Capítulo 21

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Na manhã de domingo, Onur saiu bem cedo para a casa de sua mãe, chegando lá, ele a encontrou na sala lendo o jornal.
– Bom dia mamãe! – Onur a beija nas bochechas.
– Bom dia, vejo que está muito feliz, o que aconteceu Onur? – Feride pergunta tirando seu óculos do rosto e colocando o jornal na mesinha ao lado de seu sofá.
– Sim mãe, estou muito feliz, a senhora acertou. – Onur se senta e cruza as pernas.
– Posso saber o por quê?
– Claro e essa foi uma das razões de eu vir até aqui, eu queria lhe dar uma notícia. – Onur estava animado.
– Sou toda ouvidos. – ela o olhava com atenção.
– Mamãe, lembra que outro dia a senhora me aconselhou, que arrumasse uma mulher e me casasse com ela, porque eu já estava na hora de casar, lembra?!
– Sim eu lembro e ratifico, você precisa casar. Filho esses dias de solteiro não te fazem tanto bem quanto você imagina, é bom que você comece a procurar uma mulher digna, honrada e de família como a sua, para que ela lhe dê filhos e uma família tão honrada como a nossa.
– Mamãe, eu não preciso mais procurar, eu já encontrei e vim hoje justamente para lhe dizer que estou noivo e pretendo me casar o mais rápido possivel, encontrei a mulher da minha vida e por mim já teria me casado há muito tempo, porém em breve me casarei. – Onur falava com empolgação e alegria.
– É mesmo? Que bom meu filho quem é a moça, é de qual família? Porque quero saber se meus netos terão uma mãe honrada e de boa família. Vamos Onur me diga, quem é a moça? – Feride estava ansiosa para saber o nome.
– O nome da mulher com quem quero me casar e construir uma família é, Sherazade Eyvidiaoglu. – ele fala contente.
– O que? Sherazade não é aquela arquiteta da Binyapi? – pergunta Feride revoltada.
– Sim, é ela mesma e não é aquela, é uma mulher honrada e lutadora, que merece todo o meu amor e meu respeito. – ele fala indignado com o modo como sua a mãe falou da mulher que ele ama.
– Onur, você quer matar sua mãe ou o que? – pergunta Feride ofegante
– Não, eu não quero, a senhora é que quer fazer isso sozinha.
– Filho, entenda, essa mulher é mãe solteira, por acaso você não pensa, que carrega um sobrenome honrado...
– Muito... por acaso esqueceu de Muchin Aksal, ou tenho que lembrar? Saiba que com a Sherazade a única coisa ruim que lhe aconteceu, foi ficar viúva muito jovem, mas ela por nenhum momento, acordou com o amante morto em sua cama. – fala Onur com raiva.
– Como se atreve a falar assim, ele é seu pai. – Feride revida.
– Olha eu vim aqui, pensando que a senhora fosse se alegrar comigo, mas vejo que me enganei, a senhora não quer netos, quer mini troféus e uma nora para servir de monumento, mas saiba que não, eu não vou cair nessa de novo, quando eu trouxe a notícia que estava noivo da Nil, a senhora quase fez uma festa, mas quando digo que amo e quero me casar com a Sherazade, a senhora quase preparou meu enterro.
– Só que a Nil é de uma família rica e honrada, que pena que não se casou com ela.
– Ah, a senhora acha isso, que bom. Acho que já entendi, esse é o sinal, quando a senhora gosta de uma mulher, significa que nunca serei feliz com ela, mas quando a senhora a detesta, serei eternamente feliz. Quer saber, eu sou de maior, eu me sustento e moro sozinho há anos, não vim aqui pedir sua permissão, vim anunciar. como já o fiz, estou me retirando. – ele se levanta.
– Onur, Onur, volte aqui, Onur! – ela chamava, mas ele nem sequer ligava. – E agora mais essa... não posso acreditar. – ela pega o telefone.

Sherazade e Kaan estavam tomando café juntos.
– Mãe, lá é muito bonito, o cavalo do Sr. Onur é lindo e ele me levou junto com ele no cavalo, foi muito bom, ele disse que vai me levar de novo. – Kaan falava com grande empolgação.
– Estou vendo, eu estou impressionada, em como ele conseguiu te convencer e principalmente como conseguiu fazê-lo gostar tanto dele.
– É porque ele é legal mãe, ele cuidou muito bem de mim e eu sinto falta de um pai, ele é uma boa pessoa e eu gosto muito dele.
– Entendi... e já sei que você gosta dele, até chegou a me pedir em casamento por ele... – fala Sherazade sorrindo.
– Porque eu realmente gostaria que vocês se casassem, por favor, por favor...
– Filho, o casamento precisa ser algo pensado e principalmente, planejado porque é algo para toda a vida e não podemos nos enganar ou podemos nos dar mal.
– Tá bom, mas com ele eu sei que não vamos nos dar mal.
– Você gosta tanto assim dele? – Sherazade pergunta surpresa.
– Muito...
– Que segredo vocês escondem, ein? – Sherazade pergunta o olhando.
– Nenhum. – Kaan já estava ficando nervoso, sua sorte foi que a campainha tocou.
– Quem será? – ela levantou.
Kaan sorriu.
– Por pouco... – ele fala quando a mãe se levanta.

