Capítulo 69 (Falta revisão no texto)

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UMA SEMANA DEPOIS...

Sherazade foi até a cozinha.
—Fierdvis, o chá está pronto?
—Sim, senhora.—Fierdvis entrega nas mãos de Sherazade a xícara de chá.—Se a senhora quiser eu posso servir.
—Não, não pode deixar, que eu sirvo para ele.—ela sorrir.
—Tudo bem, então eu vou me recolher.
—Obrigada Fierdvis.—ela sai com a xícara.
Quando Fierdvis se afasta, Sherazade tira dois comprimidos do bolso e os joga dentro do chá. Nisso a campainha toca.
—Ai chegou...—ela pegou a xícara e saiu para abrir a porta.—Pode entrar, pode entrar.—ela abriu a porta e uma mulher passou.
—Onde estão?—pergunta a mocinha.
—A menina está na biblioteca.—Sherazade a guiou até a biblioteca.
—Nilüfer, aqui é a doutora que está aqui para lhe atender, fique com ela, que eu estou cuidando de seu pai.—fala Sherazade.
—Tudo bem.—Nilüfer sorrir.
Sherazade sai da biblioteca, ela sobe as escadas com o chá e vai até o quarto deles.
—Meu amor, boa noite, eu trouxe chá para você.—ela sorrir.
—Ah...mas nem precisava.—ele fala sorridente.
—Mas é que tou com peninha do meu maridinho, você vem trabalha muito, e resolvi fazer um chá para deixar calminho e para que amanhã você possa trabalhar calmamente.—ela se senta ao seu lado.
—Bem...se você insiste.—ele pega o chá.
—Isso meu amor. Beba.—ela olhava inocentemente.
—Tá.—ele bebe o chá todinho.—Obrigado.—ele entrega a xícara de volta a ela.
—Pronto agora se deite e durma.—ela fala calmamente.
—Nossa, que chá é esse? Já estou mo-rren...—ele dormiu, caiu totalmente dormido no travesseiro.
—Ai meu amor, me perdoa, mas você é muito teimoso e me obriga a agir na ilegalidade para poder lhe ajudar.—ela pega a xícara e desce as escadas.

Chegando lá embaixo, ela percebe que a médica já havia terminado com Nilüfer.
—Pronto, terminei, senhora e o seu marido, já está calmo?—ela pergunta.
—Sim, dei uns calmantes para ele dormir, porque ele tem pavor de injeção, quando ele esteve internado, sempre que davam injeção a ele, eles esperavam ele dormir.
—Eu entendo, as pessoas ainda tem muito medo de injeções é normal.
—Eu sei.—ela sorrir.

Sherazade e a médica subiram, ao chegar no quarto, ela viu Onur dormindo profundamente.
—Coitado, mas não vai doer muito.—a médica abre sua malinha e pega a injeção e depois a pequena proveta.
—Pobrezinho, ele é muito medroso.
A médica, coloca o elástico no braço de Onur e depois pega a seringa e retira um pouco de seu sangue, depois ela coloca o algodão com álcool e por fim um pequeno bandaid. Depois despejou o sangue dele na proveta e colocou a etiqueta com o nome dele.
—Pronto.—fala a médica fechando sua malinha.
—Foi rápido.—fala Sherazade sorridente.
—Sim é bem rápido.—a médica pega sua malinha e sai.
Depois Sherazade sai atrás dela.
—Doutora e que dia sai o resultado?
—Ao mais tardar amanhã à tarde, não se preocupe que a gente lhe liga.
—Tá certo, muito obrigada doutora.—ela a deixa na porta de casa.
—Não há de que, até a tarde.
—Até.—Sherazade fecha a porta.
—Ela vai nos ajudar?-perguntava Nilüfer atrás dela.
—Vai sim meu amor, ela vai nos ajudar.—Sherazade a abraça e beija sua cabeça.—Mas agora vamos dormir.

No dia seguinte tudo seguia normal, muito trabalho, muitos projetos, todos correndo de um lado a outro.
—Agora é só aumentar dois metros aqui e diminuir um metro do fundo e mais um metro da lateral.
—Tá perfeito Bennu.—Sherazade sorrir.
—Pronto, agora é só imprimir.—Bennu coloca para inprimir.
O celular de Sherazade começa a tocar.
—Opa, meu celular.—ela fala contente.
—Só pode ser o seu marido, porque pra estar tão feliz...—Bennu sorrir.

—Bem...eu aceitei a menina, entende?! Aceitei, mas sei que essa garota, não é minha filha.—fala Onur que estava almoçando com Kerem.
—Claro que não é sua filha, essa mulher, é uma safada e fica agora querendo dar uma de esperta, ela te traiu, te enganou, sinceramente acho que ela deixou essa menina para você, para ficar isenta de responsabilidade.—fala Kerem revoltado.
—Não, não, ela morreu, eu investiguei, porém não sei quem é o pai dessa pobre garota, mas a verdade é que eu gostei dela, o Kaan gosta dela e a Sherazade a trata como uma filha, não posso tirá-la deles.—Onur fala com tristeza.
—Eu entendo Onur, mas a Nil foi uma mulher horrível com você.—ele fala com revolta.
—É eu sei, porém essa garotinha não tem ninguém por ela e isso me preocupa.—Onur fala com tristeza.
—É eu sei...mas me diz uma coisa e se ela for sua?
—Kerem, acredite quando digo que não há possibilidade, é impossível.
Kerem para um tempo e então uma ideia parece lhe passar pela cabeça.
—Onur, você é estéril? É isso? É por isso que é impossível?
Onur olha para Kerem e furioso se levanta.
—Mas que raiva, é a segunda vez que ele faz isso...espera, mas da última vez que ele fez isso, foi quando afirmei que ele tinha ciúmes da Sherazade e eu estava certo, então é isso, ele é estéril. Que horror.

