Capítulo 66 (Falta revisão no texto)

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Quando percebeu o que tinha causado, Sherazade ficou se sentindo muito mal, se bem que há alguns dias atrás ela também o tinha feito chorar, mas tinha sido algo mais leve, porém dessa vez ela pode perceber que mexeu bem no íntimo dele, ela tinha mexido em algum ressentimento ou ferida, pois ele havia ficado perturbado.

Depois que tomou seu banho, Onur vestiu sua calça esporte preta e sua camisa preta, chegou próximo à cama e se sentou, colocou as mãos na cabeça, depois enxugou uma última lágrima que caía de seus olhos e então se deitou, se embrulhou e lá ficou. Sherazade, estava na varanda, se sentindo muito mal, por ter deixado Onur naquele estado.
Após alguns minutos na varanda ela saiu de lá e logo percebeu que Onur estava deitado na cama, estava quieto, todo embrulhado, como quem diz: "Não me incomode." Ela baixou a cabeça e triste foi tomar seu banho.

Quando ela terminou, ela se vestiu e ficou parada na porta do banheiro o olhando, ela estava se sentindo horrível. Ela resolveu fazer algo a respeito. Ela se aproximou dele.
—  Amor! — ela começou a acariciar o cabelo dele.
Ele permaneceu imóvel.
— Você não vai jantar? — ela pergunta ainda acariciando sua cabeça.
Ele permanecia em silêncio. Ela ficou ainda mais triste.
—  Não vai falar mais comigo? — ela já estava falando com a voz de choro.
Ele continuou imóvel e silencioso.
—  Não me tortura assim, por favor, não me castigue desse jeito, eu te imploro. — ela se abraçou com o corpo imóvel dele. — Por favor não faça isso...grite, brigue e me insulte se quiser, mas não me trate com essa indiferença, por favor. Vamos conversar, vamos debater, discutir, mas não me trate dessa maneira, porque assim eu vou ficar mais e mais triste. — ela beija a cabeça dele. — Onur, não faz isso por favor.
Ela levanta, apaga as luzes do quarto, fecha a porta da varanda e se deita ao lado dele.
—  Pois se você não for jantar, eu também não irei. - ela se abraça com o corpo imóvel novamente. — Porque eu quero estar com você, e eu admito, admito que passei dos limites, eu falei besteira, eu admito, também fiz besteira, mas quem ama muito, tem sempre que fazer muita bobagem, eu não sei porque, realmente não sei porque. — ela acariciava o peito dele e ele só estava a escutando. — Por que será?— ela agora estava com a cabeça em cima da lateral do braço dele. — Acho que talvez seja, porque quando a gente ama, a gente não mede as consequências de nossos atos. - ela acariciava o pescoço dele com as costas de uma das mãos. - Mas eu juro que se eu soubesse que isso ia te magoar, eu não teria feito, porque tudo que eu quero é te dar carinho, é te amar. — ela chegou mais perto do pescoço dele e começou a tocar seus lábios. — Por isso, me perdoa. — Ela começou a dar carinhosos beijos no pescoço dele.
E ele tava fazendo um esforço sobre-humano para permanecer irredutível às carícias e beijos dela, mas o corpo dele por mais que tentasse não conseguiria ser tão forte, quanto aqueles carinhos dela.
"Ele está tentando resistir, mas ele está arrepiado, quer se fazer de forte ou orgulhoso. Sua sorte Onur, é que te amo e o orgulho não pode ser maior que o amor." Ela pensava, enquanto prosseguia a provocá-lo, até que ele se virou e o rosto dos dois ficou frente a frente.
—  Me perdoa. — ela estava a ponto de chorar, Sherazade aproximou o rosto do dele e o beijou.
Ele não respondeu com as palavras, ele simplesmente retribuiu o beijo dela, retribuiu de uma forma ainda mais intensa e demorou pouco, bem pouco e os dois estavam entrelaçados, se amando, se doando um ao outro, ali foi a forma dele dizer que a perdoou e a maneira mais sincera de ela mostrar seu arrependimento.

Depois daquele momento, Sherazade deitou sob o peito dele.
—  Me perdoa? — ela perguntava, com uma voz de profundo arrependimento.
Ele beijou sua cabeça.
—  Te perdoo. — ele falava do fundo de seu coração.

Nos dias que se seguiram eles continuaram a tentar e tentar realizar o grande sonho de serem papais de um bebê deles, porém ainda nada, nem sinal, Sherazade depois de um tempo, resolveu desistir e esperar que algum dia, eles conseguissem, porque o que ela menos queria, era magoar Onur. Ela resolveu aceitar o destino como ele viesse.

