Capítulo 65 (Falta revisão no texto)

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No dia seguinte Onur acordou mais cedo, se arrumou e foi atrás de sua esposa, a busca não foi tão difícil, ela havia dormido no quarto de hóspedes ele chegou perto de sua cama e se sentou nela, ficou a olhando enquanto sorria, um sorriso bobo, muito bobo. Ele se aproximou de sua cabeça e beijou seus cabelos, um beijo delicado e muito carinhoso.
Sherazade sentiu seu beijo e abriu os olhos lentamente, quando ela viu que era Onur e que ele sorria para ela, ela simplesmente virou o rosto para o outro lado e continuou a dormir.
Onur fez um sinal negativo e começou a cutucar sua cintura.
— Onur me deixa. — ela falava com seriedade.
— Tá vendo? Depois eu que sou o covarde, não é?! Você me acusa de ser um covarde, um fujão, mas olhe só para você, está aí emburrada como uma meninha do maternalzinho. — ele fala com sarcasmo.
— O que? Eu sou a menina do maternalzinho? — ela se senta na cama e o encara.
— É sim, está perdendo tempo com um diploma de curso superior, arquiteta premiada, mas não passa de uma meninha birrenta do maternal, daquelas que ficam chorando o dia todinho dizendo: "Tia, tia, esse menino vei me chamou de feia, tia, tia, essa menina fez careta pra mim..." — ele imitava uma voz de menina de maternal.
Sherazade não se aguentou e começou a sorrir.
— Até que você fica bem de menina de maternal.
— Brincadeirinha pesada essa sua, viu. — ele fecha a cara.
— Pois saiba querido marido, que se eu sou uma menina de maternalzinho, você com esse mestrado, desperdiçou tempo, porque você me lembra aqueles bebês de 10 meses, que a mãe quer dar a papinha e sabe o que eles fazem viram a cara, ficam emburrados e ainda por cima quando a pobre coitada consegue botar um pouquinho de papa na boca da criatura, ele cospe na cara dela. — ela sorrir da cara de enjoo que ele fez.
— Olha Sherazade Aksal, você decidiu assim, não reclame tá, depois, depois... — ele se levanta.
— Isso...saía...é pra iso que servem as portas, para os incomodados, saírem. — ela volta a se deitar.
— E você o que está fazendo? — ele pergunta quando vira e a vê deitada novamente.
— Nada que lhe diga respeito. E por favor, fecha a porta. — ela se vira para o outro lado para não ter que vê-lo.
Ele respira fundo, caminha lenta e elegantemente até a cama e fala no ouvido dela:
— Olha eu não sei se você percebeu, mas o seu chefe, já está arrumado e indo trabalhar, então querida, é bom você se apressar, porque se você se atrasar 1min que seja, o seu patrão, vulgo eu mesmo, vou cortar alguns zeros do seu salário, você entendeu? Não entendeu?! — ela se vira para ele.
— Aiii acho que somente eu, sou acordada pelo meu chefe tirano, muito obrigada por cortar meu salário tá, eu não ligo. — ela fala zombeteira.
— Não fui eu quem fiz as regras, foi você, aliás você me disse: "Não quero ser tratada com diferenças e etc." Só estou fazendo o que sempre faço, estou lhe obedecendo à risca. — ele a desafiava com o olhar.
— Claro que hora mais oportuna para seguir e obedecer meus pedidos. Sei...olha querido cheifinho, isso é abuso de poder.
— Veja como queira. Adeus. — ele sai sorrindo glorioso.
— Chato. — ela se levanta.

Depois que se arrumou Sherazade foi deixar Kaan e por fim chegou à empresa, quando ela terminou de fazer todas suas obrigações, ela saiu foi para o hospital, queria fazer os exames necessários para saber se estava tudo bem com o seu útero e se realmente a culpa do não êxito das muitas tentativas, foi somente dela.
O médico passou todos os exames possíveis e os marcou em dias e horários diferentes para que não interferisse em seu trabalho.

Passada uma semana, Sherazade recebeu seus muitos resultados dos exames. Ela os levou para o médico que depois de analisar todos, disse que sim ela estava normal e pronta para receber um bebê, mas faltavam os exames de Onur, para saber se seria possível.
Naquele dia Sherazade chegou em casa como sempre antes de Onur, com a diferença que logo depois que ela chegou, ele também chegou, Kaan tinha saído com as primas e por isso não estava em casa. Sherazade ao ver Onur, ficou bastante animada.
— Oi meu amor, como foi o dia? — pergunta Sherazade se jogando nos braços dele.
— Muito bom e o seu, deve ter sido o melhor de todos porque você está muito contente. — ele beija a bochecha dela.
A verdade é que as brigas entre eles haviam cessado, e agora havia um pouco mais de paz na casa. Essa trégua aconteceu porque Sherazade, havia passado uns dias sem falar nada sobre o médico ou sobre fertilidade, por isso tudo tinha ficado bem.
— Vamos para o nosso quarto.-ela o abraça pelos ombros e os dois foram para o quarto.Chegando lá Sherazade tirou o terno de Onur e depois o colocou na poltrona.
— Ah que devo essa gentileza toda? — ele estava surpreso.
— Ora, estou proibida de tirar o seu terno, meu amor? — ela estava a chocada.
— Claro que não, mas há tempos você não faz isso.
— Bem, e como sei que gostou, vou repetir. — ela sorrir.
— Obrigado. — ele desabutoa as mangas da camisa.
Ela coloca a mão nos ombros dele.
— Meu amor, que tensão, seus ombros estão muito tensos, você precisa relaxar um pouco. — ela fazia massagem nele.
— Claro que estão, nunca mais ninguém me fez uma massagem... — ele falava como quem não queria nada.
— Ah...isso é uma reclamação?
— Claro que sim. — ele se vira para ela.
— Pois não seja por isso, vem aqui. — ela o puxou até a cama.
Ele foi.
— Tire essa camisa e se deite, que eu faço a massagem rapidinho. — ela vai até o banheiro para pegar os óleos, Onur tirou os sapatos e a camisa e depois se deitou de costas e com a cabeça no travesseiro.
— Estou pronto! — ele fala para que ela visse logo.
— Pois é para já. — ela trazia os óleos e os colocou no criado mudo, depois se sentou ao lado dele e começou a colocar os óleos em suas costas e depois foi massageando devagar, o deixando bem relaxadinho. — Tudo bem aí?— ela pergunta no ouvido dele.
— Tudo excelente. — ele falava como se flutuasse.
— Que bom. — ela foi agilmente massageando suas costas.
— Sherazade, mas que mãos boas você tem. — ele parecia até que estava drogado, de tão alto que estava.
— Obrigada. — ela sorrir.
— Honra, a quem honra merece e você, merece todas as honras.
Ela sorrir.

