Capítulo 77 (Falta revisão no texto)

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—  O que a senhora está fazendo aqui? — Sherazade pergunta surpresa.
— Sherazade, não se estresse, eu vim aqui porque preciso falar com vocês. — falava Feride calmamente.
—  E o que a senhora veio falar? — Sherazade se levanta desconfiada.
Onur, que estava jogando com as crianças, viu sua mãe e resolveu se aproximar.
—  Boa noite, Dona Feride! — ele chega mais perto.
Quando Nilüfer a vê, ela fica assustada e sai correndo.
—  Lilliput! — Kaan a chamava, mas ela parecia nem ouvir.
Onur olhou para trás e viu Kaan, correndo atrás de Nilüfer e resolveu ir atrás dela também.
—  Dona Feride, se a senhora veio aqui para... — Feride a interrompe.
—  Não Sherazade, não vim aqui para fazer confusão, vim simplesmente para falar com vocês, o que quero é fazer às pases com todos, em nome desse bebê, — ela se aproxima de Sherazade e toca sua barriga. - por ele ou ela não sei. — Feride se emociona. — Desejo muito viver em paz com vocês. - ela fala calmamente.
—  Se a senhora me garante isso, então entre. — fala Sherazade com um belo sorriso estampado em seu. rosto.
—  Obrigada, Sherazade, mas antes quero ver meu filho. — fala Feride o procurando.

Onur estava consolando Nilüfer juntamente com Kaan.
—  Não pai, eu não quero ir para lá, ela não gosta de mim, ela vai me maltratar. — a pobre garota estava muito assustada, não era para menos, Feride em seu último encontro com a garota, havia acabado com ela.
—  Lilliput, não fica assim, a gente pode entrar em casa pela frente e assim você não a encontrará, que acha? — pergunta Kaan sorridente.
—  Tá bom. — ela se levanta com o garoto.
—  Tomem banho e se arrumem para o jantar. — ele bate no ombro de Kaan.

Depois Onur volta para onde estavam Feride e Sherazade.
—  Então mamãe, o que veio fazer aqui?
—  Vim pedir desculpas e se possível, conversar com você e com sua esposa. — Feride o olhava incrédula.
—  Ah, que bom mamãe, fico muito feliz. — fala Onur. — Mamãe, não precisa me olhar assim, eu sei que estou cheio de lama, fedendo a suor e a baba de cachorro, mas esse que está a sua frente é o Onur. — ele sorrir. — É o homem que gosta de brincar, de se divertir com os filhos, o homem de calção e camisa regata, que cai na lama com as crianças e com o cachorro e nem se importa com as opiniões dos outros a seu respeito.
—  Não, filho, não se preocupe, não falei nada e nem pretendia. — ela fala sem jeito.
— Sei...bem de qualquer forma, só peço da senhora, alguns minutos. — ele sorrir.
— Venha dona Feride, entre. — fala Sherazade gentilmente.

Feride entra e sua nora a leva diretamente para o escritório.
—  Sente-se aqui. — Sherazade aponta para um dos sofás.
—  Obrigada filha. — ela se senta e Sherazade senta em seguida.
—  Sherazade, não sabe como fiquei feliz ao descobrir sua gravidez. — fala Feride com ternura.
—  Eu também fiquei muito feliz. — os olhos de Sherazade brilharam.
—  E está com quantos meses, porque sua barriga está bem grande já. — Feride sorrir.
O bem grande a que ela se referia não era um super grande, mas estava com uma tímida barriga.
—  Estou com 3 meses, quase quatro. — Sherazade sorrir.
—  E eu perdi todo esse tempo? — pergunta Feride com tristeza.
—  Na verdade, só fiquei sabendo da gravidez 2 meses depois que eu fiquei grávida. — Sherazade acariciava sua barriga.
—  Sério? Então, meu netinho ou netinha não lhe causou nenhuma complicação? — pergunta Feride surpresa.
—  Na verdade não. — fala Sherazade contente.
—  Que bom, Sherazade, uma gravidez tranquila é algo raro, muito raro e eu fico feliz por a sua ser assim. — Feride aperta sua mão.