Sherazade vai atender a porta e quando a abre tem uma agradável surpresa.
– Onur? – ela estava abismada pelo fato de que hoje era o dia dele ver a mãe.
– Bom dia, meu amor. – ele beija sua bochecha.
– Não entendo, você não ia passar o dia com sua mãe? – pergunta Sherazade como se o repreendesse.
– Sim e eu fui vê-la.
– Você disse, passar o dia e não visitá-la...
– Onur! – Kaan sai correndo e se joga nos braços de Onur.
– Posso entrar? – ele fala quando Kaan para de o abraçar forte.
– Entra! – Sherazade sai da frente.
– E aí meu garoto, como está? – Onur beija sua bochecha.
– Muito bem, quando vamos ver os cavalos de novo?
– Já tomou café? – pergunta Sherazade indo para a mesa do café, mas Onur vai para o sofá.
– Já, obrigado! – ele senta Kaan do seu lado.
– E por que voltou tão rápido da casa de sua mãe?

Feride ligou para Seval.
Seval, preciso falar com alguém, ou vou morrer.
– Que houve? – Seval pergunta assustada.
O Onur vai se casar...
– Ah, mas isso é muito bom, não entendo porque ficou assim...
Deixa eu terminar e vai entender, ele quer se casar com uma mãe solteira.
– Ah! – ela coloca a mão na boca que estava aberta em forma de um "o".
Estou com vontade de dizer desaforos para essa mulher.
– E como você soube?
Ele mesmo me disse hoje pela manhã, e saiu muito zangado quando eu disse que seria um escândalo.
– Feride, qual é o nome da mulher?
Kerem que estava tomando café e lendo o jornal, o deixou de lado e começou a prestar atenção na conversa.
Sherazade.
– Sherazade? – Kerem olha com mais interesse. – A nova arquiteta da Binyapi?
– Ela mesma. Disse que é a mulher da vida dele e insinuou que a Nil é uma mulher desonrada, só porque eu disse que gostei dela, ele falou que não seria feliz com ela, mas que com a Sherazade que eu não gostei, com ela sim, ele seria feliz, você acredita nisso?"
– Feride, parece que não tem mais jeito, a única saída é aceitar o casamento deles.
– Onur e Sherazade vão se casar? –;ele estava desapontado.
Mas que contrassenso está dizendo Seval, como posso aceitar essa mulher? Não, eu não vou fazer isso, não vou aceitar.
– Feride pense com clareza, se você a rejeitar, vai acabar perdendo seu filho, é isso que quer? Ele é a única pessoa que lhe restou e você vai perdê-lo por causa de uma honra? Eu não faria isso, Feride, tente suportá-la.
Não, impossível Seval, essa mulher não vai ganhar de mim.
– Tudo bem Feride, espero que não, mas nós duas sabemos que seu filho é muito teimoso e quem vai sair perdendo, é você.
Que eu perca ou ganhe, essa mulher vai se afastar do meu filho.

Enquanto isso Onur e Sherazade conversavam.
– Onur, me responde uma coisa.
– Respondo sim. – ele estava aéreo.
– Você contou à sua mãe sobre nós dois, não contou? – pergunta Sherazade o olhando nos olhos.
Onur coça a cabeça devagar com o dedo indicador.
– Sim! – ele respira fundo.
– E o que ela disse?
– Ela aceitou. – ele fala evasivo.
– Onur, você tem certeza do que diz? – ela continuava o olhando profundamente.
– Sim, sim ela aceitou.
– Onur, – ela segura sua mão. – não quero que minta para mim e muito menos quero voltar a viver tudo que vivi com a família de Ahmet.
Onur a olhou curioso.
– Onur, a família de Ahmet, não aprovava o nosso relacionamento e quando quizemos nos casar, eles não aceitaram, tivemos que casar escondido e a família dele o expulsou de casa comigo, e nunca aceitaram meu filho como neto deles, e em um certo dia brigamos por causa disso e ele saiu de casa, bebeu muito e acabou sofrendo um acidente, caiu de um barranco e não restou nada dele, o carro explodiu, enfim eu não quero ser novamente a nora indesejada, então para nos casarmos, eu preciso do consentimento de sua mãe, que ela aprove nossa união.
Onur engoliu em seco.

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