Capítulo 64 (Falta revisão no texto)

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Onur saiu da empresa e não por conta de uma reunião, o motivo de sua fuga se deve à revolta que sentiu ao ouvir o que Sherazade estava insinuando, ou seja ele não conseguia acreditar que ela o julgasse incapaz de gerar um filho, isso para ele era humilhante, ainda mais diante das circunstâncias, era como se ela dissesse assim: "De nós dois eu é que tenho um filho e você, onde está seu filho?" A culpa acabou caindo nele, por ele não ter herdeiros.

Enquanto Onur sentia revolta, Sherazade volta à sala das arquitetas. Bennu ver seu estado e logo supõe o que ocorreu.
— Ele brigou com você? — ela se aproxima dela.
— Antes fosse, ele saiu fugindo, fugindo Bennu, porém pude notar que ele estava com muita raiva, muita mesmo. — ela volta a chorar.
— Ai amiga, que situação. — fala Bennu com tristeza.
— E agora Bennu que eu faço? — ela realmente estava implorando, parecia perdida, no escuro.
— Mulher, nem sei... Nunca me casei, realmente, não sei como lidar com os homens. — Bennu se põe a pensar.
— É... você tem razão, vou atrás de alguém que me ajude alguém que me oriente, realmente preciso disso.

Onur foi para um lugar isolado, ele estava no farol, próximo ao Bósforo. Sentado e de cabeça baixa, ele estava muito mal e não conseguia crer que sua esposa o achasse um incapaz.
"Por que a culpa tem que ser minha? Até onde sei, uma mulher também pode ter problemas para engravidar e entre eles, estão o uso de anticoncepcionais, atrofiamento do útero, porque afinal o Kaan tem 6 anos, por que eu é que sou culpado? Não entendo."

Enquanto Onur estava desaparecido, Sherazade foi à procura de um médico, encontrou o melhor da cidade, tudo para convencer Onur e ao mesmo tempo conseguir uma boa informação.
— Bom dia doutor! — ela entra no consultório dele.
— Bom dia, Sra. Aksal. — ele aperta a mão dela. — Sente-se.
Ela se senta.
— Em que posso ajudar a senhora? — pergunta o médico calmamente.
— Doutor, eu quero engravidar, mas acho que meu marido deve ter algum problema. — ela fala sem titubear.
— E por que a senhora acha que o problema só pode ser com ele? — pergunta o médico confuso.
— Bem...é porque eu tenho um filho, mas esse filho não é dele, é do meu falecido marido. — ela fala meio sem jeito.
— Entendo. Seu filho tem quantos anos? — pergunta o médico.
— Tem 6 anos.
— Hum...olha, sinceramente acho que os dois deveriam fazer exames, e não somente ele e muito menos só você, os dois, porque assim como pode ser ele, pode ser você. — fala o médico calmamente.
— Como assim doutor? — ela pergunta em choque.
— Veja bem...a senhora a seis anos não engravida, isso pode também dificultar, já que o útero pode ir atrofiando, não estou dizendo que seja seu caso, por favor, não se alarme, tem algumas mulheres também que podem ter nódulo no útero, e isso também vem a dificultar uma gestação, também não estou dizendo que seja esse, o seu caso.
Ela ficou chocada com o que ouviu.
— Então, eu também posso estar dificultando o processo?
— Sim, mas isso somente os exames podem dizer, converse com seu marido, cheguem a um acordo e veja o que vocês podem fazer.
— Tudo bem, doutor, mas no caso de ser ele, existe algum problema que possa ser reversível com remédios?
— Sim, alguns são, outros podem ser reversíveis com métodos alternativos de Fertilização. — fala o médico.
— Entendo.
— A senhora sabe dizer se seu marido teve caxumba alguma vez? — pergunta o médico.
— A verdade é que não sei.
— Bem...então tente trazê-lo amanhã e então a gente pode detectar que problema ele tem. — fala o médico.

Sherazade saiu do hospital e foi para a Binyapi, ao chegar lá, ela foi diretamente para o escritório de seu marido.
— Noraiate, o Onur chegou do almoço de negócios? — ela pergunta com calma.
— Almoço de negócios? — Noraiate estava surpresa.
— Foi o que ele me disse. — fala Sherazade confusa.
— Dona Sherazade, ele não tinha nenhum almoço hoje, e ele ainda não chegou, há horas ligo para o celular dele, e só dá fora de área, também estou preocupada, porque nunca o vi demorar tanto no horário de almoço e muito menos ir almoçar sozinho. — fala Noraiate com preocupação.
— Meu Deus, onde ele pode estar? Ele saiu mentindo e ainda por cima desligou o celular. — falou Sherazade com preocupação.
— Na verdade o mais provável é que ele tenha tirado o chip ou somente saído da cidade. — Noraiate olhava para Sherazade como quem diz: "O que a senhora fez com ele?"
— Acho que vou ligar para casa, ele pode estar lá. — ela pega o celular.
— A verdade é que eu já fiz isso, em casa também ele não está, liguei para a mãe dele e ela disse que ele não tinha chegado lá ainda.
— Noraiate, o que você fez? Ela vai infartar, se...
— Calma Dona Sherazade, eu conheço bem a mãe dele, por isso, eu perguntei se ele tinha chegado lá, já que ele tinha me avisado que ia visitar a mãe, a qualquer hora do dia. — fala Noraiate calmamente.
— Assim...bem pensado, ai meu Deus onde esse homem pode estar? — ela colocou a cabeça para pensar.
— A verdade é que eu não sei, a senhora não lembra de nenhum dos locais que ele gosta de visitar? Ou que já tenha lhe levado? — Noraiate pergunta com cautela.
— A verdade é que não acho muito possível que ele vá a esses locais, pois a maioria só abre a noite, entretanto, há um local que ele vai quando está assim... — ela pega a bolsa e a chave do carro e sai. — Obrigada Noraiate.
— Não há de que Dona Sherazade. Espero que ela o encontre.

1001 Noites de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora