Capítulo 80 (Falta revisão no texto)

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3 Meses mais tarde...

— Onur, o que você está me ocultando? — Sherazade perguntava estarrecida.
— Nada Sherazade, eu juro. — ele sorria como um garoto.
— Você está mentindo, homem, essa cara não nega. — ela bate nele com a bolsa, enquanto eles estavam no carro.
— Ai meu amor, que agressividade, não se estresse, olha nossa menina, isso não fará bem a ela. — ele a adverte e ao mesmo tempo sorrir da cara de irritação dela.
— Acontece, que você nem ao menos me disse para onde está me levando e para piorar, eu já conheço essa sua cara e sinceramente não me agrada nada, quando você me aparecesse com essa tela. — ela sorrir.
— Meu amor, mas eu não estou fazendo nada, só quero lhe levar para conhecer um lugar. — ele fala como um menino inocente.
— Olha você fez de novo, essa foi a mesma cara, do anel de noivado, da casa e do carro. Onur o que você fez agora? — ela mostrou a bolsa para ele como se empunhasse um revólver, ou uma sub-metralhadora.
— Meu amor, eu juro que não fiz nada de errado.
Ela olha desconfiada.
— Olha Onur Aksal, se você me aparecer com mais um desses seus presentinhos extravagantes, juro que não vou te perdoar. — ela o olhava com seriedade.
Ele engoliu em seco.
— Juro que não é nada extravagante.
— Assim espero. — ela volta a abraçá-lo. — Eu gosto muito de você, mas odeio suas extravagâncias. — ela se aninha no peito dele.
— Tudo bem, meu amor.
— Está perto? — perguntou ansiosa.
— Um pouquinho. — ele beijou sua cabeça.

Alguns minutos mais tarde, Onur tampou os olhos de Sherazade com as duas mãos e a foi guiando, por um portão de madeira que dava em uma rampa de cimento, seguida por degraus feitos de pedras, pedras de mármore polido, que estavam fincadas entre a grama e dos lados belas árvores, um enorme espaço, lindo, com bancos e mesinhas, parecia um parque.
— Onur, onde estamos? — ela perguntava nervosa.
— Você confia em mim, não confia.
— Eu tento... — ela falava sorrindo.
— Então fique calma e espere até eu abrir seus olhos...
— Tá bem... — ela sorrir.
— Então, lá vai. — ele tira as mãos do rosto dela lentamente.
— Uma casa? — Sherazade pergunta assustada.
— Isso mesmo meu amor. A nossa nova casa. — ele fala com empolgação.
— Espera aí, como assim casa? Onur, você tá com febre? Bebeu mais whiskys que o normal? Você nunca se drogou, não foi?! Como assim nossa casa? Para começar, isso não é uma casa é um palácio, quem morava aqui antes? O sultão e o harém dele? Onur você bateu a cabeça de novo?
Onur sorrir.
— Não, amorzinho, nada disso, e eu não sei se o sultão morou aqui, só sei que eu, você e nossos filhos moraremos. — ele falava sorridente.
— Onur, mas olha essa casa aliás esse palácio. — ela falava com incredulidade.
— Sim, o palácio do Rei Onur e da Rainha Sherazade, das Mil e uma noites de amor. — ele esfregava a ponta de seu nariz atrás da orelha dela.
— Amor, mas eu acho demais... — ela começava a ceder diante do toque dele, mas continuava resistindo à casa.
— Meu amor, você ainda nem viu a casa direito, veja a arquitetura dessa casa? — ele falava com fascínio.
— Eu estou vendo e é linda, mas não sei...acho que não gostaria de morar em uma casa tão, tão...
— Tão linda? Ah Sherazade por favor, temos 3 filhos e uma casa de 4 quartos, é um cubículo. — ele pega a mão dela e coloca em seu braço e começa a levá-la para dentro da casa.
— Mas Onur, pensa bem...
-Eu já pensei meu amor e se quer saber, eu quero essa, vem, você vai gostar.

