36 Capítulo - A Fuga.

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E todos estavam lá ou quase todos. De repente todos se levantaram e me cercaram ao redor da cama, todos me encararam e eu franzi minha testa e eles sorriram aliviados. Eu realmente estava sem entender o motivo de todos eles ter vindo pra cá, isso inclui até Maria — a adorável empregada do Felipe —, mas ele não estava aqui.

Fui surpreendida com um abraço da minha tia e sorrir ao receber o calor do seu corpo.

— Nunca mais invente de me dá um susto desses. — Disse ela. — Eu não suportaria viver sem você.

Eu apenas sorrir em resposta e ela me deu um beijo na minha bochecha. Senti alguém segurando a minha mão e logo olhei, os dedos da Clara se entrelaçaram aos meus e seus olhos encheram de lagrima.

— Não faz mais isso comigo, por favor. — Seus olhos encheram de lagrimas.

A Clara envergonhada abaixou a cabeça e deu um beijo em minha mão, logo o Junior se aproximou e tocou em seu ombro, os dois se abraçaram e saíram do quarto.

— Nunca pensei que você fosse tão importante pra mim. — Concluiu a Jessica.

Não tive como segurar o meu riso. Gargalhei e logo vi o aparelho que eu estava ligada apitando.

— Acho que isso não é bom. — Balancei minha cabeça negativamente. — Afinal o que eu tive.

— Você desmaiou e a causa que te levou a isso foi uma Arritmia Cardíaca. — Explicou a tia Claudia.

— Eu não entendo.

— Seu coração ficou um tempinho sem funcionar ou funcionou de maneira errada. — A Juva falou no seu tom vibrante. — Como a quantidade de oxigênio levada ao cérebro pelo sangue foi baixa, ocorreu o seu desmaio. É mais ou menos isso.

Ela sorriu de lado. Como eu estava com saudade da sua energia. Seu cabelo estava mais vermelho do que nunca.

— Mas eu preciso sair daqui. — Falei me acomodando na cama.

Eu estava recebendo algum tipo de liquido transparente que julguei ser soro, puxei a agulha e pressionei minha veia para não sangrar.

— Você só vai ter alta amanhã e terá que passar dois dias de repouso, ou seja, nada de fortes emoções por esses dias. — Minha tia falou tranquilamente.

Balancei minha cabeça sem parar.

— Nem pense em sair daqui, dona Carla. — O Junior falou e todos concordaram com ele.

— Meu irmão quer falar com você. — A Jessica falou me jogando um olhar serelepe.

Logo ela me entregou o seu telefone.

Inicio da Ligação.

— Eu preciso me certificar que está tudo bem com você. — O Felipe falou nervoso.

Fechei meus olhos e senti meu coração disparar, mas não era uma dor insuportável como eu senti, era uma sensação boa.

— É. — Afirmei.

De repente fiquei sem saber o que falar, a onde ele estava, porque ele não está aqui?

— Você não sabe o quanto estou desesperado. — Senti sua respiração ofegante. — Meu pai está cuidando de você, ele é um bom médico.

Eu só preciso que você cuide de mim. — Pensei.

— Imaginei que fosse ele.

— Tentei voltar pro Rio hoje, mas não consegui um voô, aqui em Minas está chovendo bastante, mas amanhã sem falta chegarei aí.. — Não o deixei terminar.

Chora MeninaOnde histórias criam vida. Descubra agora