Capítulo 19

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Quando Sherazade acordou pela manhã, percebeu que havia dormido no sofá.
– Meu Deus que horas são? – ela olha para seu relógio de pulso e já eram quase 9h, ela saiu correndo e foi acordar o filho. – Kaan! Kaan!
– Oi mãe! – ele fala sonolento.
– Filho, o passeio com o Onur, esqueceu? – Sherazade o sacode devagar.
– Ah é mesmo... – ele se senta na cama e sai correndo para o banheiro.
– Meu Deus, nunca tinha visto esse garoto levantar tão rápido. – Sherazade vai até seu quarto também, depois de tomar banho e se arrumar, ela foi preparar o café, Kaan saiu do quarto já praticamente arrumado.
Sherazade estava admirada.
– Kaan você já terminou de se arrumar?
– Sim, mamãe, eu terminei. – E o casaco? Lá fora está frio.
– É verdade... – ele corre e pega o casaco.
Sherazade sorrir.
– Pronto, o café já está na mesa, vem tomar Kaan.
A campainha toca.
– Mas eu já tenho que ir mãe, ele chegou.
– E vai sair de casa sem tomar café? – pergunta Sherazade revoltada.
– Vamos mãe, por favor.
Sherazade vai abrir a porta.
– Bom dia meu... – Onur ia terminar a frase, mas Kaan apareceu. – meu garoto.
– Bom dia, e aí vamos? — ele pergunta correndo em direção a Onur.
– Onur, vou lhe afastar desse menino, você está sendo uma péssima influência para ele. – Sherazade finge raiva.
– Eu? – ele pergunta surpreso.
– Sim, ele nem se quer quis tomar o café dele. – Sherazade fala fingindo estar irritada.
– Não tem problema, eu também não tomei, não se preocupe, assim é melhor que a gente toma café juntos.
– Bom passeio, então. – fala Sherazade da porta do apartamento, fazendo cara de reprovação para Onur, que apenas sorria, enquanto ia caminhando de mãos dadas com o menino.
Ela fechou a porta e entrou em casa.

Onur coloca Kaan na cadeirinha de crianças que ele havia comprado especialmente para ele.
– Pronto, agora você está devidamente preparado para nosso passeio.
– Eba!
Onur sorrir, fecha a porta do carro, vai pelo outro lado, entra do lado do motorista e sai.

Enquanto isso Sherazade resolveu ligar para Bennu e saber se ela não poderia ir visitá-la, pois ela estava se sentindo só, sem seu filho.
– Vem Bennu, por favor. – ela implorava.
– Tá bom, eu vou, mas quero que me conte tudo. – falava Bennu sorridente.
– Tá bom, eu prometo lhe contar tudo.
– Ah então assim, eu vou.
– Estou te esperando. – Sherazade desliga. – Pra onde será que eles foram? Será que foi loucura mandá-los juntos e sozinhos? Não, eu preciso confiar neles.

Onur levou Kaan para tomar café, depois o levou ao clube hípico.
– Eu vou montar? – ele perguntava contente.
– Sim...
– Eba.
– Mas não sozinho, vai montar comigo. – Onur falava sorrindo.
– Por mim tudo bem... – ele segurava na mão de Onur, Onur foi o levando até os estábulos.
– Sabia que minha mãe sabe montar? – os dois iam caminhando lado a lado.
– Não, é sério? – ele estava surpreso.
– Sim, ela sabe.
– Ah que bom, então da próxima vez a traremos, assim ela poderá montar conosco.
Eles chegam ao estábulo onde estava o cavalo de Onur.
– Kaan, lhe apresento meu cavalo. – fala Onur sorridente.
– Oi cavalinho. – Kaan fica com medo de tocá-lo.
– Não precisa ter medo, pode tocar nele.
– E se ele me morder?
– Garanto que ele não fará isso. – Onur o pega no braço, Kaan devagarzinho aproxima sua mão do focinho do cavalo, o cavalo baixa a cabeça e Kaan prosseguia o acariciando e no final ainda deu-lhe um beijo na cabeça.
– Ele tem nome?
– Sim, tem. – Onur o coloca no chão.
– Como é?
– Sahzeriah.
– Sahzeriah, das mil e uma noites? – ele pergunta sorridente.
– Isso mesmo. – Onur beija sua testa. – Que bom que lembrou.
– Eu não esqueci... – Kaan sorrir. – Podemos montar?
– Claro, vem. – Onur e Kaan saem de perto do cavalo e vão buscar uma sela.