Não tenho dúvidas, Onur é extremamente persuasivo, foi mostrando a Sherazade a sala de estar, linda, linda com belos lustres do mais refinado cristal, a sala de jantar grande espaçosa suficiente para caber uma mesa com 10 lugares, a cozinha, que caberia uma cozinha de restaurante completa, os quartos dos empregados, que simplesmente, cabia uma de solteiro e com um guarda roupa de quatro portas, tudo tranquilamente e eram 4 quartos para os empregados descansarem e todos suites. Depois mostrou a área de serviço que caberiam 6 máquinas de lavar e mais uma pia de uns 2m, tudo tranquilamente e sobrando espaço ainda, mostrou também a biblioteca, e o que era aquela biblioteca, 6 estantes de cedro, com livros antiquíssimos e das 6, duas não estavam ocupadas, um lugar espaçoso e aconchegante, que poderia servir até como uma sala de reuniões, mesmo depois de haver nela uma mesa de escritório. Ele mostrou o primeiro andar da casa, mostrou os 5 quartos, uns maiores que os outros, todos com varandas, o principal era gingantesco, um closet que caberia toda a coleção de Armanis e sem dúvidas ainda sobraria espaço para muitos Hilfiger's, Sherazade poderia guardas todos Victor Hugos e muitos Vulttons, se quisesse e ainda restaria espaço. Mostrou o banheiro e que banheiro, uma bela banheira de hidromassagem jacusi, um box que daria para banhar um elefante e o seu filhote, além disso a vista da varanda deles dava diretamente para...
— O Bósforo? — Sherazade estava pasma.
— Isso mesmo, essa visão me acalma, e se você fizer silêncio e fechar os olhos. — ele a abraçou por trás e fechou seus olhos. — Você vai sentir a tranquilidade desse som, sente isso. — ele falava em seu ouvido.
Ela estava curtindo, aquele som.
— Que sensação boa. — ela falava calmamente.
— Agora imagine, acordando todas as manhãs com esse som, imagine meu amor.
— Seria maravilhoso, mas — ela abriu os olhos.-isso tem um preço.
— Tinha porque agora que eu comprei, já não tem. — ele sorrir.
— Como sempre, sempre me pedindo permissão, muito obrigado meu amor, claro que você pode comprar um palácio real para nós morarmos, por favor compre. — ele se acabava de sorrir.-Quanto essa sua travessura custou?
— Ah meu amor, não importa, não importa. — ele sorrir.
— Ah claro que não importa. Onur Aksal, — ela puxa orelha dele e ele rir.-quanto custou?
Ele sorrir zombeteiro.
— Uma pechincha...
— Ah foi mesmo? Quanto? — ela aperta a orelha dele.
— Ai agora doeu. — ele sorrir sem jeito. — Estava na liquidação 10% de desconto, baratinha, baratinha.
— Ah claro, você comprou por um dólar ou por 3 trilhões? — ela solta a sua orelha.
— Meu amor, não se preocupe, ela foi barata.
— Onur, eu posso não ser corretora, mas sei que uma casa no Bósforo, não custa menos que 3 milhões de dólares e isso uma pegando fogo, a menor delas e quando falo de fogo, não é uma chaminha, não mesmo, é um fogareu.
— Mas você está exagerando, é claro que não me custou tudo isso.
— Ah é? E quanto custou?
— Só... — ele falava nervoso.-Só...
— Só o que?
— Só setemilhões de dólares. — ele fala entre os dentes.
— O que? 7 milhões? Onur você é louco?
— Meu amor, vem cá esquece. — ele saiu com ela pelo braço.-Venha conhecer os 5 quartos de hóspedes que ficam no 2 andar.
— Só dois andares, 10 quartos...Onur, você tem noção que só seremos 5? Pra que 10 quartos? — Sherazade pergunta nervosa.
— Sim meu amor, mas quero espaço e conforto, acima de tudo. — eles sobem as escadas. — Esqueci de dizer, mas também tem elevador, estou reformando-a, por isso aqui em cima está meio revirado.