Onur deixou Kerem e voltou para a empresa, ele estava com muita raiva, ao chegar perto de Noraiate, como de costume, ele perguntou:
—Algum recado recado?—ele estava sério.
—Não senhor.—ela sorrir.
—Obrigado.—ele abre a porta e entra.
Quando ele olha para frente, ele avista Sherazade muito bem sentada no sofá de sua sala.
—Boa tarde meu amor.—ela sorrir.
—Sherazade?—ele ficou chocado.
—Eu mesma? Mais por que o choque? Você sabe que eu sempre entro na sala de meu marido.
—Não, tudo bem, eu gosto de lhe ver, sempre alegra meu dia.—fala Onur sorridente.
—Eu sei...já notou como o dia hoje está lindo?—ela sorrir.
—Para mim está normal.—ele sorrir e se senta ao seu lado.
—Ah pois eu acho sinceramente que o dia está belo. E sabe por quê?—ela pergunta o olhando nos olhos.
—Não, não sei.—ele sorrir.
—Por causa disso.—ela tira um envelope de cima da mesa, Onur nem havia percebido.
—Que é isso?—ele olha.—Está em meu nome, ou estou enganado?
—Não está não, é para você, pegue.— Ela entrega em sua mão e levanta.
Onur pega e arregala os olhos e olha para Sherazade.
—O que significa isso? —ele pergunta assustado.
—Isso é a prova definitiva para mim conhecer o homem com quem me casei, eu quero saber se você é o mesmo, ou se nunca foi aquele homem capaz de tudo por amor, Onur, esse envelope é sua prova de fogo, com esse envelope, você vai provar para mim se eu realmente não me enganei ao casar com você...—ele a interrompe.
—Mas você está louca? Com a permissão de quem você fez isso?—ele pergunta indignado.
—Com a sua, ora mais, com a de quem mais seria?
—Como assim a minha? Eu não dei permissão para fazer isso.—ele estava zangado.
—Onur, você deu sim, a partir do momento que assinou, isto.—ela tira um papel da bolsa.
—O que? Mas que papel é esse, nunca o vi antes.—ele estava confuso.
—Pois veja, nele você assinou a autorização para fazer o exame em você.—ela entrega a ele.
—O que? Eu nunca assinaria isso...—ele bate no papel.
—Claro que assinou.
—Espera...espera aí, você falsificou isso? Falsificou minha assinatura?—ele estava surpreso.
—Não Onur, eu não fiz isso, se quiser leve a um cartório, ao seu tabelião, lhe garanto que eles reafirmarão isso, você mesmo, com sua mão o assinou.
—Mas como? Eu não lembro disso.-ele coloca as mãos na cabeça.
—Onur, é muito simples eu corri um grande risco, porque afinal, você era o homem que lia tudo que assinava, não era?!
—Sherazade, o que você fez?
—Simplesmente testei você, coloquei entre os papeis e projetos que você assina, coloquei esse papel e advinha, você assinou viu?! Graças a Deus que não era nada muito grave.
—Sherazade, isso se chama traição.
—Não Onur, isso se chama coragem, isso se chama lealdade, cuidado, eu sei o quão perturbado você anda, como anda pelos cantos e pensativo, isso é para te libertar e ao mesmo quero dizer que tudo que fiz, foi para o seu bem, te dopei, para que a médica te tirasse o sangue, fui pegar o resultado e te entreguei, porém não abri e nem abrirei, mas em compensação se você não abrir esse papel, considere-se divorciado, porque eu me separarei de você. Escolha.—ela o desafiava.
E ele estava chocado.
—Sherazade por que fez isso? Aquela menina não pode ser minha filha, mas eu a aceitei.
—Sim, mas dissestes bem, ela pode não ser sua filha, como também pode ser? Está em suas mãos a resposta e também o futuro de nosso casamento.
—Isso é chantagem.
—Não, não é, eu te amo Onur, te amo e muito, mas não posso permitir que você continue vivendo e convivendo com essa dúvida que sinto está te deixando louco, ou acha que não sei, eu tenho percebido que você anda se trancando na biblioteca à noite e bebendo whisky, mais que antes, porque antes você nem bebia, o whisky ficava no lugar dele e você nem o tocava, mas agora você se tranca e bebe, sabe-se lá quantos copos, também percebo sua distância da menina e ela também percebe, sei que você só se aproxima quando a gente pede ou quando você sente culpa. Onur, você é transparente demais para esconder e eu vejo seu sofrimento e eu te amo e te quero sadio e presente em nossa vida, porque ultimamente você anda aéreo e isso quando não está de ressaca, então aí está a resposta, que nem o whisky, nem seus pensamentos e muito menos a pobre menina pode te dar, abra esse envelope, resolva seus problemas como adulto, enfrente essa situação Onur, por Deus que eu não suporto mais isso, eu quero que acabe e que sejamos felizes, mas sei que se você não enfrentar isso, nós não seremos felizes, não seremos. Por nosso amor, abra!—ela falava implorando.
Ele engoliu em seco.
—Você tem razão, eu vou abrir.-ele rasga a lateral do envelope, tira o papel e o desdobra.
Ele o lê e logo cai no sofá chorando, chorando muito, ele deixa o envelope cair e continua chorando, Sherazade se assusta ao vê-lo daquele jeito e vai até ele.
—Meu amor, por favor, me conta, me conta o que houve? Me conta, que ferida tão grande foi essa que essa mulher fez em você, me conta.—ela se abraçou com ele desesperada.
—Acho,-ele dá um pequeno intervalo no choro.—que chegou a hora de eu lhe contar, a história mais trágica da minha vida.
Ela estava quase chorando com ele.

1001 Noites de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora