1001 Noites de Amor

Capítulo 27

– Onur, por que mentiu para mim? – Sherazade pergunta zangada.
– Sherazade eu posso explicar... – fala Betül.
– Eu sei que pode Dona Betül, mas eu quero ouvir essa explicação do meu futuro marido. – Sherazade o encara. – Por que mentiu?
Onur coçou a testa e colocou a outra mão na cintura, depois respirou fundo.
– Sherazade eu não queria que você sofresse e eu tinha medo que você terminasse tudo, e eu morreria se isso acontecesse. – ele fala tristonho.
– Meu amor, – ela segura sua mão. – eu sei que quis me proteger, mas devia ter me contado, eu teria compreendido...
– Mas eu sei que agora que sabe disso, nunca vou ouvi-la dizer que sim, nunca você vai aceitar casar comigo. – ele fala com mais tristeza.
– É aí que você está enganado Onur Aksal, – ela pega a mão dele. – Onur Aksal, você aceita casar comigo? – ela pergunta sorridente.
Betül e Onur se olhavam confusos.
– Olha eu não vou esperar muito tempo, se você não aceitar, vai ter que esperar até que eu queira aceitar... por isso pensa rápido.
– Er...Sim? – ele continuava achando estranho.
– Está em dúvida, é Onur? – Sherazade pergunta zangada.
– Não, sim!
– Que? Sim ou não? – Betül sorria dos dois.
– Sim, eu aceito, mas assim não vale, eu que tinha que te pedir... – ele protesta.
– Então deixa para fazer isso quando o juiz de paz chegar. – fala Sherazade misteriosa.
– O que? Juiz de paz chegar? Como assim? – pergunta Onur confuso.
– Onur, eu gostaria muito que você perguntasse menos e agisse mais, você é influente, faça como achar melhor, se vire, não sei, mas consiga um juiz de paz, quero está casada com você, antes de chegar o amanhã, amanhã já quero é ser a sua esposa. – ela fala decidida.
Betül bate palmas para Sherazade.
– Não se preocupem, eu cuido disso. – fala Betül animada.
– Mas e minha mãe? – pergunta Onur assustado.
– Eu não vou casar com ela, eu vou casar com você. – Sherazade aponta para o peito de Onur.
– É assim que se fala, filha. – Betül estava muito empolgada.
– Mas onde vamos achar um juiz de paz? – ele perguntava apreensivo.
– Onur, você desistiu de casar comigo por acaso? – Sherazade fala revoltada.
– Não meu amor, pelo contrário... eu quero isso mais que qualquer outra coisa...
– Então para de perguntar e vá procurar um juiz... – Sherazade o puxa pela roupa. – ou eu vou achar que desistiu.
– Ok, pois eu vou agora mesmo...
– Vocês não me ouviram? – Betül pergunta chateada.
– Na verdade, não... – fala Onur desconcertado.
– Pois escutem, eu vou pegar o juiz, porque eu já vinha pensando exatamente nisso e se querem saber, um amigo meu, é juiz e eu pedi a ele que viesse para cá, eu vim justamente para convencê-los a se casar o mais rápido possível e como eu não sabia quando, eu pedi a ele que viesse para que a gente visse uma data justamente por essa semana, para impedir que assim ela nos atrapalhasse e ele viria hoje a noite, tenho certeza que ele virá.
– Então ligue para ele e diga que celebre hoje nosso casamento. Que ele venha preparado e eu pago a quantia que for... – fala Onur.
–Só que não terão alianças... – Betül se lamenta.
– Não tem problema... – Sherazade sorrir.
– Será? – pergunta Onur misterioso.
– Não me diga que...
– Me acompanha, – Onur a pega pela mão. – e tia, liga para o juiz. E você vem comigo. – fala Onur pegando Sherazade pela mão.
– Pode deixar.
– Onur você é louco... – Sherazade sorrir.

