Predestinada ao Rei (Em Revisão)

Capítulo 1

Acordo com um barulho tremendo vindo do andar de baixo, olho pela janela e percebo um dia lindo o Sol está tão.... espera um pouco! Olho para o relógio, porra são 9:40 e hoje é sábado! Minha mãe vai tirar o meu couro merda, saio da cama em um pulo, ouvindo minha loba me xingar mentalmente por ter saído de lá. Ela rosna para mim, demonstrando o quanto ama fazer parte de mim.

Hoje, infelizmente, é o dia da Corrida, o dia das lutas, todo mês temos um dia desses, é sagrado, uma tradição e minha mãe deve ta pirando com meu irmão lá embaixo me procurando. Já que estou, como sempre, atrasada! 

Minha mãe é a alfa da matilha e quando meu pai biológico morreu, ela se casou com Derek mais por obrigação que por amor realmente, eu até gosto dele, mas nós brigamos muito. E como filha primogênita dos alfas e consequentemente herdeira da matilha, todos esperam de mim um poço de responsabilidades e boas maneiras.

Ser a futura alfa da matilha para mim na verdade é um porre! Tenho obrigações que para mim na verdade é uma grande chatisse, sempre preciso estar presente e ajudar nas festas e tradições para aprender e blá, blá, blá. 

- NICOLE, como por Deus você ainda não se vestiu? Você está louca ? - Minha irmã mais nova entra pelo quarto toda estérica, gritando feito uma babaca

- Roberta! Já disse para bater na porta, já estou indo só um segundo! Pelo amor de Deus, vá acalmar nossa mãe! Ela com certeza está surtando! - Digo já com medo das consequências do meu atraso. 

- Eu irei se, e somente se, você me deixar correr!

- Sempre tem um se, né pirralha. Combinado! Saia daqui, espertinha. - Digo frustrada,a verdade é que essas corridas são muito perigosas, acho que minha mãe não vai gosta muito dessa ideia..

- Fui! - Ela diz, correndo feliz da vida. Começo a descer as escadas, sorrindo internamente por saber que eu e minha irmã nos parecemos demais, embora ela seja três anos mais nova. 

Quando chego no andar de baixo minha linda mamãe, Suzan Hale, aguarda ansiosamente minha chegada e minha pestinha logo atrás dela sussurra um breve pedido de desculpas. Somente esse sutil movimento em seus lábios, são suficientes para me fazer tremer dos pés a cabeça, encaro minha mãe sabendo bem o que me espera, permaneço impassível. Ela fala em minha mente usando nossa ligação de sangue, como sempre, tentando manter a descrição na frente da matilha, já que para ela uma alfa não pode demonstrar suas fraquezas. E para ela não existe outro coisa que me defina melhor do que minha severa fraqueza e rebeldia. 

"Você está muito atrasada, que falta de responsabilidade, realmente a sua cara! Como pretende ser uma alfa assim? Estou tentando Nicole, juro que estou tentando mas você não me ajuda!!" - Ela diz claramente furiosa.

"Qual é mãe, me desculpe, sério! Perdi completamente a noção do tempo, mas pode apostar querida mamãe, eu também estou tentando! Não é como se eu tivesse pedido para nascer com essa bosta de título!" - Realmente não pedi! Não me culpem por estar de saco cheio de não poder só ser uma garota normal!! 

Neste exato instante meu querido e irritante irmão pula bem em cima de mim, e por instinto minha loba rosna e eu o seguro contra a parede.

Quando percebo que é ele, solto imediatamente, e observo miseravelmente todos me encararem, meus olhos brilham em azul com tons avermelhados, minhas mãos se tornam garras e minhas presas ficam a mostra. É isso, mais um item da minha longa lista de fraquezas, não possuo um auto-controle extremamente eficiente.  Perder o controle é inaceitável para lobos na minha idade, e isso tem acontecido com muita frequência, sei que tem algo de errado, algo grande vai acontecer comigo ou ao meu redor, mas permaneço quieta sem contar para ninguém e permito que as pessoas me vejam como uma fracassada.  Sei disso, porque minha loba me incomoda o tempo inteiro com esta sensação, por isso eu e ela estamos em constante guerra, ela é incontrolável assim como eu.