Capítulo 86

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Onur olhou em dúvida.
— Eu o que? — ele pergunta novamente.
— Você mentiu para mim, mentiu.
— Sherazade, será que você poderia falar claramente, por que não lembro de ter mentido para você.
— Onur, eu descobriu o real valor dessa casa. — Onur arregala os olhos.
— Co-como? — ele olhava confuso.
— Está vendo? Está vendo, você mentiu... — ela aponta o dedo no rosto dele.
Onur começou a sorrir.
— Por que você está sorrindo, seu palhaço? — ela coloca as mãos na cintura.
— De você é claro, não acredito que desconfiou de mim a ponto de ir na imobiliária verificar o valor. — ele fala com revolta.
— O que foi, agora vai se fazer de vítima, é isso? — ela pergunta revoltada.
— Não meu amor, eu não quero me fazer de vítima, mas admita que você duvidou de mim, vamos admita.
— Não eu não duvidei de ninguém eu apenas fiquei sabendo. — fala Sherazade.
— Ah é, e por onde você ficou sabendo? — ele se aproxima dela com o peito estufado e a encarando.
— Por aí...por aí. — ela fala nervosa e ele continuava a encuralando.
— Me perdoe, mas não acredito. — ele continuava e ela prosseguia caminhando de costas.
— Olha se você não acredita, problema seu, mas eu estou falando a verdade.-ela o encara.
— Como você pode ter ficado sabendo disso por aí? — ela dá mais um passo para trás e tropeça na cama e acabando caindo deitada em cima dela e ele continuava a encurralando só que a agora com o rosto perto dela, porque ele estava engatinhando em cima da cama.
— O-Onur, a-acredite e-em mim. — ela estava ofegante e nervosa.
— Então pare de me acusar...
— Olha, pra começar, esse interrogatório era meu e-e vo-você to-tomou de conta, en-então pa-para de me encurralar. — ela falava nervosa.
Ele começou a sorrir.
— Pois se não quer que eu lhe encurrale não me acuse com sua falta de confiança.
— Nã-não é falta de confiança. — ele aproximou o rosto do dela.
— E o que é? — ele estava provocando a pobre esposa.
— É-É que eu...descobri sua mentira.-ele sorriu sobre os lábios dela e a beijou.
— Eu não menti. — ele passava o nariz delicadamente pelas bochechas dela e beijava a bochecha dela com leveza.
— Men-mentiu sim, não negue. — ela falava ainda ofegante.
— Não menti não. — ele fala bem baixinho no ouvido dela e depois começou a beijá-lo.
— Onur, não faz isso...
— Isso o que? Você que começou me interrogando e tudo que estou fazendo é... — ele desce pro pescoço dela e o beija. — procurar as minhas respostas.
— Espera aí, pode parar mocinho. — ela o empurra.
— O que foi agora? — ele pergunta confuso.
— Você não vale nada Onur. — ela pega o travesseiro e joga nele.
— Ai calma. — ele sai de cima dela.
— Você quer me distrair para sair pela tangente, estava me seduzindo para não ter que dizer a verdade.
— Não, Sherazade não é isso não. — ele se senta na cama e coloca o travesseiro no lugar.
— Como não, você chega todo sedutor, para não me responder, porque mentiu? — ela perguntou zangada.
— Eu não menti.
— Mentiu sim, você disse que ela foi 7 milhões quando na verdade, ela foi 24 milhões.
Onur fez cara de tédio.
— Não, eu não menti muito...só um pouquinho assim... — ele aperta o indicador contra o polegar.
— Ah e agora já mentiu? Que avanço, porque até indagora você nunca tinha mentido.

