Capítulo 36

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No dia seguinte Onur chegou à empresa bastante cedo, Kerem estava em sua sala.
– Bom dia Onur! – fala Kerem sorrindo.
– Muito bom dia, Kerem. – ele se senta em sua cadeira, ainda com um belo sorriso estampado no rosto.
– Onur, ainda não acredito. – fala Kerem sorridente.
– Não acredita em que? – Onur pergunta sorrindo.
– Que você está casado, com uma mulher e está feliz. – fala Kerem com um olhar e com um tom cético.
– Sim, estou casado com uma mulher, o que você queria, que eu me casasse com você? – Onur sorrir.
– Nossa, olha só você, fazendo piadas para mim. – ele estava realmente muito surpreso.
– Claro que faço piadas... estou casado e muito bem casado e amo a minha esposa, alguma outra dúvida?
– Sim, você confia em sua esposa? – pergunta Kerem.
– Sim, claro que confio. – ele responde com segurança.
– Então imagino que não tem ciúmes dela. – Kerem o provoca.
– Kerem eu confio nela, mas não confio nos outros ao redor dela. – ele encarava Kerem.
– Entendi.

Sherazade chegou um pouco depois ao trabalho.
– Bom dia, Bennu. – ela estava com um largo e brilhante sorriso.
– Sherazade olha você, ontem estava chorando como um bebê, hoje está sorridente e muito bela. – fala Bennu sorridente e surpresa com a aparência da amiga.
– É que estou muito feliz Bennu. – ela parecia sonhar acordada.
– É mesmo, e posso saber por quê?
–  Claro que pode, Bennu, sou a mulher mais feliz do mundo...
– Eu estou vendo e ainda não acredito.
– Meu marido é perfeito, um cavalheiro, lindo, charmoso, fino, galante, sedutor...
– Nossa, tem certeza que está falando do Sr. Onur? – Bennu perguntava sorridente.
– Claro, por acaso eu tenho outro marido?
– Conta...
– Ele me faz muito feliz...
– E a Dona Feride?
– Ah, você não vai acreditar...
– Se você me disser talvez eu acredite. – Bennu sorrir.
– Boba. Bennu, o Sr. Burhan e a Dona Nadide, foram falar com ela, e advinha, a convenceram a me aceitar.
– Sério?
– Sim... e ela me chamou para almoçar, conversamos tanto e foi uma conversa tão boa, que ela disse que vai fazer uma festa para nos apresentar publicamente, ou seja para tornar pública nossa união.
– Amiga, mas isso é excelente. Viu como você é exagerada?
– Eu sei... mas entenda, eu já sofri muito e eu já estava desacreditada da vida, a verdade é que até hoje não acredito que ele se interessou por mim, eu não sei como o mundo girou e agora aqui estou eu, casada com Onur Aksal e sou tão feliz.
– E você já consegue saber o que sente por ele?
– Sim, sinto amor, um pequeno amor, mas eu não conseguiria viver sem ele, eu não conseguiria nada sem ele.
– Hummm... estou vendo mesmo, o quanto você o ama. – Bennu sorrir.
– Bennu, ele é o príncipe que toda mulher sonha, é impossível que uma mulher, não se apaixone por ele, qualquer mulher que o ouvisse, que o visse a falar tantas coisas belas e românticas, se apaixonaria e graças a Deus, fui eu essa mulher, ele me me valoriza tanto que eu não me vejo mais sem ele, não me vejo. – os olhos de Sherazade brilhavam.