— Há quanto tempo, você a comprou?
— Trêsmeses... — ele fala rápido.
— Onur, por quê?
— Sherazade eu quero que vivamos tranquilos e felizes...
— Nessa casa, dava para morar, eu você e nossos 8 filhos. — ela fala assustada.
— Seria ótimo.-ele sorrir.
— Para quem? Para você? Ai Onur, e agora o que faremos nessa casa? — ela pergunta confusa.
— Nos mudaremos quando a pequena Ayla nascer.
— Sim e depois vamos ter mais 5 que é para preencher o espaço restante.
— Se você quiser... — ele sorrir e beija sua bochecha.
— Como você é chato, mas como eu te amo. — ela beija seus lábios.
— Meu amor, fora o preço e a extravagância, você gostou da casa? — ele pergunta sorridente e esperançoso.
Ela faz uma cara brava e cruza os braços, sua barriga grande a forçou colocar os braços a frente dos seios.
— Ah me diz, por favor, diz que gostou. — ele começou a fazer cócegas nela.
— Ai seu chato, para. — ela sorrir. — Ela é linda, mas eu preferia um local mais simples, seria feliz até embaixo da ponte, se todos os dias eu tivesse esse azul confortante para olhar através deles e ver sua bela alma.
Ele sorrir e abraça.
— Eu também, mas o nosso destino cruel, não nos permitiu isso.
— Ow que destino mais tirano, não é, Onur? Comprar uma casa de 7 milhões, dá de presente para a esposa uma BMW, um anel de noivado de brilhantes e... — ela tentava se lembrar de algo.
Onur a soltou, foi se afastando de fininho.
— Olha que vista bonita.
— Quando Sherazade foi olhar.
Onur se ajeitou no pé da escada e falou:
— E colocar no nome dela essa casa de 7 milhões de dólares. — e depois saiu correndo.
— Como? — ela perguntou ainda sem crer, no que ouviu. — Onur, deixa de ser covarde, você só saiu impune, porque estou grávida. Que covarde. — ela fala sorrindo indignada.
Ao chegar no térreo, ele bateu com a bolsa nele, umas 10 vezes.
— Seu traquino, parece menino.
— É que essa eu quero que seja sua...
— Ah que felicidade, tenho uma casa de 7 milhões.
— Sim, toda sua, disponha como quiser...
— É verdade? — ela estava admirada.
— Claro...os móveis dentro dela. — ele sorrir.
— Nada disso, se ela é minha então deixe me dizer o que farei, vou vendê-la e doar o dinheiro para a caridade.
— Que belo gesto meu amor, mas antes de você fazer isso, deixe eu te dizer umas palavras. — ele se aproximou de seu ouvido. — Xeque-mate, minha rainha.
— Como assim? — Onur tirou do bolso esquerdo do paletó um papel e entregou a Sherazade.
— Que isso? — pergunta surpresa.
— Leia. — ele foi se afastando devagar, com as mãos atrás.
— Registro de propriedade. — ela leu.
— Isso, uma cópia do documento. Agora leia a última cláusula, por favor.
— "A venda da propriedade somente poderá ser efetivada, mediante a aprovação do credor,
— Ou seja, eu.
Sherazade olhava indignada.
— ...ou após a morte ou do dono da mesma ou do credor.
— Ou seja, meu amor, ela é sua e você não pode vendê-la a menos que eu concorde com a venda.
— Mas que pilantrinha, você. — ela batia no ombro dele com o papel.
— Nada disso, só sabia que você ia querer vendê-la, assim que soubesse e me assegurei...
— Fazer o que? Obrigada. — ela bufou e depois se entregou.-Obrigada por me fazer feliz e por pensar em nós, gastando sua fortuna.
Ele sorrir.
— Gastaria toda, mas antes deixa eu te mostrar uma última coisa. Ele a leva para fora.
— Não me diga que aqui tem uma pista de pouso para seu jatinho ou seu helicóptero?
Ele caiu na gargalhada.
— Não, apenas tem um pequeno porto para a lancha.
Nem vou contar o que Sherazade fez ao descobrir aquilo.

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