Capítulo 59 (Falta revisão no texto)

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Depois que saiu do quarto Onur foi direto para o jardim, se sentou em uma das cadeiras que ficavam lá e se pôs a pensar. Enquanto ele estava triste com Sherazade, ela chorava por ele ter entendido tudo errado.
Fierdvis estava passando por perto do lugar onde ele estava sentado, ela não deixou de notar que ele parecia chateado, parecia até que estava chorando, conhecendo seu patrão como conhecia, ela resolveu ir se aproximando devagar.
— Sr. Onur, que surpresa lhe ver tomando um ar por aqui. — ela se senta lentamente perto dele.
— Resolvi andar um pouco. — ele fala com frieza.
— Sei...andar um pouco. — ela o estava analisando e ele nem percebia, porque ficava virando a vista para outro lado, como se não quisesse falar com ela.
— Sr. Onur, há quantos anos eu trabalho com o senhor, ein?! — ela prosseguia a analisá-lo.
— Não sei, Fierdvis, não sei. — ela sorrir.
— Olha, eu lhe conheço melhor que a sua mãe e sei exatamente que o senhor está com problemas, só não sei dizer com quem, mas sei que é algo muito sério, do contrário, o senhor não estaria aqui fora, ainda mais nesse estado. — ela falava do ombro dele.
— Fierdvis eu só quero ficar sozinho, somente isso que eu quero.-ele vira a cara para o outro lado.
— Sei...mas não acredito e sabe por quê?
Ele faz de conta que não está interessado.
— Sr. Onur, sozinho ninguém encontra solução para os problemas, as vezes é melhor conversar, conversando quem sabe o senhor percebe algo e encontra uma luz, encontra uma saída para voltar a ser feliz, mas sozinho, nem o senhor, nem ninguém consegue nada. — ela prosseguia o olhando.
Ele respirou fundo e se virou para ela.
— Você tem razão, eu preciso falar com alguém ou vou enlouquecer.
— Então fale, sou toda ouvidos. — ela o olhava atentamente.
— Fierdvis, eu acho que a Sherazade não me ama como eu gostaria...ou pelo menos como eu imaginava. — ele fala desanimado.
— Sr. Onur, de onde tirou isso? — ela estava surpresa.
— Acho que ela só se casou comigo, por gratidão, mas não por amor. — ele continuava.
— Sr. Onur, me perdoe, mas acho que o senhor está bastante enganado, como assim ela não lhe ama?! Me desculpe as palavras, mas o senhor está sendo injusto e ingrato. — ela falava como se fosse a mãe dele.
— Porque está dizendo isso Fierdvis? — ele a olhava com curiosidade.
— Sr. Onur, eu lhe garanto, essa mulher lhe ama, de um modo que nem a Nil, aquela sua ex noiva, teve coragem de lhe amar, tudo bem, eu sei que a única vez que ela teve que provar que lhe amava, foi no dia que o senhor ficou com uma forte pneumonia, mas o senhor viu, quem mais ficava com o senhor era eu, ela ia fazer uma passagem, não chegava nem a visita e saía dizendo que voltava depois, até parecia que ela estava gostando daquilo.
— É verdade. — ele parecia lembrar.
— Mas sabe a Sra. Sherazade? Ela não, desde o dia que soube de seu acidente, aliás, dia não, desde a hora, do instante que soube do acidente, a pobre desmaiou, começou a chorar desesperada, — ele a ouvia atentamente. — ela mal saiu do desmaio e foi correndo para o quarto, trocou de roupa, colocou uma de suas jaquetas...
— Uma jaqueta minha? — ele estava admirado.
— Isso mesmo, saiu correndo, foi até o hospital e parece que desde aquele dia, ela praticamente se mudou para lá, das vezes que eu fui, eu não a vi desgrudar do CTI nenhum só segundo, tínhamos que obrigá-la a ir comer, muitas vezes ela dormiu lá pela sala de espera do hospital, porque não queria correr o risco de algo, seja bom ou ruim, acontecer e ela nem ao menos poder ver.
Ele prosseguia atento ao que ela falava.
— E se quer saber, ela ainda dividia o tempo para investigar quem tinha lhe feito atentado. E quando o senhor passou para um quarto normal, ela foi atrás, ela dormia, noites e noites ao seu lado, porque queria que quando o senhor abrisse os olhos, ela fosse a primeira imagem que o senhor visse. — as lágrimas já chegavam ao canto de seus olhos. — E quando o senhor perdeu a memória e não lembrava de nada, essa mulher, não lhe abandonou, pelo contrário esteve ao seu lado, tentando lhe ajudar a recordar de sua vida e de todo o resto de suas lembranças e agora que o senhor está sem coordenação, ela lhe mima, lhe cuida, deixou a empresa e os projetos, tudo para estar com o senhor, o senhor diz que essa mulher não o ama?! Sr. Onur, não seja injusto, por muito menos, as outras lhe deixaram e aquela sofreu muito mais e continua ao seu lado firme e forte. O senhor ganhou na loteria com ela, dessa vez o senhor acertou na escolha, não sei se ela se casou apaixonada ou não, mas eu posso garantir que ela lhe ama e além disso, ela honra a promessa que fez, ela esteve com o senhor na saúde e na doença, como manda o matrimônio, então tire de sua cabeça essas bobagens e volte para a sua esposa, não a deixe partir, porque mulheres como ela são raras. — ele segura sua mão.
— Obrigado Fierdvis, muito obrigado. — ele a abraça.
— Não há de que, estou sempre aqui.

