Capítulo 25

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– Agora para onde iremos? – perguntava Sherazade enquanto Onur colocava o cinto de segurança.
– Surpresa... – Onur liga o carro e sai.
– Onur... o que você está aprontando? – pergunta Sherazade sorrindo e com um fio de ansiedade estampado em seu rosto.
Kaan dava risinhos no banco de trás do carro, Onur o olhava pelo retrovisor.
– Por que será que sempre que vocês estão juntos, eu sinto como se eu corresse perigo? – perguntava Sherazade com apreensão.
– Eu não entendo porque sente isso, e você Kaan? – pergunta Onur fazendo uma expressão confusa.
– Também não. – Kaan fazia uma expressão de dúvida.
– Justamente por isso, vocês dois parecem cúmplices, aliás parecem não, são cúmplices.
– Eu não sou isso aí não, e você Kaan?
– Não sei o que significa, mas eu não sou... – Kaan falava com seriedade.
Sherazade olha para os dois.
– Não acredito em nenhum dos dois, vocês só se incriminam mais fazendo isso... – Sherazade sorrir de boca fechada e faz um sinal de não com a cabeça.

Enquanto isso Betül arrumava suas coisas para sair da casa de Feride e ao mesmo tempo, tentava ligar para Onur, mas o celular dele só caía na caixa postal.
– Meu Deus, onde está esse menino, que não olha esse celular... – Betül ligava nervosa. – Ah quer saber, eu vou pegar minhas coisas, como está chegando a hora do almoço, vou almoçar em um hotel, aproveito e me hospedo lá e mais tarde vou a casa de meu sobrinho. – ela termina de colocar suas roupas na mala.
– Ah já vai é? – pergunta Feride zombando de Betül.
– Sim, eu vou, porque não suporto mais essa sua impáfia com o seu próprio filho, não acho natural que uma mãe tente impedir a felicidade do próprio filho. – ela pega as malas com raiva.
– Não é que eu não queira a felicidade dele, é justamente o contrário, não quero que ele suje o nome dele com um mal casamento.
– Como assim, sujar o nome dele? você está louca? Seu filho pela primeira vez está amando, apaixonado, pela primeira vez ele quer constituir uma família, quer ter filhos e um lar e você acha que isso é ruim?
– Querida, você não entende que tudo que essa viúva quer é o dinheiro dele, um pai para o filho e uma promoção?
– Ah já ouvi disparates demais, continue assim e vai perder seu filho cada vez mais, porque a Sherazade é mais agradável que você. Adeus. – ela pega a mão de Betül.
– Para onde você vai? Até você vai me abandonar? – ela pergunta triste.
– Claro que vou, porque não aguento mais você e essa mania de preferir seu sobrenome ao seu filho, quero ver se quando o perder, seu sobrenome vai cuidar de você. – ela tira sua mão da mão de Feride e sai.

Onur chegou a uma garagem.
– Onde estamos? – pergunta Sherazade se sentindo perdida.
– Bem... acho que já é hora, aliás passou da hora de lhe apresentar minha casa. – ele sorrir e sai do carro.
– Onur... o Kaan... _ fala Sherazade com desespero.
– E o que é que tem? – ele estava confuso.
– O que pretende?
– Nada, só quero apresentar minha casa, calma...
– Eu não disse sim...
– Mas vai dizer, e então teremos a nossa casa. – Sherazade sorriu.
Eles saem do carro, Kaan não estava entendendo nada, Onur abriu a porta para o garoto. Kaan saiu do carro e pegou a mão de Onur.
– Kaan, essa é a minha casa.
– Mas aqui é a garagem... – ele protesta.
– Sim e agora vamos subir para a casa propriamente dita.
Kaan e Sherazade foram seguindo Onur, pelas escadas que davam acesso a porta de sua casa, depois eles chegaram, Onur abriu a porta e Sherazade ficou bastante surpresa.
– Você mora sozinho nessa casa? – ela estava admirada do tamanho do lugar.
– Sim, mas temporariamente. – ele sorrir.
– Essa casa é muito bonita. – ela estava admirada. – Mas por quê temporariamente?
– Porque quando eu me casar, morarei aqui com minha esposa e meu filho. – ele sorrir.
– Eu não disse sim...
– Mas vai dizer...
– Não tenha tanta certeza... – ela falava misteriosa.
– Mas eu não morava aqui, a comprei há uma semana atrás. – ele sorrir.
– Quê? – ela pergunta surpresa.
– Bom dia, Sr. Onur, Sra. Sherazade e...
– Kaan, meu filho. – ele acaricia os cabelos do garoto.
– Kaan, que nome bonito e que menino bonito. – fala Fierdvis se abaixando e beijando a bochecha de Kaan.
– Sherazade essa é Fierdvis, a mulher que cuida de mim quando você não está, aliás quando ainda não estava também.
– Prazer Fierdvis. – Sherazade a abraça.
– Ouvi muito a seu respeito, Sra. Sherazade.
– Eu até posso imaginar... – ela sorrir para Onur.
– Não fui eu... – ele se finge de desentendido.
– Sr. Onur, posso servir o almoço? – pergunta Fierdvis.
– Sim, pode. – Kaan olha para Onur e Onur faz um sinal com a cabeça. – Que tal irmos conhecer os quartos, enquanto elas arrumam a mesa? – Sugere Onur.
– Tudo bem, então.
Kaan sai correndo pela escada.
– Tem um quarto para mim também?
– Kaan, não saia correndo assim...
– Deixa ele... essa casa também é dele e também é sua, ainda que você não me diga que sim. – ele beija sua bochecha.
– Ouviu mãe...
– É... ouvi... Onur você está estragando meu filho... nunca diz um não para ele, só diz que sim...
– Mas é porque ele ainda não me pediu coisas impossíveis.
– Como por exemplo?
– Deixar de te amar...
– Muito esperto.

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