Capitulo 24

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No dia seguinte, Sherazade estava arrumando suas coisas em sua bolsa, antes de ir almoçar, quando foi surpreendida por dois braços que lhe abraçavam por trás e ela logo reconheceu quem era, pelo cheiro.
– Onur! Estamos na empresa e isso não fica bem... – ela sorrir se virando para ele.
– Eu sei, mas é que estou com saudades de você. – ele sorrir e beija sua bochecha.
– Onur... – ela chama sua atenção.
– Tá bom. – ele a solta. – E se almoçássemos juntos hoje? – ele acaricia seus cabelos.
– Não posso...
– Por que só está me dizendo não, hoje? – ele pergunta intrigado.
– Porque você só está me pedindo coisas impossíveis. – o telefone da sala toca. – Espera... – ela atende sorrindo da cara de frustração de Onur, como estava sem armas, ele se encostou na mesa e virou o rosto para olhá-la. – Sim, mande entrar. – ela fala calmamente. – Obrigada! – ela desliga.
– Quem pode entrar? – ele pergunta intrigado.
– Ninguém que você está pensando. _ ela sorrir.
– Ah é... – ele se desencosta da mesa e começa a olhar para o chão timidamente, enquanto batia levemente o dedo indicador no tampo da mesa.
– É o Sr. Burhan. – Ele levanta a cabeça e rouba rapidamente um beijo de Sherazade. – Onur... – ela sorrir e bate nele com a bolsa.
– Aiii doeu... – ele esfrega o ombro de leve.
– Era a intenção e vê se se comporta. – ela sorrir como uma menina traquina.
– Bem... já que não vai almoçar comigo, eu vou almoçar sozinho. – ele faz que vai sair e ela pega a mão dele.
– Posso lhe esperar para o jantar hoje? – ela pergunta sorrindo.
– Não... – ele sorrir.
– Ah é? Pois tá, vai, vai e não volte mais.
– Não vou perder um jantar com você e meu filho... – ele fala contente.
– Espertinho...
– Bem, agora é sério, vou almoçar. – ele beija a testa de Sherazade e sai, mas assim que ele está passando na porta, Sr. Burhan chega.
– Bom dia Senhor...? – ele tentava lembrar do nome dele.
– Onur... – ele sorrir para o senhorinho.
– Sim, isso Sr. Onur. – eles apertam as mãos.
– Deixa eu fazer as apresentações. – Sherazade se aproxima. – Sr. Burhan, esse é Onur Aksal, um dos donos, sócios e acionistas da Binyapi, ele é também o presidente dessa companhia.
– Ah, que prazer... – Burhan aperta sua mão com orgulho. – filha, mas você não esqueceu de nenhuma outra informação, não?!
– Ah é verdade... – Sherazade fica corada.
Onur a olha com a cara de um cético.
– Ele também é o meu noivo. – ela olha sorrindo para ele que a olhava com repreensão.
– Sr. Onur, quero dizer que para mim é um prazer que um homem tão distinto quanto o senhor seja o padrasto de meu neto.
– Obrigado! – Onur abraça Burhan.
– Onur, esse é Burhan Eyvidiaoglú, o avô de Kaan, ele é dono de uma grande fábrica de casacos de couro.
– Ah, meus parabéns.
– Obrigado.

Sherazade e Burhan vão almoçar juntos.
– Sherazade, o seu noivo é um homem muito distinto, meus parabéns. – Burhan falava em tom de muita admiração.
– Sim, ele e meu filho se dão muito bem, eu o admiro por ter conquistado tão rapidamente uma criança.
– Sim, eu vi como ele gosta dele, se não fosse por minha recusa em lhe aceitar, meu filho estaria fazendo a você e ao meu neto felizes... e me envergonho ainda mais por ter lhe abandonado com meu neto doente. E quando eu vi meu outro neto nascer morto, me dei conta que Deus estava nos castigando por ter lhe rejeitado e também por ter me recusado a ajudar você e a ele.
– Sr. Burhan, eu aceito seu perdão e graças a Deus, veio um outro doador que muito me ajudou, ele pagou até os custos do transplante...
– Quem é essa pessoa? Eu quero muito agradecê-la e claro devolver a ela o dinheiro que...
– Não, senhor Burhan, eu não sei e a verdade é que ele, não quis se identificar.
– Ah que pena, eu gostaria de conhecê-lo. – fala Burhan desanimado. _ Sherazade, eu gostaria muito que nesse fim de semana, você, seu noivo e o Kaan fossem almoçar na minha casa.
– Desculpe Sr. Burhan, mas eu não posso, primeiro porque já tenho um compromisso e depois porque eu não gostaria de ver seu filho Ali Kemal. – Ela fala com tristeza.
– Por quê?
– No dia do enterro de Ahmet, não sei se o senhor soube, mas ele foi, quando o vi até fiquei feliz, pensei que a família de Ahmet teria finalmente me aceitado, ou algo assim, mas assim que me viu, ele veio em meu rumo e perguntou: "Agora você está feliz, enterrou meu irmão, satisfeita?" Foi muito doloroso escutar aquilo, eu já tinha perdido Ahmet, aquelas palavras me fizeram piorar...
– Sherazade, eu peço perdão pelo Ali Kemal, mas lhe garanto que ele também o fará, lhe dou minha palavra.
– Obrigada! – Sherazade falava com um pouquinho mais de felicidade.