– Então o Kaan gostou dele, assim de primeira? – Bennu estava surpresa.
– Isso mesmo, eu também me surpreendi, ele é realmente muito bom lidando com as crianças.
– E onde você acha que eles foram? – pergunta Bennu tomando um gole de chá.
– Bem... não sei, o Onur não me disse nada, nem para onde, nem o que iam fazer, tudo que sei é que ambos estavam muito empolgados.

Onur e Kaan estavam passeando juntos no cavalo, o cavalo estava em um lento galope.
– Gostou? – Onur perguntava sorridente.
– Sim.
– Pois da próxima vez, vamos trazer a sua mãe, assim a gente pode passear juntos. – Onur beija a cabeça de Kaan.

– Bennu ontem à noite eu tive um sonho muito estranho, porém lindo.
– Como foi esse sonho?
– Eu ia para o meu quarto e encontrava em um porta-retrato que tem minha foto e a de Ahmet, uma carta dele para mim e nessa carta ele me deixava livre para ser feliz com o Onur e dizia que ele é um bom homem, que ama o nosso filho e me ama também.
– Viu? Eu falei, o Sr. Onur é o homem certo para você.
– É mesmo? – ela pergunta sorrindo.
– Claro, eu sempre disse que ele era um bom homem... – Bennu protesta.
– Foi mesmo?! Você disse que ele era um homem rabugento, briguento e que só sabia gritar.
– Sim, mas isso foi muito antes dele quase morrer por você. – fala Bennu em tom de desculpa.
– Olha, eu vou te perdoar, porque estou muito feliz, mas só por isso.

Depois de passarem a manhã cavalgando, Onur levou Kaan a um bom restaurante, para que os dois almoçassem juntos e pudessem conversar.
– Kaan tenho uma boa notícia para você.
– Qual? – pergunta Kaan enquanto eles se sentavam na mesa.
– Hoje está liberado, pode comer o que quiser, mas com moderação.
– Oba... – ele sorrir.
– Mas com uma condição, isso ficará só entre nós.
– Tá bom, vou omitir isso também.
– É isso aí. – Onur sorrir. – Kaan, eu preciso ter uma conversa de homem para homem com você.
– Sobre o que?
– Sobre sua mãe. – Onur não conseguia esconder o nervosismo.
– Hummm... você gosta da minha mãe, não é? – ele pergunta encarando Onur.
– Sim, gosto e gosto muito. – Onur estava com medo da reação de Kaan.
– Então, foi por causa dela que você me ajudou?
– Bem... eu não sabia que a criança que eu ia ajudar, tinha como mãe, a Sherazade...
– Onde você a conheceu?
– Em uma premiação.
– Ah sim... eu lembro... eu estava no hospital e a Bennu ficou comigo para ela ir. – o coração de Onur quase parou quando ele disse aquilo.
– Kaan, olha eu só quero que você saiba que eu amo você e a sua mãe.
Kaan prestava atenção em Onur.
– Só que para ela me aceitar, ela precisa da sua permissão e é o que preciso, preciso que me aceite, como o seu meio pai, na verdade eu já sou, lembra o que o Dr. Átila nos disse?
– Sim, ele nos disse que éramos como o meio pai e o meio filho.
– Pois então, eu só quero oficializar isso, e aí o que acha? – pergunta Onur com medo da resposta.
– Sim, eu aceito. – Onur respirou aliviado e depois abraçou o garoto. – Não sabe o quanto eu gosto de você. – ele sorrir e beija sua cabeça.
– Eu também gosto de você.
– E quero deixar algo bem claro, – ele para de abraçar Kaan. – não irei e nem pretendo ocupar o lugar de seu pai, tudo bem?
– Tudo.
– Trato de cavaleiros? – Onur estende a mão para Kaan.
– Trato de cavaleiros. – Onur pega a mão de Kaan e a aperta e depois o abraça forte.
– Meu garoto. – ele dá leves batidinhas em suas costas.

Bennu havia ido embora, Sherazade olhou para o relógio já eram quase 2h da tarde e nada de Onur chegar com Kaan.
– Mas onde esses dois se meteram? – ela pega o celular para ligar para Onur, porém caiu na caixa Postal. – Onur, não me faça perder a confiança em você.
Após uns minutos a campainha tocou, Sherazade, ansiosa foi rapidamente atender a porta, ao abrir ela tomou um grande susto.

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