Capítulo 61 (Falta revisão no texto)

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Depois do jantar como de costume, Sherazade e Onur foram colocar o pequeno Kaan para dormir. Quando o menino dormiu eles foram para o quarto, depois de se arrumarem para se deitarem, os dois se sentaram na cama, Onur estava lendo seu livro das 1001 noites, como de costume, Sherazade se aproximou mais um pouco do marido.
— Agora estou mais perto de realizar meu sonho. — ela falava sorridente.
Ele fecha o livro e se vira para ela.
— E por acaso, tem algum sonho seu, que eu ainda não tenha realizado?! — ele sorrir confuso.
— Sim, tem um bem simples que você ainda não realizou. — ela continuava sorrindo.
— Ah pois se é simples, então é pra já. — ele olhava atentamente. — Me diga que sonho é esse que eu providencio agora mesmo.
— Tenho o sonho de carregar uma parte de você dentro de mim, por 9 meses. — ela olhava com ternura para ele.
Ele se fez de desintendido.
— Como assim? Não compreendi direito. — ele sorrir.
— Quero ter um filho com você, entendeu? — ela sorrir.
— Ah... — ele abre um sorriso misterioso. — seus sonhos, são meus sonhos, seus propósitos são meus e os seus objetivos também, mas nunca lhe obrigarei a fazer dos meus, os seus, a menos que queira... — ele se aproxima dela.
— Mas que bobo Onur, é claro que seus sonhos são meus, afinal de que serve um casamento que o casal nada compartilha?! — ela acaricia o rosto dele.
— Isso é verdade. Mas voltando a seu sonho, posso realizá-lo agora mesmo se você quiser. — ele continuava com um sorriso cheio de mistério.
— Não e não Onur. — ela se afasta dele. — Você ainda está se recuperando e não quero te machucar.
— Sherazade, por favor, você não percebe que já estou bem, meu ombro, — ele bate no ombro. — está bem, meu peito, — ele bate novamente e Sherazade começa a ficar assustada. — também está bem, minhas vértebras... — ele ia bater de novo, mas Sherazade segurou seu braço.
— E depois disso o que você vai fazer, se jogar no chão para provar que está tudo bem?! — ela falava com repreensão.
— Se for necessário... — ele finge que vai levantar e ela o puxa de volta.
— Ai que marido mais bobo, esse meu, eu já entendi que você está querendo se suicidar, mas eu não vou permitir...
— Sherazade eu só quero te mostrar que estou bem... — ele protesta.
— Pois tá mostrando do jeito errado.
— Meu amor, eu já estou bem, não se preocupe, que nada de mal vai acontecer, então por favor, pare de medo. — ele vai se aproximando dela.
— Mas e se você se machucar? — ela perguntava com temor.
— Meu amor, — ele sorrir e pega sua mão e a beija.-o que me machuca é você duvidar de mim, eu estou dizendo, eu estou bem, estou muito bem e se ficarmos juntos, eu ficarei, mais que bem. — ele se aproximou o suficente para beijá-la.
— Tá bom, se você me garante isso, eu vou acreditar em você.
Ela se deixou levar pelas súplicas do marido, e assim os dois fizeram sua tentativa, tentaram ter um novo filho, e não foi apenas naquela noite, mas nas duas noites seguintes também, só não sei dizer se foi saudade ou se foi amor, ou quem sabe a vontade enorme de serem pais.
O certo é que tentaram, passados 4 dias Onur continuava em sua fisioterapia, tentando escrever o máximo que podia com canetas de diferentes espessuras, ele estava se saindo bem e se assim continuasse, ao mais tardar da próxima semana, eles voltariam ao trabalho, já que a Binyapi, estava sentindo falta de ambos, pois um só era o presidente dela, a outra somente uma arquiteta que tem sob suas responsabilidades os projetos mais importantes da companhia, ou seja a falta que eles faziam, era indiscutível.