Onur sai de mãos dadas com Sherazade pela escada. Os dois vão até o quarto de casal.
– Eu não acredito... é sério... – Sherazade sorrir.
Onur se abaixa e abre uma das gavetas do guarda roupa.
– Veja você mesma. – ele se levanta e Sherazade se abaixa.
Ela se assusta.
– Nessa gaveta tem três caixas, em uma tem um Smokey novo para mim, em outra um para o Kaan e na última um vestido de noiva para você, pedi a Bennu que escolhesse, em seu tamanho. – a boca de Sherazade cai.
– Onur? – ela estava incrédula.
– E em meu bolso, estão as alianças. – ele tira uma caixinha e a abre.
– Mas como pode... você por acaso armou tudo isso? – ela finge raiva.
– Não, eu apenas esperava que algum dia você aceitasse se casar comigo e assim que você dissesse que sim, eu queria que fosse o mais rápido possível o casamento e fui adiantando o que pude, desculpa se acabei fazendo tudo errado. – fala Onur.
Sherazade se levanta.
– Pelo contrário Onur, você acertou em cheio, então agora tudo que temos a fazer é pegar as minhas roupas em casa e me mudar definitivamente para cá. – ela sorrir.
Onur em silêncio abriu 4 das 8 portas do guarda roupa.
– Veja você mesma. – ele dá passagem para ela.
– Não, até roupa você comprou?
– A Bennu me ajudou, mas você pode pegar suas roupas, tem espaço ainda.
– Você beira a insanidade com essas atitudes, mas mesmo assim, eu amo esse jeito tão apressado e ansioso. – ela o abraça.
– Fiz o mesmo com o do Kaan, mas a gente pode ir pegar as coisas de vocês. – ele sorrir.
– Claro, porque não vou usar essas roupas chiques para ficar em casa...
– Como queira. – ele beija sua testa.

Depois de toda aquela surpresa, Sherazade e Onur desceram as escadas da casa como duas crianças.
– Por aqui... – ele a guia para a porta de entrada da casa.
– Mas, o seu carro não estava na garagem? – ela pergunta confusa.
Ele fica em silêncio e abre a porta para ela passar.
– Pega. – ele entrega a chave do carro quando ela está saindo.
– Você não vai vir comigo não?! – ela ficou mais confusa do que já estava.
– Claro que vou. – ele sorrir.
– Então por que me entregou a chave?
– Porque quero que você dirija, ou não sabe dirigir? – ele a olha surpreso.
– Mas é claro que sei...
– Então... dirija.
– E esse carro? Quantos carros você tem? – ela pergunta admirada.
–Somente um. – ele sorrir.
– E esse... de quem é? – ela pergunta olhando assustada para ele.
– Da minha futura esposa. – ele fala caminhando em direção ao carro.
– O que? – ela pergunta perdida. – Como assim?
– Sherazade, esse carro é seu, agora destrava ele aí, e vamos, deixe para discutir depois. – ele sorrir.
– E pode acreditar que vamos discutir muito. – ela destrava o carro.
Eles entraram no carro novo de Sherazade, era uma BMW Concept Coupé.
Sherazade e Onur colocaram os cintos e ela saiu, prudentemente.
– Onur agora me explica, por que faz as coisas sem me avisar, primeiro a compra de uma casa, depois o enxoval do casamento e agora um carro, o que é o próximo, um iate ou um avião? – ela pergunta com a voz calma, porém com um ligeiro tom de irritação.
– Que tal meu coração? – ele pega em sua mão e a beija.
– Onur... para, tá vendo o que faz? Não sabe como me irrita, você erra e depois fica falando essas coisas, só para mim não conseguir brigar com você. – ela fala manhosa.
– É essa a intenção...
– Muito engraçado. – fala Sherazade irônica.
– Tá bom, tudo bem... eu prometo que depois dessa noite, eu nunca mais farei nada sem antes lhe consultar? Tudo bem?
– É o mínimo.
– Agora com sua licença... – ele pega o celular.
– O que vai fazer? – Sherazade olha para ele com curiosidade.
– Vou fazer uma ligação, ou melhor umas... – ele mexe no celular.
– Ah é... e vai ligar para quem? – pergunta Sherazade olhando de esguelha para o celular dele.
– Tá com ciúmes é?! – ele sorrir.
– Claro que não, ciúmes é coisa de pessoas inseguras e eu sou muito segura.
– Ah sei... – ele coloca o celular no ouvido. – Alô, Kerem?
Sherazade olha para ele.
– Boa tarde, Kerem você pode ir hoje noite para a minha casa? Sim a nova... ah e – ele olha para Sherazade que parecia nem ligar para a conversa deles. – aproveita e trás a Bennu, pode ser? Obrigado, adeus, até a noite. – ele desliga.
– Posso saber de que se trata esse misterioso convite sem horário... – Sherazade sorrir dele.
– É verdade... eu esqueci de dizer a hora... é a emoção. Vou mandar uma mensagem com a hora.
– Tá bom.