– Onur, veja o que acabou de abrir. – Kerem joga uns papéis na mesa de Onur.
– A grande licitação em Izmir? – ele folheia o edital.
– Isso, e não podemos perder. – fala Kerem contente.
– Pois vamos começar a trabalhar nesse projeto, com uma arquiteta premiada e uma bela e inteligente arquiteta como sua noiva, estaremos dentro. – fala Onur sorridente.
– Nossa que empolgação. – fala Kerem.
– Não, não é empolgação, é amor. – ele sorrir.
– De qualquer forma, te fez muito bem.
– E quando teremos a honra de ser convidados para o seu casamento.
– Onur Aksal... meus parabéns.
– Zafer? – Onur se levanta e vai cumprimentá-lo.
Os dois se abraçam.
– Sim, eu mesmo, vim lhe parabenizar por ter conquistado a arquiteta e além do mais, se casou com ela, só para não perdê-la não é, isso é que é amor pelos funcionários.
– Que isso Zafer, eu me casei porque a amo... – ele sorrir.
– Não, mas eu vim aqui para perguntar por que não me convidou para o seu casamento. – fala Zafer chateado.
– Amigo desculpa, eu realmente não pude, foi muito rápido, decidimos em um dia e no mesmo dia casamos.
– Ah é, então eu imagino que o Kerem não foi, já que não deu tempo...
– É aí que se engana Zafer, eu fui o padrinho. – Kerem se levanta e vai cumprimentar Zafer.
– Ah... o que você disse mesmo Onur? Que desculpa esfarrapada rapaz.
– Olha Zafer, eu te prometo que no meu, você será um convidado de honra. – fala Kerem.
– E você vai casar?
– Claro, eu me casei, mas o Kerem está noivo. – Onur fala feliz.
– Ah é? Parabéns. – Zafer abraça Kerem. – E quem é a noiva?
– Advinha. – Onur sorrir.
– Bennu? – ele pergunta.
– Ela mesma.
– Ah que bom, filho, dá para ver que ela te ama e quer te fazer feliz.
– Obrigado Zafer. – os dois se abraçam.
– Agora falando de coisa séria a licitação abriu. – fala Zafer calmamente.
–  Era justamente disso que falávamos. – fala Kerem.
– Pois vamos analisar esse edital.

A noite Sherazade pediu a Onur que a fosse encontrar na casa de sua mãe, Onur estranhou o pedido, mas aceitou.
Quando Onur chegou, ficou estupefato ao encontrar sua mãe e Sherazade sorrindo, quando ele chegou próximo, ficou um tanto desconcertado, sua mãe estava mostrando à sua esposa fotos dele quando criança.
– Boa noite, minhas senhoras. – ele as surpreende em flagrante delito.
– Meu amor, que rápido. – Sherazade sorrir.
– Por que a surpresa Sherazade, você sabe que seus pedidos são ordens para mim. – Onur beija sua mãe.
– Oi meu filho, vejo que seu casamento tem feito muito bem a você. – ela acaricia seu rosto.
Sherazade olhava orgulhosa para ele.
– Para você ver mamãe. – Onur sorria por nada e por tudo.
– Não te via sorrir assim nem com a sua ex noiva. Meus parabéns Sherazade você conseguiu o impossível, você fez meu filho sorrir e até deu a ele uma aparência, mais agradável. E claro eu imagino que agora ele tenha um lar de verdade.
– Acertou, tenho, o meu lar doce lar.
– Filho, pedi a Sherazade que você viesse porque quero que saiba, que eu apoio a união de vocês dois. – Feride pega a mão de Sherazade e coloca sobre a mão de Onur e depois ela põe a dela por cima.
– Eu abençoo a união de vocês.
Onur olha para Sherazade e sorrir.
– Obrigado, mamãe, não sabe o quanto me faz feliz essa sua decisão. – Onur beija a mão da mãe.
– Olha e já até falei a Sherazade, mas tenho que falar a você, quero dar de presente a vocês uma festa de casamento para tornar pública a união de vocês e o meu apoio.
– Boa ideia mamãe e obrigado novamente pelo apoio.
– Eu percebi meu erro, meu filho e eu disse à sua esposa, que ao conversar com ela eu pude descobrir, porque você se apaixonou tão loucamente por ela.
– E pode dizer por quê? – ele olhava curioso para a mãe.
– Sim, posso. – ela olha para Sherazade e para ele. – Porque você quer aparentar para todos que é um homem duro e forte, mas a verdade é que você é por dentro um anilmazinho acuado à procura de um abrigo, de proteção, e Sherazade foi a mulher que depois de mim, conseguiu enxergar isso em você.
– Se a senhora está dizendo, eu acredito mamãe. – ele beija a testa da mãe.
– E agradeço ao Sr. Burhan e Dona Nadide, os dois que me ajudaram a perceber meu erro.
– Ah então eu estou devendo a eles um super muito obrigado.
– Dona Feride, a gente precisa ir, o Kaan nos espera. – Sherazade se levanta.
– Por que não trouxeram o menino? – ela pergunta com aflição.
– Porque foi de última hora, mamãe, se a senhora tivesse dito antes, ele estaria aqui com certeza.
– Tudo bem, afinal de contas, estarei com vocês no sábado. – fala Feride sorridente.
– E será muito bem vinda mamãe.

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