Capítulo 34

541 26 13
                                    

– Onur... – Sherazade para o beijo. – esqueceu que estamos no trabalho.
– Sherazade eu não ligo, eu te amo e quero que você desista dessa ideia de me deixar.
– Pois se continuar assim, vou acabar desistindo mesmo. – ela sorrir entre suas muitas lágrimas.
– Não me deixe, eu imploro.
Sherazade o abraça.
– Como eu posso deixar meu marido, o homem que aceitou meu filho e foi aceito por ele. Eu não conseguiria Onur, eu não consigo mais está longe de você.
Onur dá um belo sorriso de alívio.
– Não sabe como isso que disse, me fez feliz.
– Mas entenda Onur, tenho muito medo de lhe perder, tenho medo que... – Onur se aproxima de novo de seus lábios e a beija.
– Não fale mais nisso por favor. – o celular de Onur começa a tocar de novo.
– Quem tanto lhe liga? – Sherazade pergunta meio incomodada.
– Está com ciúmes? – ele pega o celular e sorrir.
– Não é isso é que...
– Com licença, meu amor... – ele olha para o visor e sai assustado.
Sherazade fica meio apreensiva com aquela ligação.

Onur sai da sala e atende.
– Alô? Mãe? – ele fala com um fio de irritação na voz.
Sim, sou eu. – ela falava com calma.
– O que quer mãe?
A sua esposa está perto de você?
– Mãe, eu não permito que a senhora a ofenda. – Onur falava com raiva.
– Onur, por favor, eu pensei melhor... e decidi que não há mais o que fazer, o jeito é aceitar você e ela. Como poderei impedir se você a ama tanto? Eu não conseguiria... então é o jeito, eu preciso aceitar vocês dois... eu te conheço, você nunca volta atrás, então eu quero tentar me dar bem com... minha nora. – ela fala com calma.
Onur respira fundo.
Onur passe para ela, por favor. – Feride insistia.
– Tá bom. – ele vai para perto de Sherazade. – Pra você! – ele estende o celular.
– Quem é? – ela pergunta apreensiva.
– Minha mãe... – ele fala com medo.
Sherazade põe o celular no ouvido.
– Alô! – ela fala nervosa.
Sherazade? – pergunta Feride calmamente.
– Sim, eu mesma.
Sherazade, sou eu, Feride, a sua... sogra...
– Sim... – ela olhava para Onur que estava com uma expressão de preocupação que não enganava ninguém.
Sherazade, eu gostaria de saber se você tem um tempo livre para almoçarmos juntas, pode ser?
– Sim, tu-tudo bem. – Onur olha atentamente para a esposa.
Ok, então vou lhe passar o endereço, a menos é claro que você não tenha como se locomover até lá...
– Não, pode me passar o endereço, eu tenho carro. – Sherazade pega um pequeno bloquinho de notas que havia em cima da mesa.
Feride ia falando o endereço e ela ia anotando no pequeno papel, o que ela não sabia é que seu curioso marido, olhava bem para o papel e com sua bela memória, ele aprendeu endereço, na realidade aquele restaurante era o mesmo que ele e sua mãe iam jantar de vez em quando.
– Obrigada, Dona Feride, sim estarei lá. Bom dia! – Sherazade desliga o celular e o devolve a Onur. – Obrigada! – ela coloca em sua mão.
– Sherazade, o que foi? Ela te tratou mal? Ela te ofendeu? – ele perguntava desesperado.
– Não, eu vou almoçar com ela. – ela levanta calmamente.
– Sherazade, deixa eu te acompanhar, ela pode te...
– Onur, chega, pare de me sufocar. Olha eu vou falar com sua mãe, e quero estar sozinha com ela, disso depende o nosso futuro, então peço que você deixe que nós duas nos conheçamos e convivamos, ou ela nunca vai me aceitar e nessas condições eu não fico mais... – ela pega a bolsa dela.
– Tudo bem. Desculpa. – ele beija sua testa.
– Até mais tarde. – ela sai.
Onur fica olhando Sherazade sair, assim que ele vê que ela se afastou, ele sai correndo e pega o elevador, ele seleciona para ir à garagem, chegando lá, ele chama seu motorista.
– Jamil! – ele se esconde atrás de uma coluna.
– Oi Sr. Onur! – o rapaz estranha ver o seu patrão como se estivesse se escondendo de alguém.
– Me dá a chave de um dos carros reservas da empresa, eu preciso ir a um lugar, só que hoje eu vim no carro de minha esposa e não trouxe meu carro. – ele fala olhando para ver se Sherazade estava vindo.
– O senhor casou? – pergunta o homem surpreso.
– Sim... mas o que você tem a ver, me dá essa chave que ela tá vindo. – ele estende a mão para o rapaz.
– Tome. – ele dá uma chave de um dos carros. – E parabéns.
– Obrigado. – ele sai discretamente, Sherazade já havia entrado em seu carro e estava saindo, Onur apertou o alarme do carro e entrou rapidamente nele, depois ele saiu o mais discretamente possivel para que Sherazade não o visse.
Ela estava parada na entrada da empresa, Onur vinha com o carro atrás e lentamente. Quando ela saiu, ele a seguiu atrás, procurando não demonstrar que a estava seguindo.
– Por que eu estou seguindo a Sherazade? – ele se perguntava. – Eu sei onde fica esse lugar, vou pegar um atalho. Mas antes vou fazer uma coisa... – ele pega seu celular e disca um número. – Alô, Noraiate? Aqui é Onur Aksal.
Sr. Onur, boa tarde!
– Noraiate, se alguém perguntar se estou na empresa diga que estou em reunião e não posso atender ninguém, mas depois eu retorno. – fala Onur.
Entendi, Sr. Onur.
– Obrigado. – ele desliga.