Depois de conseguir escrever novamente e principalmente de conseguir fazer sua rubrica, com a mesma perfeição de antes, Onur foi finalmente liberado pela médica para voltar à empresa.
— Agora o senhor pode retornar a sua vida e eu agradeço muito por vocês terem me acolhido em sua casa, por terem me recebido tão bem, estou muito feliz por isso. — falava a médica com felicidade.
— Doutora, o prazer foi nosso, obrigado a senhora por ter me ajudado com minhas mãos e claro por ter aceito vir à nossa casa. — Onur a abraça e nem preciso dizer como Sherazade estava.
— Obrigada Sr. Onur, o senhor é muito gentil e foi um prazer conhecê-los e também conhecer esse garoto lindo. — ela aperta as bochechas de Kaan que sorrir.
O menino estava com as mãos para trás.
— Doutora, para a senhora. — ele tira as mãos das costas e entrega a ela um lindo buquê de rosas amarelas.
— Ai que lindo! — ela se abaixa para receber e abraçar.
— Ai é o cúmulo... — Sherazade sussurra.
Onur olha para ela sem conseguir entender o que ela disse.
— É... é o gesto mais lindo... — ela repete com um falso sorriso.
— Obrigada Kaan, agradeço muito mesmo. — ela beija as bochechas do garoto.
— Não há de que doutora. — ele sorrir.
A médica se levanta e se volta para Sherazade.
— Dona Sherazade foi um prazer. — ela estende a mão para que Sherazade pegue.
"Gostaria de dizer o mesmo, mas é realmente impossível." Ela pensava e dava um sorriso falso.
— Claro que o prazer foi todo meu. — ela aperta a mão dela.
Depois de se despedirem da médica, eles foram se arrumar, iam passar o dia com Feride, e Onur ia voltar a dirigir, assim ele ia praticando. Terminando de se arrumar pegaram o carro, o novo carro de Onur, que nem se quer tinha sido inaugurado e foram para a casa da mãe dele, seu novo carro era uma BMW 3 series Gran Turismo, não conversível, um carro muito bonito e espaçoso.
— Ebaaaa, carro novo. — Kaan falava de sua cadeirinha.
— É isso aí filhão. — Onur o olhava pelo retrovisor.
— Preparado, meu amor? — Sherazade segurava sua mão em sinal de apoio.
— Claro que sim, sempre. — ele beija sua mão.
— Meu amor. — ela coloca a mão dele em seu rosto e ele deita a cabeça em cima dela.
— Então vamos lá. — ele liga o carro e saem.
A verdade é que ele estava andando mais devagar que o que ele andava antes, mas era normal, depois de todo aquele trauma, e a verdade é que ele nem tinha muito a que se preocupar, afinal era sábado e as ruas estavam vagas.
Quando chegaram na casa de Feride, ela já os esperava na porta.
— Meu filho. — ela saiu correndo ao encontro dele, o abraçou forte e começou a chorar. — Como é bom te ver de pé novamente.
— Calma, mamãe, calma, eu estou bem. — o pobre estava sufocado com o abraço de panda que sua mãe lhe deu.
— Ai que saudades, que saudades, que saudades. — ela o enche de beijos.
— Mãe, não faz isso, que assim você me deixa sem jeito. — fala com vergonha.
— Tá bom, já que você não quer, eu não farei. — ela o solta e vai falar com o neto e com a nora. — Meus amores. — ela beija Kaan e o abraça forte.
— Oi vozinha. — ele falava feliz.
— Como vai meu amor? — quem diria que um dia Feride falasse com Kaan, com aquele tom de profundo amor e ternura.
— Vou bem. — ele continuava sorrindo.
— E você minha norinha, como está? Aliás quando vocês vão encher minha casa de crianças ein?! — ela abraça Onur e Sherazade.
— Não sabemos ainda. — Onur se faz de desinteressado.
— Tá vendo Dona Feride, a culpa é do seu filho. — Sherazade entra na onda dele.
— Tou vendo sim e não aceito isso, Onur acho bom você começar a saber, porque antes de morrer quero conhecer meus 5 netinhos. — ela sorrir.
— O que, 5? — Onur pergunta em choque.
— Claro com essa demora, vai aumentando o juros. — Feride sorrir.
— Ah que isso mamãe, nem a taxa de juros do país é tão cara como a sua, 5 bebês? — ele continuava assustado.
— É que eu vou aumentando um por mês, vejam bem, 5 meses que estão casados e até agora nada. — ela falava com tristeza.
— Mas estamos no prazo, tem casais por aí que se casam e só 5 anos depois é que tem os primeiros filhos.
— É...pode até ser, mas eu realmente não sei se minha validade vai dar pra tudo isso não. — Feride o repreende. — E eu quero brincar com todos os meus netos, quero ver meu Kaan ir estudar em Harvard como o pai, quero ver minha neta fazer uma linda e inesquecível festa de 15 anos, que vai deixar Istambul de boca aberta. — ela falava sonhando.
Onur e Sherazade sorriam dela e Kaan também.
— E com sorte quero ver meu Kaan se casando com uma bela moça e tendo muitos filhos. — ela se abaixa e beija o menino de novo.
— Ah é claro que a senhora vai ver. — Sherazade falava com otimismo.
— Eu estou duvidando, nesse passo lento de vocês, eu vou terminar não conhecendo e não vendo nada.
— Calma mamãe, calma. — Onur sorrir.
— Calma para vocês que ainda são jovens e tem muito a viver e a ver, mas eu pobre coitada, quando a gente chega na minha idade, a paciência vira quase uma parte de nós, mas só que se eu esperar muito por vocês eu vou acabar perdendo o muito do que tenho a ver e viver, por isso vou continuar cobrando e cobrando muito.
Eles prosseguiam sorrindo.

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