Os dias foram se passando e Betül havia passado toda a semana envolvida com Feride, para ver se a convencia de aceitar o casamento.
– Betül, não adianta ficar me tirando a paciência, eu não vou ceder, e ele que se case com essa mulher, vai perder a mãe e eu nem se quer vou me importar.
– Engraçado, ontem mesmo você reclamou que ele não tinha mais vindo te visitar e agora quer afastá-lo de vez... – Betül a encara com raiva.
– Betül, eu não vou perder meu tempo, lhe ouvindo. – Feride se levanta e sai.
– Ai como é tola essa minha irmã.

No domingo, Onur, Sherazade e Kaan saíram para cavalgar.
– Pai, quando vou poder cavalgar sozinho? – pergunta Kaan que estava novamente sentado na sela de Sahzeriah, o cavalo de Onur.
– Só quando você for maiorzinho. – ele beijou a cabeça do garoto.
Sherazade olhava para os dois e sorria com ternura. – Olha a cara de sua mãe para nós. – Onur fala ao ouvido do garoto.
Kaan olha para a mãe começa a sorrir.
– Que foi? Por acaso eu estou servindo de objeto de chacota para vocês é? – ela pergunta fingindo raiva.
– Não amor, é que sua cara estava meio boba e achamos engraçados.
– Meio boba, né?! Vocês são muito engraçadinhos, muito mesmo. Falem menos e cavalguem mais, anda.
– Tudo bem... vamos logo antes que a gente apanhe aqui... – Onur fala no ouvido do menino e ele rir.
– O que estão falando aí ein, é de mim?
– Não, é apenas uma coisa entre homens, não é Kaan?!
– É, é conversa de homem. – ele sorria.
– Sei... cavalguem.
Onur e Sherazade aceleraram um pouco mais o passo em seus cavalos.

Durante o café da manhã Betül resolveu conversar seriamente com Feride.
– Bom dia! – ela se senta à mesa.
– Só se for para você... – Feride fala com amargura.
– Não entendo Feride... o que aconteceu para que você ficasse assim? – Betül estava confusa.
– Hoje é domingo, antes todos os domingos o Onur vinha me ver, mas agora ele não vem mais, já fazem semanas que não o vejo. – fala Feride com raiva.
– É, mas eu tenho certeza que a última vez que o viu, você simplesmente declarou guerra à mulher que ele ama e o que esperava, que ele te estendesse um tapete vermelho e te desse um presente? Feride você foi a principal culpada do afastamento de seu filho, se alguém tem culpa, esse alguém é você.
– Não Betül, a culpa é daquela mulher, depois que chegou em nossas vidas tudo virou de pernas para o ar, até meu filho, que era o único que ainda ligava para mim, eu o perdi por causa dela. – ela falava chorando de raiva.
– Não, ela não tem culpa, você é que tem, se se importasse mais com seu filho, veria que ele está feliz e deveria ser isso o mais importante para você, deveria ser justamente a felicidade dele, mas você não se importa, não é mesmo?! Para você sempre foi mais importante a honra, a riqueza e não sei mais o que, menos a felicidade.
– Betül, você não pode me dizer nada, você não tem filhos, e não sabe como é isso, e nem o que sinto ao ver meu filho querendo se casar com uma mulher errada.
– Ele está feliz, como nunca o vi... e quer saber, eu tomara que se casem. – Betül joga o guardanapo em cima da mesa.
– Vamos ver se esse casamento vai acontecer, porque no que depender de mim, vou boicotar a cerimônia e vou fazer com que ela não se case com ele, que ela o odeie para sempre. – Feride fala antes que Betül saia.
– Você seria capaz? – ela pergunta incrédula.
– Disso e muito mais, Onur não vai casar com essa mulher, eu prometo.

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