1001 Noites de Amor

Capítulo 23

– Então vocês querem minha cooperação para entrar na licitação? – perguntava Zaffer durante o almoço de negócios entre ele, Onur e Kerem.
– Isso mesmo Zafer, é porque sem uma empresa como a sua, nós não poderemos concorrer e é um negócio milionário, ambas empresas saírão ganhando. – Kerem tenta convencer Zaffer
– E de que se trata essa concorrência?
– Bem... é para construção de um enorme Shopping Center em Izmir e se quer saber, dizem que será o maior de toda a Turquia, por isso mesmo a gente quer entrar, porque além disso, de todas as licitações que vão abrir esse ano, essa é a mais lucrativa. – Onur fala com convicção.
– Eu acho que eu já entendi, os pais de vocês também os ensinaram a fazer marketing de convencimento com as pessoas, não é? – eles sorriem.
– Um pouco... – fala Kerem.
– Tudo bem, eu aceito. – fala Zafer.
– É isso aí... – Onur levanta a taça e eles brindam.
– Mas isso não vai ficar de graça não, Onur quero que me conte que giro a terra deu para que você de repente ficasse noivo, e logo da Sherazade a sua arquiteta premiada que você não divide com ninguém. – Zafer o encarava com ironia.
– Foi fácil Zafer, ela contou umas histórias para ele e ele a pediu em casamento. – fala Kerem sorridente.
– Calado, Kerem, ele sempre faz essa piada sem graça. – Onur fala com um sorriso de boca fechada.
– Ah é verdade, que coincidência você vai se casar com a princesa Sherazade a musa amada de seu livro predileto. – fala Zafer animado.
– Sim, mas não sei se vai haver casamento Zafer.
– Onur, você tem que se impor, você não é mais o menino da mamãe, você já é um homem, rapaz. – Zafer o repreende.
– Meu amigo, se fosse por mim, eu já estaria casado, mas o negócio não é comigo, é com a Sherazade que já passou pela triste experiência de ser rejeitada pelos sogros do falecido marido e agora ela só vai aceitar se casar comigo se minha mãe aceitá-la como nora, do contrário, ela não vai aceitar... – fala Onur desanimado.
– Realmente a situação está difícil, eu entendo sua noiva e você também tem que entendê-la, não é fácil ser uma nora rejeitada e muito menos a nora rejeitada de Feride Aksal, eu conheço sua mãe, mas sinceramente acho que vocês combinam muito, vocês formam um belo casal.
– Obrigado Zafer, é o que eu mais quero, que ela seja minha esposa.
– E será, tenha fé, nada é por acaso. – Zafer dá duas batidinhas no ombro de Onur em forma de apoio. – E você Kerem? Quando vai resolver nos apresentar uma noiva.
– Não sei Zafer, nunca encontrei ninguém. – ele olha para Onur. – O Onur já encontrou a dele, mas a minha deve está a caminho. – fala Kerem desanimado.
– Ou mais próximo que você pensa. – fala Zafer misterioso.
– Por que diz isso? – Kerem estava confuso.
– Digamos que observei hoje o comportamento de sua arquiteta.
– Quem? A Sherazade? – Onur olha de esguelha pra Kerem que sorrir.
– Estou falando da Bennu, Kerem, a Bennu.
– Ah... a Bennu? — ele pergunta desanimado.
– Kerem, vejo que ela tem muito apreço por você, porque não se deixa levar pelo amor que ela sente por você? – Onur e Zafer olham para Kerem que fica meio sem jeito.
– Bem... não sei...
– Pois pare um pouco e pense, veja seu amigo aqui, seguiu o coração dele e está feliz com uma bela mulher ao seu lado, apesar de a mãe dele está contra, mas ele está feliz por tê-la.
– É verdade Kerem, a Bennu sempre te tratou muito diferente. – Onur parecia estar se lembrando dos momentos que estiveram juntos.
– Olha, eu prometo pensar, pode ser?
– Pode. – Zafer sorrir e os outros voltam a brindar novamente.

Passam-se alguns dias...

Como todos os domingos, Onur, Sherazade e Kaan estavam saindo para irem ao clube hípico ou irem simplesmente passear por qualquer lugar.
– Sobe aqui campeão... – Onur coloca Kaan nos ombros.
– Não sei quem é mais criança dos dois, sabia?! Vocês me confundem. – Onur e Kaan começam a rir.
– Turma do maternal, saiam, anda, como vou fechar a porta se vocês não saem da frente? – ela coloca as mãos na cintura.
– Desculpa e com licença, tia. – Onur sorrir.
– Ah é... maternalzinho. – ela aperta as bochechas de Onur e depois as beija.
– Vem Kaan. – Onur o coloca no chão novamente.
– Ah criaram juízo?
– Juízo não se cria, ou se nasce com, ou não se tem...
– Muito engraçado Onur Aksal. – Sherazade dá um empurrãozinho nele.
– Vamos mãe, quero andar a cavalo. – Kaan fala fazendo bico.
– Eu já disse que você não é boa influência pra ele, ele agora só quer saber de andar a cavalo. – Sherazade, Onur e Kaan começam a descer a escada.
– Bom dia! – Sherazade toma um susto ao ver quem havia falado com ela, Onur responde e passa direto com Kaan, mas ao perceber que Sherazade havia parado no meio da escada para falar com os dois senhores, ele parou também, mas no último degrau da escada.
– O que fazem aqui? – ela pergunta com um fio de irritação.
– Sherazade, eu sei que não mereço o seu perdão, mas ainda assim eu vim pedi-lo e também vim conhecer meu neto. – falava o homem.
– Sr. Burhan, o senhor tem todo direito do mundo de conhecer seu neto, mas eu não sei se posso perdoar o que me fez...
– Sherazade, filha... – ele pega sua mão.
– Sr. Burhan, como consegue dormir a noite pensando que quase matou um garotinho inocente e se quer saber, seu neto que o senhor abandonou, quando ele mais precisava do senhor, foi ajudado por um anjo que apareceu não sei de onde, – Sherazade não percebeu, mas Kaan olhava para Onur e ele olhava de volta. – esse estranho ajudou seu neto mais que o senhor.
– Sherazade eu sei que eu mereço tudo que você diz, mas acredite, estou pagando muito caro pelo meu erro, minha outra nora, Fusun, a esposa de Ali Kemal, o irmão de Ahmet, ela estava grávida e estávamos felizes porque finalmente ela nos daria um neto homem, mas ontem ela começou a sentir as contrações e quando ela foi dá a luz, os médicos disseram que o menino havia nascido morto. – o velho começou a chorar.
– Calma Burhan, querido. – Nadide o abraça.
Sherazade respira fundo e o abraça.
– Calma. Vamos entrar, venham.
Onur meio desconcertado não sabia muito bem como proceder.
– Onur, Kaan, venham. – Sherazade os chama.
Sherazade abre a porta e Burhan e Nadide entraram.