Onur saiu da empresa e não por conta de uma reunião, o motivo de sua fuga se deve à revolta que sentiu ao ouvir o que Sherazade estava insinuando, ou seja ele não conseguia acreditar que ela o julgasse incapaz de gerar um filho, isso para ele era humilhante, ainda mais diante das circunstâncias, era como se ela dissesse assim: "De nós dois eu é que tenho um filho e você, onde está seu filho?" A culpa acabou caindo nele, por ele não ter herdeiros.
Enquanto Onur sentia revolta, Sherazade volta à sala das arquitetas. Bennu ver seu estado e logo supõe o que ocorreu.
— Ele brigou com você? — ela se aproxima dela.
— Antes fosse, ele saiu fugindo, fugindo Bennu, porém pude notar que ele estava com muita raiva, muita mesmo. — ela volta a chorar.
— Ai amiga, que situação. — fala Bennu com tristeza.
— E agora Bennu que eu faço? — ela realmente estava implorando, parecia perdida, no escuro.
— Mulher, nem sei... Nunca me casei, realmente, não sei como lidar com os homens. — Bennu se põe a pensar.
— É... você tem razão, vou atrás de alguém que me ajude alguém que me oriente, realmente preciso disso.Onur foi para um lugar isolado, ele estava no farol, próximo ao Bósforo. Sentado e de cabeça baixa, ele estava muito mal e não conseguia crer que sua esposa o achasse um incapaz.
"Por que a culpa tem que ser minha? Até onde sei, uma mulher também pode ter problemas para engravidar e entre eles, estão o uso de anticoncepcionais, atrofiamento do útero, porque afinal o Kaan tem 6 anos, por que eu é que sou culpado? Não entendo."Enquanto Onur estava desaparecido, Sherazade foi à procura de um médico, encontrou o melhor da cidade, tudo para convencer Onur e ao mesmo tempo conseguir uma boa informação.
— Bom dia doutor! — ela entra no consultório dele.
— Bom dia, Sra. Aksal. — ele aperta a mão dela. — Sente-se.
Ela se senta.
— Em que posso ajudar a senhora? — pergunta o médico calmamente.
— Doutor, eu quero engravidar, mas acho que meu marido deve ter algum problema. — ela fala sem titubear.
— E por que a senhora acha que o problema só pode ser com ele? — pergunta o médico confuso.
— Bem...é porque eu tenho um filho, mas esse filho não é dele, é do meu falecido marido. — ela fala meio sem jeito.
— Entendo. Seu filho tem quantos anos? — pergunta o médico.
— Tem 6 anos.
— Hum...olha, sinceramente acho que os dois deveriam fazer exames, e não somente ele e muito menos só você, os dois, porque assim como pode ser ele, pode ser você. — fala o médico calmamente.
— Como assim doutor? — ela pergunta em choque.
— Veja bem...a senhora a seis anos não engravida, isso pode também dificultar, já que o útero pode ir atrofiando, não estou dizendo que seja seu caso, por favor, não se alarme, tem algumas mulheres também que podem ter nódulo no útero, e isso também vem a dificultar uma gestação, também não estou dizendo que seja esse, o seu caso.
Ela ficou chocada com o que ouviu.
— Então, eu também posso estar dificultando o processo?
— Sim, mas isso somente os exames podem dizer, converse com seu marido, cheguem a um acordo e veja o que vocês podem fazer.
— Tudo bem, doutor, mas no caso de ser ele, existe algum problema que possa ser reversível com remédios?
— Sim, alguns são, outros podem ser reversíveis com métodos alternativos de Fertilização. — fala o médico.
— Entendo.
— A senhora sabe dizer se seu marido teve caxumba alguma vez? — pergunta o médico.
— A verdade é que não sei.
— Bem...então tente trazê-lo amanhã e então a gente pode detectar que problema ele tem. — fala o médico.Sherazade saiu do hospital e foi para a Binyapi, ao chegar lá, ela foi diretamente para o escritório de seu marido.
— Noraiate, o Onur chegou do almoço de negócios? — ela pergunta com calma.
— Almoço de negócios? — Noraiate estava surpresa.
— Foi o que ele me disse. — fala Sherazade confusa.
— Dona Sherazade, ele não tinha nenhum almoço hoje, e ele ainda não chegou, há horas ligo para o celular dele, e só dá fora de área, também estou preocupada, porque nunca o vi demorar tanto no horário de almoço e muito menos ir almoçar sozinho. — fala Noraiate com preocupação.
— Meu Deus, onde ele pode estar? Ele saiu mentindo e ainda por cima desligou o celular. — falou Sherazade com preocupação.
— Na verdade o mais provável é que ele tenha tirado o chip ou somente saído da cidade. — Noraiate olhava para Sherazade como quem diz: "O que a senhora fez com ele?"
— Acho que vou ligar para casa, ele pode estar lá. — ela pega o celular.
— A verdade é que eu já fiz isso, em casa também ele não está, liguei para a mãe dele e ela disse que ele não tinha chegado lá ainda.
— Noraiate, o que você fez? Ela vai infartar, se...
— Calma Dona Sherazade, eu conheço bem a mãe dele, por isso, eu perguntei se ele tinha chegado lá, já que ele tinha me avisado que ia visitar a mãe, a qualquer hora do dia. — fala Noraiate calmamente.
— Assim...bem pensado, ai meu Deus onde esse homem pode estar? — ela colocou a cabeça para pensar.
— A verdade é que eu não sei, a senhora não lembra de nenhum dos locais que ele gosta de visitar? Ou que já tenha lhe levado? — Noraiate pergunta com cautela.
— A verdade é que não acho muito possível que ele vá a esses locais, pois a maioria só abre a noite, entretanto, há um local que ele vai quando está assim... — ela pega a bolsa e a chave do carro e sai. — Obrigada Noraiate.
— Não há de que Dona Sherazade. Espero que ela o encontre.
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1001 Noites de Amor
Hayran KurguFANFIC Shenur (Nessa história o foco maior é somente Onur e Sherazade, os outros personagens só fazem participações especiais) Atenção Esse livro está registrado na Biblioteca Nacional e é protegido pela Lei n° 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998 Se...