Sherazade chega ao elegante restaurante, que sua sogra havia marcado, sorte a dela que Onur tinha comprado novas roupas para ela, do contrário ela teria se sentido mal, ao entrar naquele local. Enquanto andava por entre as mesas procurando sua sogra, ela a ouviu chamar seu nome, Sherazade mudou sua direção e foi até onde ela estava.
– Oi Sherazade! – elas se deram beijos nas bochechas e sentaram.
– Senhoras, bom dia, o que desejam? – pergunta o garçom.
– Aceito um chá. – fala Sherazade calmamente.
– Como assim? Você vai almoçar, um chá? – pergunta Feride assustada.
– É que não estou com fome...
– fala Sherazade sem jeito.
– Nada disso, você é a esposa de meu único filho e eu quero netos e para que eu tenha netos você precisa se cuidar.
Sherazade sorrir com doçura.
– Traga a especialidade da casa, o de sempre, para mim e para ela. – Feride sorrir.
– Noto que a senhora vem bastante a esse lugar, não é? – pergunta Sherazade com calma.
– Sim, sei que você ainda não sabe, mas esse local é o restaurante predileto de meu filho e o prato que pedi é o predileto dele, sempre a gente vem aqui para jantar juntos, às vezes ele me trazia uma vez no mês, ultimamente é que ele anda meio relaxado, mas eu entendo, ele já cresceu e precisa ter sua própria vida. – fala Feride com angústia.
Sherazade pega a mão dela e a segura forte.
– Por que não vem nos visitar? Assim pode conhecer nossa casa e ver o Onur. – Sherazade falava com ternura.
– Sherazade, não quero que me julgue, eu só fiquei contra o casamento de vocês porque, bem... eu vim de uma família muito tradicional e não estou acostumada ainda com certas situações. – Feride falava sem jeito.
– Eu entendo Sra. Feride, eu disse ao Onur, que em seu lugar eu faria o mesmo.
– Então você não tem raiva de mim? – pergunta Feride surpresa.
– E por que eu teria raiva da senhora? Eu sou mãe Sra. Feride e entendo perfeitamente o que a senhora sente, entendo muito bem cada uma de suas decisões, porque sei, uma mãe, sempre quer o melhor para o filho, e por causa disso é capaz de tudo. – Sherazade falava com calma.
– Sherazade, você ama o meu filho? – pergunta Feride a olhando nos olhos.
Sherazade ficou meio atrapalhada com aquela pergunta e o motivo era muito simples, ela ainda não sabia o que sentia de fato por ele, ela ainda estava tentando se descobrir e descobrir o que sentia.
– Tudo que posso lhe dizer, é que ele e o meu oxigênio são igualmente importantes. – ela falava com ternura.
– Entendi. Sherazade... – Feride agora segurava sua mão. – acho que seus sogros, Burhan e Nadide, tem muita razão ao dizerem que você é uma excelente nora.
– A senhora os conhece? – Sherazade pergunta surpresa.
– Na verdade os conheci hoje, eles souberam que eu não estava aceitando você como nora e me procuraram para contarem, como eles estavam arrependidos por terem feito com você, o mesmo que eu estava fazendo com você, e me pediram que não cometesse seu mesmo erro, pois eles haviam se arrependido muito...
– Eles fizeram isso? – pergunta Sherazade surpresa.
– Sim e a princípio eu estava irredutível, mas eles pediram que eu lhe conhecesse e lhe desse uma oportunidade, para que você provasse quem é de verdade e eu prometi aos dois que eu faria isso, que eu ia conhecê-la e tentar lhe dar uma oportunidade, mas acho que já entendi porque meu filho lhe ama tanto, não é só pela sua beleza, – ela acariciava o rosto de Sherazade. – mas também pelo seu belo e inocente coração, foi isso que chamou meu filho até você. Eu sei de algo que ele nem desconfia que sei, meu filho aparenta por fora o que nunca foi por dentro, por fora ele quer parecer uma rocha, mas por dentro é um animal acuado à procura de um abrigo e com você, eu vejo que ele encontrou o melhor refúgio. – Sherazade já estava emocionada com as palavras de Feride. – Quero que saiba que, eu apoio esse casamento, e para me redimir, quero que eu e você preparemos uma grande e bela festa de casamento, porque precisamos tornar pública essa união.

1001 Noites de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora