– Onur... – Sherazade para o beijo. – esqueceu que estamos no trabalho.
– Sherazade eu não ligo, eu te amo e quero que você desista dessa ideia de me deixar.
– Pois se continuar assim, vou acabar desistindo mesmo. – ela sorrir entre suas muitas lágrimas.
– Não me deixe, eu imploro.
Sherazade o abraça.
– Como eu posso deixar meu marido, o homem que aceitou meu filho e foi aceito por ele. Eu não conseguiria Onur, eu não consigo mais está longe de você.
Onur dá um belo sorriso de alívio.
– Não sabe como isso que disse, me fez feliz.
– Mas entenda Onur, tenho muito medo de lhe perder, tenho medo que... – Onur se aproxima de novo de seus lábios e a beija.
– Não fale mais nisso por favor. – o celular de Onur começa a tocar de novo.
– Quem tanto lhe liga? – Sherazade pergunta meio incomodada.
– Está com ciúmes? – ele pega o celular e sorrir.
– Não é isso é que...
– Com licença, meu amor... – ele olha para o visor e sai assustado.
Sherazade fica meio apreensiva com aquela ligação.Onur sai da sala e atende.
– Alô? Mãe? – ele fala com um fio de irritação na voz.
– Sim, sou eu. – ela falava com calma.
– O que quer mãe?
– A sua esposa está perto de você?
– Mãe, eu não permito que a senhora a ofenda. – Onur falava com raiva.
– Onur, por favor, eu pensei melhor... e decidi que não há mais o que fazer, o jeito é aceitar você e ela. Como poderei impedir se você a ama tanto? Eu não conseguiria... então é o jeito, eu preciso aceitar vocês dois... eu te conheço, você nunca volta atrás, então eu quero tentar me dar bem com... minha nora. – ela fala com calma.
Onur respira fundo.
– Onur passe para ela, por favor. – Feride insistia.
– Tá bom. – ele vai para perto de Sherazade. – Pra você! – ele estende o celular.
– Quem é? – ela pergunta apreensiva.
– Minha mãe... – ele fala com medo.
Sherazade põe o celular no ouvido.
– Alô! – ela fala nervosa.
– Sherazade? – pergunta Feride calmamente.
– Sim, eu mesma.
– Sherazade, sou eu, Feride, a sua... sogra...
– Sim... – ela olhava para Onur que estava com uma expressão de preocupação que não enganava ninguém.
– Sherazade, eu gostaria de saber se você tem um tempo livre para almoçarmos juntas, pode ser?
– Sim, tu-tudo bem. – Onur olha atentamente para a esposa.
– Ok, então vou lhe passar o endereço, a menos é claro que você não tenha como se locomover até lá...
– Não, pode me passar o endereço, eu tenho carro. – Sherazade pega um pequeno bloquinho de notas que havia em cima da mesa.
Feride ia falando o endereço e ela ia anotando no pequeno papel, o que ela não sabia é que seu curioso marido, olhava bem para o papel e com sua bela memória, ele aprendeu endereço, na realidade aquele restaurante era o mesmo que ele e sua mãe iam jantar de vez em quando.
– Obrigada, Dona Feride, sim estarei lá. Bom dia! – Sherazade desliga o celular e o devolve a Onur. – Obrigada! – ela coloca em sua mão.
– Sherazade, o que foi? Ela te tratou mal? Ela te ofendeu? – ele perguntava desesperado.
– Não, eu vou almoçar com ela. – ela levanta calmamente.
– Sherazade, deixa eu te acompanhar, ela pode te...
– Onur, chega, pare de me sufocar. Olha eu vou falar com sua mãe, e quero estar sozinha com ela, disso depende o nosso futuro, então peço que você deixe que nós duas nos conheçamos e convivamos, ou ela nunca vai me aceitar e nessas condições eu não fico mais... – ela pega a bolsa dela.
– Tudo bem. Desculpa. – ele beija sua testa.
– Até mais tarde. – ela sai.
Onur fica olhando Sherazade sair, assim que ele vê que ela se afastou, ele sai correndo e pega o elevador, ele seleciona para ir à garagem, chegando lá, ele chama seu motorista.
– Jamil! – ele se esconde atrás de uma coluna.
– Oi Sr. Onur! – o rapaz estranha ver o seu patrão como se estivesse se escondendo de alguém.
– Me dá a chave de um dos carros reservas da empresa, eu preciso ir a um lugar, só que hoje eu vim no carro de minha esposa e não trouxe meu carro. – ele fala olhando para ver se Sherazade estava vindo.
– O senhor casou? – pergunta o homem surpreso.
– Sim... mas o que você tem a ver, me dá essa chave que ela tá vindo. – ele estende a mão para o rapaz.
– Tome. – ele dá uma chave de um dos carros. – E parabéns.
– Obrigado. – ele sai discretamente, Sherazade já havia entrado em seu carro e estava saindo, Onur apertou o alarme do carro e entrou rapidamente nele, depois ele saiu o mais discretamente possivel para que Sherazade não o visse.
Ela estava parada na entrada da empresa, Onur vinha com o carro atrás e lentamente. Quando ela saiu, ele a seguiu atrás, procurando não demonstrar que a estava seguindo.
– Por que eu estou seguindo a Sherazade? – ele se perguntava. – Eu sei onde fica esse lugar, vou pegar um atalho. Mas antes vou fazer uma coisa... – ele pega seu celular e disca um número. – Alô, Noraiate? Aqui é Onur Aksal.
– Sr. Onur, boa tarde!
– Noraiate, se alguém perguntar se estou na empresa diga que estou em reunião e não posso atender ninguém, mas depois eu retorno. – fala Onur.
– Entendi, Sr. Onur.
– Obrigado. – ele desliga.Sherazade chega ao elegante restaurante, que sua sogra havia marcado, sorte a dela que Onur tinha comprado novas roupas para ela, do contrário ela teria se sentido mal, ao entrar naquele local. Enquanto andava por entre as mesas procurando sua sogra, ela a ouviu chamar seu nome, Sherazade mudou sua direção e foi até onde ela estava.
– Oi Sherazade! – elas se deram beijos nas bochechas e sentaram.
– Senhoras, bom dia, o que desejam? – pergunta o garçom.
– Aceito um chá. – fala Sherazade calmamente.
– Como assim? Você vai almoçar, um chá? – pergunta Feride assustada.
– É que não estou com fome...
– fala Sherazade sem jeito.
– Nada disso, você é a esposa de meu único filho e eu quero netos e para que eu tenha netos você precisa se cuidar.
Sherazade sorrir com doçura.
– Traga a especialidade da casa, o de sempre, para mim e para ela. – Feride sorrir.
– Noto que a senhora vem bastante a esse lugar, não é? – pergunta Sherazade com calma.
– Sim, sei que você ainda não sabe, mas esse local é o restaurante predileto de meu filho e o prato que pedi é o predileto dele, sempre a gente vem aqui para jantar juntos, às vezes ele me trazia uma vez no mês, ultimamente é que ele anda meio relaxado, mas eu entendo, ele já cresceu e precisa ter sua própria vida. – fala Feride com angústia.
Sherazade pega a mão dela e a segura forte.
– Por que não vem nos visitar? Assim pode conhecer nossa casa e ver o Onur. – Sherazade falava com ternura.
– Sherazade, não quero que me julgue, eu só fiquei contra o casamento de vocês porque, bem... eu vim de uma família muito tradicional e não estou acostumada ainda com certas situações. – Feride falava sem jeito.
– Eu entendo Sra. Feride, eu disse ao Onur, que em seu lugar eu faria o mesmo.
– Então você não tem raiva de mim? – pergunta Feride surpresa.
– E por que eu teria raiva da senhora? Eu sou mãe Sra. Feride e entendo perfeitamente o que a senhora sente, entendo muito bem cada uma de suas decisões, porque sei, uma mãe, sempre quer o melhor para o filho, e por causa disso é capaz de tudo. – Sherazade falava com calma.
– Sherazade, você ama o meu filho? – pergunta Feride a olhando nos olhos.
Sherazade ficou meio atrapalhada com aquela pergunta e o motivo era muito simples, ela ainda não sabia o que sentia de fato por ele, ela ainda estava tentando se descobrir e descobrir o que sentia.
– Tudo que posso lhe dizer, é que ele e o meu oxigênio são igualmente importantes. – ela falava com ternura.
– Entendi. Sherazade... – Feride agora segurava sua mão. – acho que seus sogros, Burhan e Nadide, tem muita razão ao dizerem que você é uma excelente nora.
– A senhora os conhece? – Sherazade pergunta surpresa.
– Na verdade os conheci hoje, eles souberam que eu não estava aceitando você como nora e me procuraram para contarem, como eles estavam arrependidos por terem feito com você, o mesmo que eu estava fazendo com você, e me pediram que não cometesse seu mesmo erro, pois eles haviam se arrependido muito...
– Eles fizeram isso? – pergunta Sherazade surpresa.
– Sim e a princípio eu estava irredutível, mas eles pediram que eu lhe conhecesse e lhe desse uma oportunidade, para que você provasse quem é de verdade e eu prometi aos dois que eu faria isso, que eu ia conhecê-la e tentar lhe dar uma oportunidade, mas acho que já entendi porque meu filho lhe ama tanto, não é só pela sua beleza, – ela acariciava o rosto de Sherazade. – mas também pelo seu belo e inocente coração, foi isso que chamou meu filho até você. Eu sei de algo que ele nem desconfia que sei, meu filho aparenta por fora o que nunca foi por dentro, por fora ele quer parecer uma rocha, mas por dentro é um animal acuado à procura de um abrigo e com você, eu vejo que ele encontrou o melhor refúgio. – Sherazade já estava emocionada com as palavras de Feride. – Quero que saiba que, eu apoio esse casamento, e para me redimir, quero que eu e você preparemos uma grande e bela festa de casamento, porque precisamos tornar pública essa união.
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1001 Noites de Amor
FanfictionFANFIC Shenur (Nessa história o foco maior é somente Onur e Sherazade, os outros personagens só fazem participações especiais) Atenção Esse livro está registrado na Biblioteca Nacional e é protegido pela Lei n° 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998 Se...