Depois que Onur estava como novo, após aquela boa massagem, ela chegou por trás dele e disse:
— Olha só como está mais relaxado. — ela fala feliz.
— Sim, graças a minha esposa.-ele se senta de frente a ela e a derruba em cima de seus braços. — Se quiser eu também posso lhe fazer flutuar. — ele aproxima o rosto do dela.
— Eu adoraria, mas antes eu preciso lhe pedir uma coisa.
— Diga meu amor, eu faço o que quiser. — ele olhava nos olhos dela.
— Faz mesmo? — ela pergunta se levantando animada.
— Sim, eu faço. — ele volta se sentar.
— Pois, — ela pega sua bolsa que estava em cima de uma poltrona e tira lá de dentro um papel.
— Meu amor o que é isso? — ele já estava assustado.
— O meu pedido para você. — fala Sherazade. — Tome.
Ela colocou em sua mão.
— O que? — ele se levanta alterado.
— Você disse que faria o que eu pedisse.
— Mas isso nunca, isso eu não vou fazer — de relaxado, Onur estava irritado.
— Então você não me quer feliz, você me quer submissa, submissa às suas vontades. — ela fala zangada.
— Como fez isso, sem nem ao menos falar comigo ein?
— Ah que paradoxo, não é?! Quando você faz coisas sem me avisar, eu aceito, mas quando chega minha vez você se nega, não é?!
— A questão não é essa, tudo que fiz sem lhe pedir, foi justamente para sua segurança.
— E eu estou querendo que você faça isso para nossa felicidade, qual é a diferença? É por que você é homem? Ou por que é o chefe de família?
— Isso não tem nada a ver, eu não sou machista, nunca fui e nunca serei... _ ele fala com raiva.
— Ah é? Pode até não ser machista, mas é um ingrato e ignorante, por que você não quer fazer um só sacrifício por nosso bebê, você é incapaz de ferir seu ego, para pensar em nós dois, estou errada Onur?! — ela o desafiava.
— A questão não é essa, a questão é que você marcou uma hora para mim, em um médico de fertilidade, como se eu fosse ou estivesse doente.
— Não Onur, você não está doente, mas também não sabemos se você pode ou não ter filhos...
— Ah...então é essa a questão, você quer provar que eu sou o culpado não é?! Entendi, entendi tudo. — ele fala revoltado.
— Claro que não, mas eu fiz os exames e estou normal, enquanto você foge do médico.
— Pois quer saber...não vou a lugar nenhum. — ele rasga o papel na frente dela e depois joga no lixo.
— Egoísta, é isso que você é, um verdadeiro egoísta, ignorante, até os homens das cavernas são mais flexíveis que você.
— Sherazade, eu não preciso de um médico para dizer que eu posso ou não ter um filho, eu não preciso. — ele volta para o quarto.
— Ah é mesmo, só que de nós dois, o único que não tem como provar se pode ou não, é você, vamos me mostre, onde está um filho seu, um filho com seu sangue, anda me mostra, cadê onde está?
— Chega Sherazade! — ele fala baixo, porém com irritação.
— Ein? Cadê Onur, onde está? Você não diz que não precisa...eu quero provas disso...
— Eu disse que chega... — fala Onur com uma voz mais alta e o olhar de ódio.
— Claro, que você não vai provar, porque não existem provas disso, não há como provar o que não existe.
— Eu falei que não quero mais ouvir.-ele grita e a encara com ódio. — Você não entendeu?! Eu não quero ouvir, sim eu não tenho filhos e por isso sou incapaz, por isso sou inútil, por isso tenho que ouvir um médico ratificar isso na minha cara e por quê? Porque minha esposa, já tem um filho e por isso eu tenho que ouvi-la me humilhar. — ele começa a chorar.
Ela sente um aperto no coração ao vê-lo tão destruído e tão magoado.
— Onur. — ela toca em seu braço.
— Me solta! — ele grita. — Me solta! — ele fala mais baixo. — Eu não sirvo para você e isso está bem claro. — ele sai chorando e se tranca no banheiro.

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