8 Capítulo - Aos Poucos.

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Essa semana fora bem diferente da semana passada, a mesma tinha se passado calma, e eu agradeci por isso. Meus dias se resumiram em casa e trabalho, exceto um dia que não tive como fugir, fui ao shopping com a Juva comprar roupas novas para mim e essa tarefa foi quase impossível, deixei a Juva escolher a maioria das roupas pois não tinha paciência, porém foi divertido a mesma é uma ótima visual merchandising. 

Não liguei pro Felipe para agradecer pelo quadro. Preferi assim, quanto menos contato melhor. 

Já tinha mandando varias mensagem para a Clarinha perguntando aonde ela estava. Emprestei meu carro a ela e a mesma prometeu que vinha me buscar no trabalho e já era para ela estar aqui. Mas dessa vez eu não estava preocupada e sim irritada, com certeza ela tinha se esquecido de vim me buscar e estava com meu carro em algum lugar por aí aproveitando com as amigas. 

— Ainda por aqui Dr. Carla? — A Renata perguntou com o seu jeito doce. 

— A Clara esqueceu de mim. — Comentei irônica. 

— Só não te ofereço uma carona porque vou de ônibus. Inclusive eu tenho que ir não posso perde-lo, até amanhã. — Ela falou apressada. 

A mesma saiu correndo ao ver um ônibus passando. Pensei em fazer o mesmo, mas resolvi esperar a Clara. Eu já estava cansada de esperá-la. Já faziam trinta minutos e nada. Quando eu chegasse em casa a mesma iria escutar muito pois eu iria reclamar até eu me cansar e nunca mais emprestaria o meu carro a ela. 

Já se passavam das dezenove horas e a rua estava começando a ficar esquisita. Então me levantei da calçada aonde eu estava sentada e fui em direção ao um ponto de táxi que ficava próximo ali. Mas eu fui surpreendida ao ouvir buzinas vindo de algum carro. Por um momento fiquei feliz pois pensei que era a Clara mas não era. Não tinha nenhum carro atrás de mim. De repente senti alguém me puxando pelo o braço e me virei com a força do puxão e não acreditei quem eu vim. 

— Pensei que você iria me ligar para agradecer do quadro, pessoas educadas fazem isso. — O Felipe falou sarcástico. 

— Esqueci. — Me limitei ao dizer. 

— Quer uma carona? — Ele perguntou me encarando. 

Pensei em recusar mas eu não tinha escolha, eu precisava chegar em casa o mais rápido possível. 

— Só por quê a Clara esqueceu que eu existo. Cadê seu carro? — Perguntei olhando em volta e não tinha nenhum carro próximo. 

— Estou de moto, vem. — Ele falou e eu o segui. 

Ele montou na moto e logo em seguida eu me acomodei, há muito tempo que eu não andava de moto. 

— Acho que eu vou me arrepender amargamente por isso. — Falei seria e ele escapou um sorriso. 

— Segura filme. — Ele falou abrindo a sua jaqueta de couro preta e olhou pra trás. 

Em resposta segurei na parte de trás da moto e dessa vez quem escapou um riso foi eu. Senti falta do capacete. Mas não iria perguntar, pelo o que eu vi, ele não tinha trago. Ele deu partida e fomos. 

— Se segurar em mim vai aproveitar mais. — Ele falou olhando pra trás e ainda mantendo a atenção. 

— Olha pra frente, não quero morrer, não com você. — Eu falei revirando os olhos. 

O percurso que seria longo, foi bem mais rápido do que eu imaginei. O homem no qual eu prometi pra mim mesma que não queria vê-lo nem pitado de ouro, tinha me dado uma carona, definitivamente eu não me entendia. 

— Vai ficar aí presa em seus pensamos ou vai me convidar pra entrar? — Sair do transe ao ouvir a sua voz. 

— Você quer entrar? — Perguntei o olhando enquanto ainda me mantinha calma. 

Chora MeninaOnde histórias criam vida. Descubra agora