais grosso. O Harry aumentou a intensidade e sem que eu desse conta gemi alto, bastante alto, mas para meu agrado os lábios do Harry atacaram os meus. Os movimentos do Harry continuavam até que senti todo o meu corpo relaxar e uma sensação de prazer percorrer o meu corpo. Mais umas estocadas e senti o Harry ejacular no preservativo e deitar-se ao meu lado. Ambas as nossas respirações estavam descompassadas e alteradas. Isto tinha sido tão bom.

- Gostaste? - perguntou o Harry puxando-me de encontro ao seu peito.

- Sim... - tentei dizer enquanto me deitava sobre o seu peito e observava as suas tatuagens que tanto me intrigavam.

- Doeu? - neguei com a cabeça e beijei os seus lábios.

Voltei a pousar a cabeça no seu peito e o Harry puxou os cobertores para cima do nossos corpo. O meu dedo começou a delinear uma das andorinhas do Harry, mas fui vencida pelo cansaço. E pela primeira vez em dias, se calhar semanas, adormeci com a certeza que não iria ter pesadelos.

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A maratona continua!!

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Moon


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