Capitulo 58 (Falta revisão no texto)

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E assim eles dormiram tranquilamente, no dia seguinte, Sherazade acordou bem cedo e resolveu ir ajudar as mulheres na cozinha a fazer o café, depois ela foi acordar Kaan, ela e o garoto tomaram café e por fim, Sherazade foi levar o café de Onur.
Chegando lá, ela percebeu, que ele já tinha se levantado, seu cabelo estava molhado e ele tava tentando colocar a tipoia.
- Meu amor, deixa que eu boto. - ela se aproximou dele e começou a colocar a tipoia.
- Obrigado! - ele sorrir para ela.
- Por que nunca me espera? Ein?! - ela acaricia o rosto dele e depois o beija.
- Quando foi que você me viu ser paciente? Eu não sou paciente Sherazade, acho que nem para nascer eu fui paciente. - ele sorrir.
- Vejo que está contente hoje. - ela coloca o café na frente dele.
- Como não estaria, minha esposa me prometeu ontem, que teremos mais uns 4 filhos. - ele sorrir.
- Ah é...só se você der a luz a 3 deles. - ela sorrir.
- Ah mas assim não vale, eu já vou dar minha contribuição e você ainda quer mais? - ele sorrir.
- Grande contribuição, vocês homens ajudam um dia e depois restam 149 dias para nós mulheres, sem falar o resto da vida toda.
- Ora mas eu vou ajudar a criar. - ele sorrir. - Posso sustentar você e a tropa todinha.
- Olha Onur Aksal já lhe disse uma vez, e vou dizer de novo, não nasci para ser uma mulher que é sustentada por homem, nem que você fosse o mais rico do mundo, eu ia trabalhar, porque pouco me importa sua riqueza, não me oponho a ela, mas não me casei pelo seu dinheiro, muito menos com sua riqueza e menos ainda pelo seu sobrenome, me casei com você, porque eu queria perto de mim, um homem que amasse meu filho e me amasse também, porque toda mulher precisa de amor e eu não sou diferente, preciso de amor, de carinho, de atenção e é só esse meu interesse em você, o seu dinheiro, sua riqueza e seu sobrenome são consequências.
- Tá bom, eu entendi isso, desde o nosso primeiro dia de casados, eu sei que você não quer isso, por isso eu te amo.
- E agora vamos comer. - ela pega a colher e coloca na boca dele. - Ah e isso me lembrou que ontem Dona Nadide esteve aqui.
- É mesmo? - ele pergunta terminando de engolir.
- Sim, lembra de quando você saiu da cama? Ela já estava aqui.
- E ela nem veio me ver? - ele estava surpreso.
- Acho que ela tem ciúmes de você com o Kaan. - ela coloca outra colher na boca dele.
- Mas por quê? - ele termina de engolir.
- Ela queria que fosse Ahmet que estivesse com o Kaan, - ela põe outra colher na boca dele. - mas como ele morreu, Kaan não pode conviver muito com o pai e assim sendo, ele te ama mais, que ama o próprio pai, porque óbvio, você foi o único pai com quem ele teve um contato mais paterno.
Ele engole e falou:
- Eu sei, mas desde o princípio eu disse a ele, que meu interesse não é, e nunca foi, nem nunca será, substituir o pai dele, isso não. O único lugar em que quero substitui-lo, é em seu coração, mas no do Kaan, eu aceito ser o segundo.
- Tarde demais Onur, em ambos você é o primeiro. - ela coloca outra colherada na boca dele.
Ele sorrir de boca fechada, um sorriso sinuoso.
- E sobre o que mais vocês conversaram? - ela colocava outra colher na boca dele.
- Ela também me perguntou porquê me casei tão rápido com você. - ela limpa a boca dele.
- Hum...obrigado. - ele estava tomando mingau de aveia, e tinha escorrido um pouco. - Não entendo, por que ela perguntou isso? Até porque ela e o Sr. Buhran até nos ajudaram.
- Ela chegou a perguntar se eu estava grávida de você e por isso nos casamos tão repentinamente.
- O que? - ele pergunta chocado. - Mas o que deu nela, ela pensa que sou o que? O chefe abusador de funcionárias? Isso é demais Sherazade. - ele fechou a cara.
- Meu amor, eu expliquei para ela, que você foi o doador do Kaan e...
- O quê? Sherazade, como pôde? - ele pergunta com raiva.
- Onur, eu tive que dizer para ela, algo que desviasse a atenção dela desse assunto de gravidez, eu tinha que dizer alguma coisa... - Sherazade tenta desesperadamente se explicar.