Depois de abraçá-la, ele sai, entra em casa, sobe as escadas devagar para não mexer muito seu ombro, ele chega no quarto, Sherazade não estava, ele fica preocupado, até que ele sai do quarto e escuta a voz dela no quarto de Kaan. Ele se aproxima e abre a porta e logo vê, ambos estavam jogando palavra e imagens. Ele abriu mais a porta e entrou.
— Posso entrar? — ele fala baixo.
Kaan o vê e sai correndo para o abraçar.
— Pai. — Onur abraçou Kaan, mas sem tirar os olhos de Sherazade.
Ela sorrir para ele.
— Que bom que o senhor está melhorando. — o garoto estava emocionado.
— Kaan, eu posso lhe pedir uma coisa, uma coisinha pequeninha? — ele sorria para o garoto.
— Diga. — Kaan parecia ansioso.
— Bem...eu gostaria que você me emprestasse a mamãe por alguns segundos.
— Tudo bem. — ele falava se emburrando. — Mas não demora muito, tá bom?! — ele pergunta ainda de carinha fechada.
— Tá, eu prometo, te dou minha palavra de honra que não demora.
— Tá eu acredito.
— Obrigada meu campeão. — ele se levanta e beija a cabeça do garoto. — Sherazade, pode vir aqui em nosso quarto, uns minutinhos.
— Tá bem, estou indo. — Onur sai na frente e volta ao quarto deles, Sherazade vem atrás, ela entra no quarto e fecha a porta.
Onur nem a espera sair da porta direito, ele a encostou na porta e começou a falar:
— Me perdoa pelas besteiras que falei hoje mais cedo, me perdoe por ser tão estúpido as vezes, me perdoa por interpretar tudo errado, me perdoa se eu te magoei, me perdoa por ser tão impulsivo e imperfeito, mas acima de tudo me perdoa por duvidar do amor que você sente por mim. — ele a olhava no fundo dos olhos.
— Não, meu amor, eu é que tenho que me desculpar... — ela falava com ternura, mas ele a interrompeu.
— Não Sherazade, o erro foi meu, eu é que estou errado, não é você, você pensa em nós dois e eu sigo pensando só em mim, por isso me perdoa, é que eu não saberia mais viver se eu te perdesse, — ele encosta a testa dele, na testa dela e fecha seus olhos. — porque você me deu o que nenhuma outra me deu, você me deu o amor e um filho. — ele desencosta a testa da dela e volta a olhá-la nos olhos. — Mas as vezes eu sou meio inconsequente mesmo, por isso te peço perdão, porque o erro é totalmente meu e eu não aceito suas desculpas.
— Então eu tenho direito a não aceitar as suas, porque eu fui a responsável por todos os maus entendidos e não você. — ela o olhava cheia de arrependimentos.
— Não Sherazade, eu que errei. — ele aproxima o rosto do dela.
— Não Onur, fui eu, a culpa foi minha. — ela prosseguia olhando arrependida.
— Aceita. — ele dá um terno sorriso e beija seus lábios delicadamente.
— Não vai adiantar, me chantagear, não vou aceitar até que você, aceite que eu errei. — ela sorrir.
— E agora? — ele pergunta a beijando de novo.
— Não, não vou aceitar, nem com todos os beijos do mundo.
— Ah é, e se eu te torturasse? — ele fez uma cara de mal que daria medo em qualquer mulher normal.
— Como assim me torturar? — ela estava verdadeiramente assustada.
Ele colocou a mão na cintura dela, ela estava encurralada, totalmente sem saída, além de está encostada na porta, o corpo de Onur estava em sua frente.
— O que pretende? — ela continuava assustada.
Ele sorrir maldosamente e logo ela começa a se contorcer.
— Para Onur, para. — ela implorava.
— Não paro até que você aceite minhas desculpas. — ele continuava.
— Onur. — ela continuava se contorcendo, já estava chorando, os olhos lacrimejavam.
— Aceita minhas desculpas e eu paro. — ela continuava se contorcendo.
— Eu me rendo, eu aceito, eu aceito. — ela falava ofegante.
— Viu, isso nunca falha, é infalível. — ele sorrir com glória.
— A sua sorte, é que eu não descobri seu ponto fraco, mas aguarde, um dia desses eu vou descobrir, onde ficam as suas cócegas e aí, vou lhe chantagear também, seu palhacinho. — ela joga seus braços no pescoço dele e o beija, o beija cheia de amor, para dar, não tinha como ter dúvidas, eles se amavam e eram felizes juntos, eles se completavam, ainda que houvessem brigas, ninguém abandonava o barco, porque sabia que aquele era um barco de equilíbrio, sim um saísse, quem ficasse corrreria um sério risco de ser destruído, por isso eles preferiam se amar. — Me perdoa? — ela acaricia o rosto dele com as costas da mão.
— Já disse que você não errou, mas eu vou te perdoar, para que você tenha paz e sossego e assim, posso sorrir, porque seu sorriso, ilumina minha vida e meus caminhos. — ela o abraça forte.
— Te amo, se eu nunca tinha dito isso, quero que saiba que eu te amo e te amo muito. — ela beija a clavícula dele.

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