— Meu amor, senta aqui... — ele dá duas batidinhas na cama.
— Pra que Onur? Pra você me seduzir de novo?
— Não sua boba, tudo bem fica em pé então, na minha cama eu te proíbo de sentar. — ele faz cara de menino birrento.
— Faço nem questão, não quero mais engravidar. Agora me explica isso. — ela senta no sofá, bem longe da cama.
— Essa casa custou somente 14 milhões, é pouco... — ele falava sem jeito.
— Onur, você está mentindo de novo...
— Não estou não, ela era 24 milhões até o meio do ano passado, mas como não achavam compradores, passaram a vender por 23, depois 22, 21 e quando chegou em 14 eu a comprei porque sempre foi meu sonho morar nessa casa, lembro de minha adolescência, eu passava por ela e dizia que algum dia moraria aqui e seria o meu palácio, porque eu queria ter um palácio, como o rei Sahzeriah, eu só não queria a Sherazade, mas o palácio eu queria. — ela joga a almofada do sofá nele e pega nos braços dele. — E quando desejei uma Sherazade, eu não pensei que ela fosse tão brava. — ele colocou a almofada na frente do rosto porque ela jogou outra. — Você tá bagunçando o quarto...
— Não me importa.-ela levanta e vai até a cama.
— Olha se eu fosse você não me aproximava dessa cama, olha que você vai ficar grávida e de octogêmeos.
— Onur, seu pervertido. — ela ia bater nele com o travesseiro, mas ele pulou da cama.
Onur caiu na gargalhada.
— Você é um sujo. — ela sorrir.
— Amor, — ele se ajoelha no pé da cama e pega a mão dela e a beija. — me perdoa, é que não quis lhe incomodar.
Ela se aproxima e acaricia o rosto dele.
— Claro que te perdoo.-ela o beija delicadamente nos lábios e ele vai subindo na cama devargarzinho. — Agora toma isso, e vai para outro quarto, de preferência no 2° andar, afinal o seu palácio tem 10 quartos e 4 estão desocupados, então, olha que legal, você pode escolher qualquer um. — ela colocou o travesseiro no rosto dele.
— O que, está me expulsando? — ele perguntando indignado.
— Sim, amor, você está banido desse quarto até que aprenda a controlar seus harmônios e impulsos, ou até que eu esteja livre do perigo de engravidar.
— Mas... — ele tenta protestar.
— Mas como você não vai conseguir controlar, saía de meus aposentos e vá para um dos quartos remanescentes em seu palácio, — ele tenta protestar.-vamos majestade, por favor alteza. — ela o pega pelo ombros.-por favor majestade, lhe abro até a porta. — ela abre a porta.
— Não posso nem dormir...
— Não, não confio em você. — ela sorrir da cara de decepção e de homem frustrado.
— Dá pra acreditar? A gente se casa, vem pra casa e depois a esposa lhe expulsa, lhe chuta, apesar de ter o direito porque tecnicamente a casa é minha, mas legalmente é dela, me lasquei, meu pior inimigo se chama coração. — ele sobe as escadas para os quartos de cima. — Quer saber...vou dormir aqui em cima não, sei onde tem uma cama vazia.

Passados alguns dias tudo estava lindo e decorado para o casamento de Bennu e Kerem, estava belo, um verdadeiro luxo, foi em um iate, no meio do mar, para o casamento também foram os bebês de Sherazade, Seval também estava e ela viu os pequenos e a filha de Onur, ela se aproximou.
— Boa noite! — ela falou com a mesma voz esnobe de sempre.
— Boa noite! — Onur fala educadamente.
— Onur, meus parabéns pelas suas filhas, pelo seu filho e pelo seu prêmio.
— Muito obrigado, Dona Seval, mas são filhos e filhas.
— Você também Sherazade parabéns pelos filhos.
— Muito obrigada. — Sherazade sorrir.
— Como vão meus amores? — Betül se aproxima de Onur e pega Aslam de seu colo.
— Oi Betül. — Seval fala friamente.
— Olá, Seval. Espero que você esteja bem. Vou levar meu sobrinho neto para passear.
— Olá Seval. — Feride se aproxima.
— Oi Feride. — ela beija as bochechas dela.
— Como está?
Ayla começa a chorar e as interrompe.
— Que minha menina viu? O que essa menina viu, meu Deus. — Onur a pega do colo da mãe e a coloca no braço. — Que minha princesinha viu?-ele fala com a voz de criança. — Com a licença das senhoras.-Onur sai.
— Quem é essa senhora, mãe? — pergunta Nilüfer.
— É a mãe do Kerem. — Sherazade fala em seu ouvido.
— Assim... — ela sorrir.
— Mãe, onde está a Bennu? — Kaan perguntava.
— Bem, ela deve está se arrumando, vamos até lá, vem Nilüfer. — Sherazade sai pegando na mão dos meninos.

— Feride, você aceitou essa bastarda? — pergunta Seval e Feride a encara.
— Seval, eu não vou lhe responder porque esse não é o local nem o momento, mas lhe garanto que se tivéssemos em outro local eu lhe responderia com todo prazer do mundo.
— Ai Feride, não bastasse o que fez Mushin, o Onur seguindo os mesmos passos está lhe levando a verdadeira ruína. — Seval falava com despeito.
— Quer saber Sra. Seval, não vou me prestar a esse papel, vou procurar minha irmã e meus netos, para que eu possa ter boas companhias e conversas agradáveis.
— Feride, e se esses netos não forem seus... — Feride se vira e dá uma bofetada em Seval.
— Não se atreva a me dirigir mais a palavra, eu não quero mais saber de você e de sua mesquinhez, não se atreva a falar assim da minha nora, ela é digna e direita, colocaria minha mão no fogo por ela, aqueles bebês são legítimos Aksal, como são Nilüfer e Kaan, deixe-nos em paz. — ela se vira e sai.
Seval olha para os lados e tenta fingir que nada aconteceu e que não lhe doeu.

— Eita menina linda, do pai. — Onur cheirava o pescocinho do bebê e fazia a voz de criança.
— Será que tem como, ser menos babão? — Betül sorrir.
— Impossível tia. Porque amo essa menina.-ele beija bochecha dela.
— E o menino? — Betül protesta.
— Também amo, esse coração cabe sempre mais um e todos.-ele beijou o pequeno que sorriu.
— Acho lindo o sorrisinho dele. — ela ficava ninando o pequeno.
— Verdade, meu bebê lindo. Mas vou voltar para essa princesa.-ele voltou a fazer cafuné na pequena.
— Ai graças a Deus que achei vocês. — Feride estava assustada.
— Que houve mamãe? — Onur fica apreensivo.

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