- Sherazade, você sabe muito bem, que eu não queria que ninguém soubesse e quer saber, pouco me importa o que ela acha de mim, eu sei de cada uma das minhas razões, eu não vou me deixar abater, pela opinião dela, ou da minha mãe, ou de quem quer que seja. Mas eu quero que saiba Sherazade estou muito decepcionado com você, você sabia que eu não queria contar nem a você sobre esse assunto, mas você descobriu e tive que me explicar e acabei contando, mas já me arrependi, porque a única mulher em quem eu confiava, me traiu de novo, realmente não dá para confiar nas mulheres. - ele estava revoltado.
- Onur, não me culpe, eu tentei ajudar, somente, tentei fazer com que ela visse o homem bom que você é...
- Mas eu não te permiti contar sobre isso, por mim você nunca teria sabido de nada.
- Onur por favor, desculpa, me perdoa, eu só quis que ela..
- Sherazade segredo entre marido e mulher, é algo que se leva para o túmulo, não sai das quatro paredes do quarto, nem ao menos sai da cama, não pode ser partilhado com ninguém...
- Onur, por favor...olha eu só quis demonstrar o motivo...-ele se levanta da cama.
- Ai, ai, ai. - ela vai tentar ajudá-lo. - Não me toque Sherazade, não me toque. - ele se levanta sozinho.
- Onur...por favor...não exagera. - ela se levanta depois.
- Ah...você acha que é exagero? - o ombro dele prosseguia doendo.
- Claro que é.
- Imagine que fosse o contrário, você ia achar exagero? - ele pergunta atarentado, seu ombro doía muito.
- Onur, para com isso, não tá vendo que está magoando seu ombro?!-ele estava abrindo a porta que dava para a varanda.
- Não me ajude! Eu posso fazer só. - ele abre e o ombro aumenta a dor ainda mais. - Aiiii, aiiii. - ele coloca a outra mão em cima.
- Onur, pelo amor de Deus. Não faça isso.
- Sherazade...por que... - ele falava ofegante de dor. - por que ao invés de revelar nosso segredo, você não disse que... - a dor aumentava ainda mais. - você não disse que me amava, que se casou comigo... - ela se aproxima dele que estava encostado no parapeito da varanda e com a mão no outro ombro e um pouco encurvado. - aiiii!
- Volta para cama, volta por favor. - ela coloca o braço nas costas dele.
- Sherazade, me deixa...só me responda, por que não disse a ela que se casou comigo, porque me amava, porque você estava tão apaixonada por mim, que não podia mais esperar, não podia esperar nem mais um minuto sem mim, por que não respondeu isso? - ele a olhava nos olhos.
- Meu amor...
- Não enrola Sherazade me responda. - ele prosseguia olhando nos olhos dela.
- Onur, por favor, eu já pedi desculpas.
- Acho que eu já entendi...sim eu entendi, você seria incapaz de dizer isso, porque não me amava, não era?! - ele pergunta com lágrimas nos olhos.
- Onur...
- Me deixa, Sherazade, me deixa... - ele se afasta dela.
- Ai meu Deus. Para onde você vai? - ele se vira para ela, engole em seco e faz uma expressão de profunda decepção.
- Sherazade, eu só quero que saiba, que o que fiz pelo nosso filho, eu teria feito por qualquer outro, a razão de eu ter feito isso, não foi você, nunca foi você, era algo que eu queria fazer primeiro por mim mesmo, e depois pela causa pela qual minha mãe lutou e luta a sua vida toda. E se eu me casei com você é porque te amo, te amo e te amo como jamais amei outra mulher e não tenho vergonha de assumir isso, para quem quer seja, se ela tivesse me feito essa pergunta, eu teria dito, que me casei louco, apaixonado por você, como nunca estive por mulher alguma. E sabe qual foi minha outra grande decepção? Achar que você também se casou comigo por me amar...sabe as vezes tenho pena de mim, veja só, a mulher que aceitou se casar comigo, foi por pura dívida de gratidão.
- Não, Onur, não foi isso...
- Sherazade eu já entendi, você nunca teria me dito que sim, se nunca você soubesse daquela carta, vaja bem, eu te escondi todo aquele tempo justamente porque eu queria que você me amasse como sou, que você amasse a minha essência, mas pelo jeito, não adiantou muito, você se casou por ser grata ao meu gesto...que pena para mim, que pena para mim, mas eu te entendo, entendo perfeitamente, quem amaria um ser tão desprezível como eu? Ninguém. Eu já me acostumei com isso...enfim, antes tarde do que nunca. - ele bateu a porta e saiu.
- Ele entendeu tudo errado...tudo. - ela se sentou na cama chorando. - Sim, no começo eu não te amava, mas agora já não imagino minha vida sem você. - ela se desatou a chorar.

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