Bônus II: Felipe Drummond.

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Desci minha boca para seu pescoço novamente e senti a sua pele sensível se arrepiar sob meus lábios, desci minha boca para seus ombros, beijei e mordi tudo que conseguia alcançar, havia um lado meu que queria deixa-la marcada, que queria mostrar ao mundo que eu havia sido o primeiro a possui-la, um lado que fervia só de imaginar outra pessoa a tocando tão intimamente como eu agora. Mas havia um lado que queria ama-la, um lado que nunca havia se manifestado em mim, que me fazia querer dar prazer a ela, faze-la ver o quão linda e sensual ela era, que queria faze-la se sentir a única mulher do mundo, o que de fato ela era pra mim. Dei um ultimo beijo em sua barriga e deitei ao seu lado encarando o teto branco, minha respiração continuava ofegante e pesada, entrelacei nossas mãos e a acariciei, aos poucos minha respiração ia voltando ao normal.

Rir de lado pensando no que tinha acabado de acontecer, finalmente ela tinha sido minha. Menina doce, que tem um ritmo interessante, um pouco lenta, um pouco rápida, sabe manusear os movimentos de uma forma única, ela não sabe o poder que tem. Seu rosto, seu sorriso de comercial de TV e seus cabelos castanhos escuros que combinavam perfeitamente com seus olhos cor de mel, sua silhueta gostosa de se ver, bunda empinada para ninguém colocar defeito, seus seios durinhos no alto da sua idade, suas pernas toneladas, incrível que todo o seu corpo hoje estava mais aceso.

Tinha acabado de acontecer algo diferente, pois ela é diferente de todas as mulheres que já levei pra cama, em nenhum momento a Carla tirou seus olhos castanhos de mim, isso que se tornava diferente, se tornando um sexo magico e inesquecível, já éramos um só pelo simples fato do cruzamento dos nossos olhares. Um homem quando encontrava uma mulher assim não a largava por nada, me disseram uma vez, mas eu sempre fui canastrão para acreditar em alguma coisa que passasse perto da ideia de amor ou algo do tipo, mas dessa vez é diferente: Ela tem tudo àquilo que é preciso para me manter em mãos. E me tem.

Lembro-me do barulho do seu gemido baixo e seu suspiro pesado. E o meu mundo imaginando por trás dos olhos fechados finalmente explode e se desfaz. Ela me tem nas mãos, nos lábios e no corpo todo agora. Quero te sentir de novo, menina.

Virei-me para lhe encarar e gargalhei no que eu tinha acabado de vê.

— Amor, você está esse tempo todo escondida em baixo desse lençol. — Falei entre o riso.

— Felipe. — Ela chamou meu nome envergonhada, deu pra perceber na vibração da sua voz. — Não sei com que cara vou olhar pra você.

— Que tal com a única que você tem. — Sugeri sendo sincero.

— Para. — A Carla pediu ainda com o lençol em seu rosto.

— Amor, você foi maravilhosa.

Eu não estava mentindo, eu não poderia compara-la a nenhum desempenho de nenhuma outra mulher, pois ia ser desigual da minha parte. Foi a primeira vez que fiz amor com alguém, foi a primeira vez que entendi o lance de que agora éramos um só corpo. Era puro, havia amor, calma e cuidado para não machuca-la e eu desconhecia tudo isso em um sexo.

— Tão maravilhosa que nem consegui tirar a sua calça. — Ela ironizou e não tive como segurar o riso. — Você ainda tá rindo.

— Só estou rindo do papel que você está fazendo. — Disse sinceramente e aos poucos o lençol foi deslizando da sua face.

— É por quê foi a minha primeira vez, eu não sabia o que fazer, fiquei com receito de te tocar, de fazer o que você está acostumado.. — Ela falou apressadamente e logo lhe interrompi.

— Assim como aprender a andar de bicicleta, assim como cozinhar o primeiro feijão, coisas práticas do dia-a-dia e relativamente simples, mas que ficam infinitamente melhores e mais prazerosas depois de certo tempo de pratica, a mesma coisa é o sexo. — Meu tom era totalmente complacente. — É um misto de desespero com vontade, de medo com curiosidade, de vergonha com permissividade. Não fica pensando nessas coisas, ainda vamos ter bastante tempo para experimentar coisas novas, posições novas, eu quero sentir teu gosto.

Ela virou e ficamos de lado um para o outro, nos encarando de forma singela.

— Amor, obrigada por me fazer sentir tão especial. — Ela sorriu com o seu melhor sorriso.

Sorriso no qual eu era totalmente apaixonado.

— Minha obrigação é te fazer sentir assim, menina. — Levei a minha mão até o seu rosto e acariciei a sua bochecha levemente com o meu polegar.

— Eu preciso de um banho. — Ela chegou a conclusão e enquanto ela falava aos poucos ela ia se levantando levando o lençol para esconder o seu corpo, como se fosse um pecado eu lhe admirar, lhe acompanhei em cada movimento que a mesma fazia. — Você fica, Felipe.

Me joguei na cama derrotado e ela riu de mim. A Carla se levantou com cuidado coberta com o lençol branco e seguiu para o meu banheiro, eu era fissurado nisso nela, no seu jeito menina vergonhosa. Algo em mim era mais forte que eu, uma parte me mandava ir atrás dela e outra mandava continuar deitado, como se fosse um anjo do bem e do mal. Respirei fundo e obedeci ao anjo errado.

A porta do banheiro ainda estava encostada. Fui tomado por uma mistura de sensações, um pouco de curiosidade e muito de promiscuidade, então sem nem me dar conta, já estava dentro do enorme banheiro de azulejos brancos e verdes.

A Carla não notou minha presença. O box era espelhado por dentro, fazendo com que quem estivesse dentro dele não enxergasse nada além de seu próprio reflexo, por isso só tive que tomar cuidado em não fazer nenhum tipo de barulho.

Fiquei muito quieto e pela primeira vez admirei a minha menina de verdade. Ela era linda, tudo nela, cada músculo, cada sinal, cada pelo, era milimetricamente perfeita e o efeito da água e do vapor naquela cena, fazia com que ele parecesse um sonho.

Um sonho erótico.

Observei cada movimento, como se quisesse decorá-los.

Seus dedos passeando em seus cabelos, suas mãos ensaboando seu peito, costas, barriga, descendo, descendo mais... Meu Deus. O pescoço, a linha do maxilar, ombros, braços, mãos, barriga, costas, coxas. Que inferno, até a auréola do seu seio conseguia ser bonitas.

E durante todo esse tempo, eu permaneci quieto, imóvel, apenas admirando-a. O chuveiro foi desligado esse era o momento de me levantar às pressas e voltar pra cama, mas por algum motivo obscuro, me mantive ali, ainda imóvel.

A Carla abriu o box para puxar a toalha do segurador e se deparou comigo nu, em pé em sua frente.

— Linda.

Ela pareceu surpresa e em um ato tão desesperador ela se cobriu, não tive como segurar o meu riso.

— Sabia que isso dá cadeia em alguns lugares do mundo? — Perguntou nervosa.

— Se eu fosse preso agora saiba que iria valer a pena. — Sorrir mostrando todos os meus dentes.

Dei dois passos em sua direção e ela recuou para dentro do box. Entrei dentro do box junto com ela e o fechei, puxei-a mais para perto de mim, agarrando-a e em pouco tempo pude sentir suas pernas tremerem como eu não estava acostumado a sentir. Finalmente a toalha caiu no chão ao seu lado, então coloquei minhas mãos na sua cabeça delicadamente.

— Preparada para o segundo round?


Chora MeninaOnde histórias criam vida. Descubra agora