28 Capítulo - Compositor de Destinos.

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Girei a maçaneta lentamente e dei de cara com os olhos azuis sorrindo pra mim.

— Pra você.

O Felipe deu alguns passos em minha direção e passou os braços em minha cintura me puxando para si. Fitei seus olhos por mais alguns segundos enquanto seus lábios se encaixavam nos meus. Fechei os olhos e me permiti beijá-lo com todo o carinho que havia dentro de mim. Ele carregava um buquê de tulipas vermelhas em suas mãos, o cheiro das tulipas exalava em toda extensão da sala, um aroma completamente agradável para as minhas narinas.

— São minhas preferidas. — Dei-lhe um selinho em forma de agradecimento. — E são lindas.

Sorrir e ele acompanhou o meu sorriso, eu me apaixonei por esse sorriso, não tinha como negar, seus dentes eram totalmente assimétricos dando ainda mais perfeição ao seu sorriso. Agora eu estava hipnotizada que me provocada as mais belas e sinceras borboletas no estômago, quanto mais ele sorria e olhava para mim provava o que eu sentia era amor.

— Ainda bem que elas chegaram intactas. — Ele falou brincalhão referindo-se às tulipas.

Peguei em sua mão e puxei-lhe para sala. O Felipe como de costume jogou as almofadas que ficavam em cima do sofá no chão, afirmando que as minhas almofadas azul Tiffany passava a impressão que o sofá era compacto. Tudo seu era lindo, até suas manias e teorias sem fundamento. Ele sentou-se no sofá como se estivesse em sua casa e novamente achei a sua atitude linda.

Acomodei o meu corpo junto ao seu na sua inédita forma de se sentar e ele passou suas mãos em meus ombros como se necessitasse me tocar o tempo todo.

— Você sabe como fazer eu me apaixonar ainda mais por você. — Falei enquanto admirava as minhas tulipas vermelhas. — Você me presenteou com um buquê de tulipas coloridas no meu aniversário, você lembra? — Agora lhe encarei e ele assentiu com um sorriso. — Eu não faço aniversário duas vezes ao ano.

Ele riu talvez da minha expressão que eu fiz agora a pouco.

— Você é tão.. — Ele demorou para encontrar a palavra certa. — Única.

E agora foi a minha vez de rir.

— Tão lógica. — Me defendi sorrindo.

— Uma vez me disseram que se presenteia alguém com tulipas quando se é um dia especial. — O seu tom era suave e seus dedos passavam pelos meus cabelos. — Seu aniversario é um dia especial, ontem foi um dia especial, só estou fazendo jus ao que me fizeram acreditar.

— Será que eu me mereço tudo isso?

Perguntei para mim mesma, mas pequei, pois falei em voz alta.

— Merece isso e muito mais. — Ele me respondeu como se fosse o óbvio.

Não! Eu não merecia.

— Com o tempo tudo faz sentindo. — Me mexi para lhe encarar, mas ainda permaneci junto a ele. — No meu aniversario as tulipas tinham cores diferentes, pois tinham sentimentos e simbologias diferentes, tudo estava começando havia muita coisa e agora todas as cores se uniram e se tornaram vermelhas. — Ambos colocamos um sorriso no rosto. — E tem um novo significado, o amor é o que nos une.

— O amor é o que nos une. — Ele repetiu ainda com o sorriso nos lábios.

— O que eu sinto por você é tão verdadeiro, Felipe.

Eu estava me segurando para não chorar, mas eu não podia me desmanchar agora, não agora.

— Eu sei, Ca. — Senti seus lábios em minha testa. — E você sabe que é reciproco.

Chora MeninaOnde histórias criam vida. Descubra agora