28| O museu de lojas e o dinheiro . . .

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Voltei à escola no dia a seguir. Encontrava-me bastante mais calma. De vez em quando ainda tinha arrepios quando pensava no acontecimento que tinha ocorrido à duas noite atrás.

Hoje era sexta e de momento encontrava-me em minha casa à espera do Harry. Ele dissera que passaria por aqui para me vir buscar por volta das quatro da tarde, mas neste momento eram quatro e meia da tarde e nada de Harry Styles.

Ao fim de algum tempo a campainha acabou por tocar e eu voei até à mesma. Tal como eu, Harry já não tinha a farda da escola vestida, mas sim uma roupa simples.

- Desculpa o atraso. – disse coçando a nuca.

- Não faz mal. Vamos? – perguntei e ele encaminhou-me para o carro.

Harry ligou a ignição e o carro preto começou a trabalhar. Qualquer pessoa conseguia ver que Harry estimava o seu carro. Todo ele parecia ter sido recuperado e renovado.

Olhei pela janela e estranhei o caminho que Harry estava a usar para o centro comercial. As minhas sobrancelhas juntaram-se em confusão.

- Este não é o caminho para o... - comecei por dizer.

- Nós vamos a outro centro comercial. – disse simplesmente.

Ao fim de mais uns quinze minutos de condução Harry estacionou o Mustang num estacionamento coberto que eu presumi pertencer ao tal centro comercial que íamos. Quando entramos eu não quis acreditar onde o Harry me tinha trazido. À minha frente, no meio do corredor de lojas, existia um extenso lago e quando olhei consegui ver peixes Koi a nadar no mesmo. O corredor que dividia as lojas não tinha cobertura e permitia ver o final da tarde que estava a decorrer em Miami. Do meu lado direito existiam lojas como Dolce&Gabanna, Versace e Louis Vuitton; enquanto que do meu lado esquerdo existia uma Zara e uma Louboutin. A lista de lojas caras estendia-se pelo outro lado do corredor e pelos pisos acima do nosso. Eu consegui ver uma Chanel no final do corredor do meu lado direito. Isto para uma pessoa como eu era como se fosse um museu, tudo aqui parecia demasiado importante e respeitável para uma rapariga simples.

- Harry eu não tenho dinheiro para isto. – murmurei envergonhada.

- Não te preocupes. Anda. – agarrou na minha mão e puxou-me pelo longo corredor descoberto.

Experimentei todo o tipo de vestidos existentes naquele centro comercial. Desde curtos a longos, pretos a rosas, com bolinhas e às risquinhas; mas nada parecia satisfazer o Harry.

Eu queria um vestido simples que não exibisse muito. Harry tinha-me contado ao logo da nossa expedição pelo centro comercial, que o jantar que iria acontecer amanhã era de negócios e era para celebrar um negócio recente que o pai de Harry tinha feito e que parecia que iria levar a empresa a ter um lucro maior do que o que já tem. Toda a gente conhece a Styles Industries e não é por esta ser pobre em termos de bens e dinheiro. Percebi também ao longo da conversa que Harry não se dava muito com o pai, mas como futuro herdeiro da sua empresa deve de comparecer no máximo de eventos possíveis, pois segundo o pai dele, ajudará-o a ganhar alguma experiência.

Ao fim de álbum tempo entrámos numa Stella McCartney. Um vestido que estava num manequim logo me chamou à atenção e Harry incentivou-me a experimentá-lo fazendo um aceno com a cabeça. Fiz figas para que houvesse um número pequeno que me servisse, e digamos que as minhas preces foram ouvidas. Entrei na cabine e mudei rapidamente de roupa. Harry esperava-me do outro lado da cortina impacientemente.

O vestido era num tom de azul bebé. Todo o vestido em si era fluído e o tecido era fino. O decote era em V à frente e atrás. Na cintura era como se o tecido fluído se embrulhasse à volta da mesma para a marcar. E por fim a saia caía livremente pelas minhas pernas rastejando um pouco no chão. Eu estava sem palavras. Eu não me reconhecia. Fiz um rabo-de-cavalo um pouco desleixado. Ouvi o lado do fora da cabine Harry a chamar por mim impacientemente.

Abri a cortina e assim que o fiz Harry abriu os seus olhos que se encontravam fechados e desencostou-se da parede oposta à da cabine em que eu me encontrava. Os seus olhos verdes abriram-se muito e engoliu em seco.

Sentia-me uma princesa. Peguei na saia do vestido e levantei-a podendo assim andar sem tropeçar na mesma. Harry continuava a olhar para mim com os olhos muito abertos. Medo começou a correr pelas minhas veias devido à falta de resposta do Harry.

- Então, o que achas? – perguntei a medo dando um voltinha sobre mim mesma.

- Estás linda... - disse – Espera falta uma coisa. – e de seguida correu pela loja e mais tarde voltou com uns sapatos de salto alto prateados grossos e uns brincos em forma de flor todos cravejados de predas preciosas em tons de branco.

Calcei os sapatos e pus os brincos, e de seguida olhei-me ao espelho. Eu estava irreconhecível. Harry aproximou-se de mim e pôs as suas mãos nos meus ombros para de seguida me puxar contra o seu peito e me beijar delicadamente o pescoço e murmurando o quão bonita eu estava. Rapidamente comecei a corar. Felicidade encontrava-se presente em mim até me lembrar que não tinha dinheiro para aquilo tudo. Tristeza apoderou-se de mim tão depressa como a felicidade se tinha apoderado minutos antes. Harry acabou por notar a minha expressão e mostrou uma carranca.

- O que se passa? – perguntou juntando as sobrancelhas e criando uma ruga no meio da sua testa.

- Eu não tenho dinheiro para isto tudo. – ele segurou no meu queixo entre o seu polegar e indicador e fez-me olhar para ele.

- Já resolvemos isso. Agora veste-te e dá-me a roupa. Estou à tua espera na entrada. – e de seguida beijou ao de leve os meus lábios, deixando-me cheia de desejo por dentro.

Fiz aquilo que ele mandou. E mais tarde fui ter com ele à entrada da loja, mas notei que segurava um grande saco.

- O que é isso? – perguntei curiosa.

- Vê tu mesma. – e não quis acreditar.

- Tu não pagaste isso pois não? – perguntei já sabendo a resposta.

- É um presente. – eu estava em choque.

- Não Harry. Eu não posso aceitar. É muito dinheiro.

- Dinheiro para mim não é um problema Kate. Vá lá aceita.

Ao fim de uns bons cinco minutos em insistir acabei por aceitar, mas continuei chateada. Eu não queria presentes ou até mesmo o dinheiro dele. Eu sentia-me mal por ele ter gasto tanto dinheiro comigo pois eu não tinha tanto dinheiro para gastar com ele tal como ele tinha feito comigo. No final da nossa discussão Harry pousou o saco no chão, e emoldurou a minha cara nas suas mãos para de seguida me beijar com paixão. Correspondei ao beijo e agarrei os seus pulsos. No final do beijo murmurei um « obrigada ». Dirigimos-nos para o carro de seguida pois já estava a ficar tarde.

Ao fim de pouco tempo eu encontrava-me à porta de minha casa. Harry beijou-me e desapareceu no fim da rua. Eu não queria acreditar que ele realmente tinha gasto aquele dinheiro todo comigo.

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Estou de volta. O capítulo está grande pois já não atualizava à cerca de 10 dias. É um bonus espero que gostem.

Moon

Cigarettes | h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora