Capítulo 12

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Dias mais tarde, Onur voltou a Istambul para tomar de volta as rédeas da empresa.
– Bom dia Noraiate. – Onur estava com um sorriso largo.
– Bom dia, Sr. Onur. – Noraiate não escondeu sua surpresa ao ver seu chefe.
– Como vai tudo por aqui? – ele perguntava enquanto batia de leve os dois primeiros dedos da mão direita na mesa dela.
– Muito bem, à propósito a senhora Sherazade veio vários dias para lhe entregar um CD. – ela falava calmamente.
– Hum... entendo... obrigado. Noraiate. – Onur entra em sua sala.
Kerem chega alguns minutos depois.
– Bom dia Noraiate. – ele fala com pressa.
– Bom dia Sr. Kerem, aviso que o Sr. Onur voltou. – ela fala sorridente.
– O que? – ele pergunta surpreso.
– E está com uma bela aparência.
Kerem entra na sala de Onur, Onur olha para ele e sorrir.
– Bom dia Kerem.
– Onur Aksal, que loucura foi essa? Você sumiu por 1 mês e nem ao menos nos disse nada. – Onur sorria sarcástico para ele.
– Kerem, tudo o que fiz foi tentar relaxar, eu estava um pouco tenso e resolvi tirar umas férias, desculpe por não ter avisado, eu precisei fazer isso. – ele levanta e vai até o amigo e dá leves batidas em seu ombro.
– Senti saudades. – Kerem o abraça. – Faz mais isso não...
– Prometo que não farei mais. – ele sorrir. – Agora me conte o que aconteceu em minha ausência.
– Bem... quero lhe informar que ganhamos a licitação de Dubai.
– Parabéns Kerem, meus parabéns.
– E eu e a Sherazade já avançamos bastante no projeto.
– Sim, eu imagino. – ele ajeita o terno.
– Além disso temos mais 2 projetos para produzir, Bennu está cuidando de tudo.
– Que bom, que bom. Viu, por isso eu não avisei de minha saída, eu sabia que tudo estaria bem, mesmo que eu não estivesse presente.
– Mas vejo que de fato você está bem melhor. – fala Kerem o analisando.
– Obrigado.
– Ah esqueci de dizer, que hoje temos um almoço muito importante com a construtora que está responsável pelo projeto novo, é a construção de um estádio de futebol em Moscou.
– Um projeto bastante importante, porém hoje eu não posso.
– Por quê? – ele pergunta confuso.
– Kerem, tenho algo muito importante a resolver e precisa ser hoje.
– Tudo bem, essa parte eu entendi, só não sei, relacionado a que...
– Nada. Algo mais?
– Não, pensando bem, vou trabalhar porque, você está muito esquisito. –  Kerem sai da sala de Onur.

Mais tarde Sherazade estava saindo para almoçar.
– Pronto, acho que estou levando tudo. – Bennu olhava novamente a sua bolsa.
– Ai Bennu, não exagera é claro que você está levando tudo. – Sherazade guardava seus pertences em sua bolsa.

Onur estava chegando perto da sala dos arquitetos quando ouviu Sherazade e Bennu conversando.
E o Kaan, como está? – perguntava Bennu.
Muito bem, ele todas as manhãs vai até meu quarto, pula em cima de mim e beija meu rosto.
Onur sorrir.
Ai que bonitinho...
– Bennu, eu não sei nem quem é esse homem, que doou a médula para meu filho, mas eu espero que ele seja muito feliz.
Onur as esperou terminarem de falar sobre Kaan e só então ele se aproximou.

– Bom dia! – Onur fala chegando de mansinho.
Sherazade recua apreensiva, Bennu toma um susto.
– Bom dia, Sr. Onur. – Bennu é a primeira que fala. – Que bom vê-lo novamente.
– Obrigado! Estão saindo para almoçar?
Sherazade estava estranhando mais, a voz mansa e calma dele, que a sua presença.
– Sim, mas na verdade eu vou almoçar com o Sr. Kerem, o pessoal da construtora do estádio quer falar com a gente.
Sherazade olha para Bennu com repreensão.
– E você Sherazade? – ele a olha com ternura e carinho.
– E-eu? Vou acompanhá-la até a saída da empresa.
– E depois, você vai almoçar sozinha? – ele pergunta esperançoso.
– Olha, eu vou indo... – Bennu se afasta.
Sherazade a olha desesperada.
– Sherazade, será que você se importaria de almoçar comigo? – ele pede quase implorando.
– Senhor, eu... eu...
– Por favor... eu só gostaria de falar algo com você, não precisa ter medo de mim. Acredite! Por favor, venha almoçar comigo.
Sherazade respira fundo, olha para ele, e diz:
– Tudo bem.
– Obrigado! – ele sorrir.

Ao chegarem ao restaurante Onur afastou a cadeira para Sherazade sentar, ela se sentou, ainda um tanto desconfiada dele. Eles pediram o almoço e só então começaram a conversar.
– Sherazade, – na verdade Onur começou. – eu gostaria muito que você me perdoasse por aquele dia, aquele triste dia que eu te tratei mal, aliás lhe tratei muito mal e eu quero me desculpar, me arrependo muito de ter te tratado daquela forma. – ele falava a olhando nos olhos.
Sherazade sentia o arrependimento que emanava de seus belos olhos azuis.
– Tudo bem, eu já lhe perdoei, mas não entendo, o senhor só me trouxe aqui para me pedir desculpas, poderia ter feito isso na empresa.
– Não Sherazade, não te trouxe aqui só para isso...
– Então...
– Sherazade, nesse um mês que estive fora pude ver as coisas com mais clareza, passei 1 mês isolado de tudo e de todos, apenas comigo mesmo, eu queria me entender, naquele dia que te tratei tão mal, não sei, ali não era eu... enfim... em minha solidão eu descobri Sherazade, sim eu descobri... – ele parecia desorientado e reflexivo. – sabe porque eu te tratava mal?
– Não... – ela continuava confusa.
– Sherazade, antes de lhe conhecer, eu era um Onur, mas desde aquele dia da premiação...
Sherazade começou a fazer umas caras e bocas de irritação.
Onur, começou a falar de forma vacilante:
– Não sei, mas desde aquele dia, eu me apaixonei por você.
Sherazade se levanta.
– Não, não vá embora. – ele a segura. – Por favor, fique e tente me escutar, por favor.
– Então foi por isso que dançou comigo naquele dia e que agora me chamou para almoçar? – ela parecia mais irritada ainda. – Olha Sr. Onur, o senhor sabe que isso é assédio... como o senhor, me vem com essas conversas, eu exijo que me respeite, não sou o tipo de mulher que dorme com o chefe... – ela falava revoltada.
– Sherazade, por favor, como pode dizer isso? Eu não estou lhe assediando, eu, preciso que me escute, por favor, – ele segurava seu braço em pé ao seu lado tentando convencê-la a voltar a sentir-se. – me escute e depois faça o que quiser, mas pelo menos, pare um pouco e me escute, eu lhe peço.
Ela encarou seus olhos de súplica.

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