1 MÊS SE PASSOU...

As coisas na Binyapi estavam trabalhosas, todos estavam cheios de tarefas e afazeres, Onur e Kerem não eram diferentes, saíam da empresa pela manhã e só voltavam nos finais de tarde. Em uma dessas, Noraiate estava cuidando dos pedidos de Onur, enquanto ela digitava um monte de papeis, um homem se aproximou.
—  Boa tarde, senhora.
—  Boa tarde! — Noraiate volta atenção para o homem.
—  Senhora, pode me dizer se Onur Aksal trabalha aqui?
—  Sim, ele é o presidente da empresa, o que o senhor deseja?
—  Tenho um assunto pendente com ele. Será que ele pode me receber? — pergunta o homem.
—  Ele com certeza o receberia, mas ele nem sequer está por aqui.
—  Nossa, que chato...preciso falar com ele é algo muito importante.
—  O senhor marcou hora com ele? — ela pergunta com calma.
—  Precisa marcar hora?
—  Bem...não, mais se torna mais seguro encontrá-lo.
—  Ah isso é verdade...
—  Algum negócio importante?
—  Sim, sim. É um negócio muito importante e lucrativo. — fala o rapaz.
—  Bem...se o senhor puder deixar um folheto, eu posso dar a ele.
—  Não, tudo bem, amanhã eu volto.
—  Ta bem então.

Passadas algumas horas, Onur e Kerem chegaram.
—  ...pois é, também não entendo, mas enfim, vamos persistir. — eles vinham conversando pelo corredor.
— Só espero que consigamos convencê-los. Boa tarde Noraiate. — era Onur.
—  Boa tarde Sr. Kerem e Sr. Onur, como foram os compromissos? — pergunta Noraiate sorridente.
—  Bem...
—  À medida do possível.
—  Ah não Onur, para de ser tão negativo.
—  Ora...estou sendo realista.
—  Sinceramente, prefiro ouvir meus recados do que ouvir o Onur.
—  Bem...Sr. Kerem, ligaram de Ancara pedindo para que o senhor visite os canteiros de obras, também ligaram de Moscou e a construtora Vex, pediu que o senhor checasse seu email.
—  Espera...essa Vex, não é aquela da sua ex? — pergunta Onur sorrindo.
—  Cala a boca, para de tirar sarro, são assuntos estritamente profissionais. — Kerem se afasta.
—  Sei...e assim espero. — Onur ia entrando na sala quando Noraiate o chamou.
—  Sr. Onur, tenho recados pro senhor.
—  Pois não. — ele se vira para ela.
— O pessoal de Dubai pediu que o senhor respondesse o email deles, também ligaram de Ízmir e de Ancara, e por último um homem veio aqui lhe procurar é um desses free lanceres, que querem arrumar negócios para as construtoras.
—  Ok, diga para vir amanhã à tarde.

À noite Onur chegou em casa e como de costume Kaan o estava esperando.
—  Filhão. — ele cobriu o garoto de beijos.
—  Pai. — ele se entregou aos beijos de seu pai.
Depois Onur colocou Kaan em seu ombro e pediu que ele segurasse sua pasta. Sherazade estava saindo do quarto quando viu Onur e Kaan terminando de subir as escadas.
—  Mas já estão aprontando, será que não posso deixar essas crianças sozinhas nem por um segundo? — Sherazade sorrir.
—  A gente tá quieto, não sei porque a senhora está dizendo isso? — Kaan pergunta todo sem jeito.
—  Sei...sei...não estão fazendo nada, não é?! — eles sorriem.
— Nadica de nada. — Onur coloca Kaan no chão.
—  Olha, só o fato dos dois estarem simplesmente subindo essas escadas desse jeito, já é perigoso. — fala Sherazade os repreendendo.
—  Desculpe-nos. — fala Onur arrependido.
— Tudo bem, vá se arrumar para jantar. — ela beija a bochecha de Onur.
—  Tá bom, meu amor, estou indo. — Onur sai e entra no quarto, ele deixa sua pasta no armário e depois coloca o seu terno em cima da poltrona do quarto, depois ele tira seus sapatos e entra no banheiro.
Logo após ele fechar a porta, ele começa desabutoar sua camisa, enquanto a desabotuava, ele olhou para o lixeiro e viu escondido lá no fundo, uma caixinha que ele já sabia de que era, ele se abaixou, pegou a caixinha e dentro havia um exame de gravidez, ele viu o resultado e, ficou desapontado, não tinha sido dessa vez. Ele o joga de novo no lixo e depois termina de tirar sua roupa e vai tomar seu banho.
Sherazade estava montando um quebra cabeça com Kaan, Onur se aproximou e beijou a cabeça da esposa.
—  O que fazem? — ele estava com a cabeça em cima do encosto do sofá.
—  Montando um quebra cabeça. Quer ajudar a gente? — Sherazade sorrir para ele.
E ele não deixa de sentir uma certa culpa, porque ela com certeza estava triste, mas para esconder a sua tristeza e evitar uma discussão, ela resolveu fingir uma felicidade, tudo para evitar a tristeza dele.
Ele se sentou no chão ao lado de Kaan e depois colocou o menino, sentado em suas pernas e ficou acariciando os cabelos de Kaan e beijando sua bochecha. Sherazade não escondia a satisfação ao ver o menino e Onur, e como a relação deles era bela e sincera, e como ela desejava ver seu marido rodeado de garotinhos de olhos azuis e cabelos pretos, como os dela, ou umas meninas de cabelo loiros e olhos azuis, mas um pouco morenas como Sherazade, mas por enquanto não passava de um sonho distante.

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