—  Cheguei. Agora sim sou Onur Aksal. — Onur sorrir.
—  Bem, vou deixá-los a sós. — Sherazade se levanta.
—  Nada disso, fique, por favor. — fala Feride sorridente.
—  Tudo bem. — ela se senta novamente.
—  Então mãe, me diga o que a senhora veio fazer aqui? — pergunta Onur calmamente.
—  Vim pedir desculpas, porque quero estar em paz, com vocês, quero poder visitar e estar com meu neto ou neta, que sua esposa está esperando e eu preciso estar com ele, porque esse sempre foi meu sonho e você sabe, Onur, então para que eu viva em paz, quero me desculpar por tudo. — ela fala com humildade.
—  Entendi mamãe e lhe apoio, porém antes, eu preciso lhe contar tudo, desde o começo, porque não quero que a senhora fique me julgando. — fala Onur.
—  Mas eu estou dizendo que não quero mais discussões... — ela protesta.
—  Tudo bem a senhora não quer, mas eu prefiro dizer logo tudo. — ele fala com sinceridade.
—  Tá bom, fale, estarei escutando.
—  É o melhor que a senhora faz, porque assim a senhora vai ver como seu filho também foi vítima. — Sherazade se manifesta.
Onur sorrir para ela.
—  Tudo bem.
—  Mamãe, a mãe da Nilüfer, é a Nil.
—  É...ela me lembra ela. Onur, então como você abandonou sua noiva grávida? — ela falava em um leve tom de incompreensão.
—  Mamãe, é aí que está, apesar de eu saber da gravidez, Nil me traiu com outro, em nossa própria casa, em nossa cama e se não bastasse isso, depois que sai de casa, inventou que havia perdido o bebê e olha aí a Nilüfer está viva e pra piorar, durante todo esse tempo eu me culpava pela morte dela, mas ela nunca morreu. — Onur falava com angústia.
—  Meu Deus, mas isso é monstruso. — Feride fica surpresa.
—  Pois é, mas graças a Deus, minha filha está viva e feliz veja nossa família ficou mais completa, mais tranquila e mais contente. — fala Onur sorridente.
—  Sim, fico feliz por vocês e me sinto mal, por ter feito tudo que fiz. — fala Feride quase chorando.
—  Tudo bem, mamãe. — ele pega a mão dela e a beija.
Sherazade sorrir ternamente.
- Agora, para me sentir melhor preciso falar com minha ne-neta.
Onur fica feliz.
—  Aviso que não será fácil, porque ela tem medo da senhora. — fala Onur.
—  É verdade, ela está assustada com a senhora. — fala Sherazade.
—  Pois então, eu preciso que me ajudem a chegar a ela. — ela os olhava implorando.
—  Vou ver o que faço. — Onur se levanta.
Feride, estava se sentindo pior depois de saber a verdade.
—  Agora entendo porque meu filho mudou tanto, não é para menos, a noiva dele o traía e para completar ela escondeu dele, a filha e o fez sentir culpado pela morte de um inocente. — Feride começa a chorar.
Sherazade, se senta ao seu lado.
—  Calma Dona Feride, seu filho superou tudo e a senhora hoje, vê em sua frente um Onur vencedor.
—  Sim, ele é muito forte, me orgulho dele, me orgulho muito, porque ele superou tudo, mas me sinto mal, porque o deixei sozinho, sofrendo sozinho. — Sherazade a abraça.
—  Calma.

Onur sobe até o quarto de Nilüfer, chegando lá ele bate à porta.
—  Nilüfer, Nilüfer. — ele batia.
—  Oi papai. — ela abre.
—  Vem cá, filhinha. — ele a puxa pela mão e a senta na cama, depois ele também senta.
—  Que houve, pai? — ela estava preocupada.
—  Filha, sua vó, quer falar com você. - ele fala calmamente.
—  Não, pai não, ela vai brigar comigo de novo. — a menina estava muito assustada.
—  Não, ela não vai, porque ela entendeu que errou e veio pedir perdão. - ele fala calmamente.
—  Mas eu não a quero ver, ela gritou comigo e me disse aquelas coisas horríveis.
—  É verdade filhinha, mas tem algo que você precisa aprender, os adultos também erram, e é um gesto de caráter, pedir perdão.
Nilüfer o observava.
—  Assim como é uma prova de maturidade perdoar. — Onur acaricia o rosto de Nilüfer. — Por isso, eu peço vá lá em meu escritório, e perdoe sua vovó e dê um abraço apertado nela, e mostre a filha madura e bela que eu tenho, a minha princesa. — ele beija sua testa. — Vou deixar você pensar. — ele se levanta e sai.
Nilüfer fica pensativa.

Onur desce até o escritório. Chegando lá, ele encontra Feride e Sherazade já saindo.
—  Ela não aceitou, vir, não foi?! — pergunta Feride.
—  A verdade é que fiz o que pude, mãe. — Onur fala desanimado.
—  Dona Feride, a senhora fica para jantar conosco? — pergunta Sherazade.
—  Melhor não, vou para casa, não quero mais causar problemas. — fala Feride indo para a porta de saída.
—  Vovó! — uma voz aponta da começo da escada e depois sapatos correm em direção a ela. - Vovó, eu te perdoo.
—  Nilüfer, minha pequena. — Feride chorava e abraçava.
Sherazade começou a chorar de emoção. Onur enxugou suas lágrimas.
—  Amor não chora. - ele dizia pra ela não chorar, mas estava quase chorando.
—  Olha só você, também está chorando. — ela enxuga o rosto dele.
Ele segura o rosto emocionado dela e o analisa.
—  Meu amor, algo te preocupa, o que é? — pergunta Onur a analisando.
—  Onur, — ela faz carinha de tristeza. — tenho medo de ter algo errado com meu bebê.
—  Por que diz isso?
—  Porque essa gravidez é muito calma, não sei, tenho medo, muito medo. — ela o olha com apreensão.
—  Meu amor, não sofra por antecedência, talvez seja assim e não porque vá dá errado, pense positivo.
—  Mas e se...
— Nada de mas, nem e, nem se. Nada vai acontecer.
—  E se acontecer...
— Fazemos tudo de novo, somos jovens, então se acalma. — ele beija sua testa sorridente.

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