Capítulo 48

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[Kate Smith]

Depois daquela noite agitada, não esperava ver esta pessoa tão cedo. Jamais pensei que a veria novamente, afinal, o que eu passei no Brasil em suas mãos não foi nada fácil.

- "Ah meu Deus!" - aquela voz me dava nojo - "Mandy!" - Amanda me olhou apavorada e eu olhei para aquele ser em sua frente com desdém - "Judy." - veio em minha direção.

- "Quem é você." - Emily faz voz de nojo e com razão.

- "Eu sou a Gabriela."- olhou para Emily com desdém - "E você quem é?"

- "O que essa oferenda faz aqui?" - Amanda se posiciona ao meu lado.

- "Sua mãe me disse que vocês estavam morando em Londres e resolvi fazer uma visita."

- "E como descobriu onde estávamos?" - arqueio uma sobrancelha.

- "É que meu irmão machucou a perna e tive trazê-lo aqui." - sorri cínica.

- "Já nos viu? Agora pode ir embora." - Amanda aponta para a porta - "Adeus Gabierpes!" - ouço a risada do Niall.

- "Cara, você e a Kate são as melhores." - deu risada - "Me racho." - gargalhou.

- "Vamos! Saia daqui." - Amanda praticamente expulsou a garota do local.

- "Uma das duas me explica o que está acontecendo." - Luan dividiu o olhar entre mim e Amanda.

- "Ela é uma garota que estudou comigo e com a Kate." - Amanda respirou fundo - "Não é uma boa parte do nosso passado." - ela se sentou ao meu lado.

- "Gabriela ou Gabierpes como Amanda a chama." - Niall deu risada - "É aquele tipo de garota filha da puta que na primeira ocasião faz de tudo para te magoar, te machucar ou tirar o que tem."

- "Pior do que a Karen enraivecida?" - Bruna quis zombar, mas eu senti a sinceridade em sua pergunta.

- "Pior." - eu e Amanda dissemos juntas.

***

- "Kate? Amanda?" - fiz sinal para que Mandy ficasse em silêncio - "Onde estão vocês?"

- "Kate eu quero ir no banheiro." - Amanda sussurrou em meu ouvido.

- "Calma Mandy." - sussurrou de volta - "Se nós sairmos daqui agora, vai saber o que a cleptomaníaca poderá fazer." - disse baixinho.

- "Bom, pela água que sai deste armário de faxineiro, aposto que as duas criaturas abomináveis estão aqui dentro." - Amanda não conseguiu segurar e fez xixi nas calças.

- "Ah não Mandy!" - abracei ela.

- "Vejam só." - a porta se abre - "A Maria mijona e a menina que ninguém quer saber. Ou melhor, a menina que mora com os avós porque eles tem dó da neta estúpida que eles tem."

- "Nos deixa em paz por favor." - Mandy diz entre o choro - "Já nos casamos de suas brincadeiras."

- "Mas eu ainda não me cansei delas." - ela estalou os dedos.

- "Você faz isso por que é uma valentona que não tem amigos. E apenas faz isso porque quer ser superior a tudo e todos." - apontei para as pessoas ao lado dela - "Vocês sabiam que ela tem erpes?" - olhei para a cara dela já cansada de tudo aquilo - "A mãe dela nos contou quando foi visitar os meus avós."

- "Isso é mentira." - ela exaspera - "Não deem ouvidos a essa bastarda e a Maria mijona."

- "O nome dela não é Maria mijona, é Amanda e eu não sou bastarda." - esbravejo - "De hoje em diante, vai nós deixar em paz."

- "Ou o que?" - ela dá um passo em nossa direção e Amanda se esconde atrás de mim.

- "Ou eu vou revelar o seu apelido para a escola inteira, e você vai ver como é bom ser zoada pelos corredores." - Amanda murmurou logo atrás de mim.

- "E que apelido seria esse?" - um dos meninos do oitavo anos veio em nossa direção - "Será que o pessoal da quarta série é melhor no quesito apelido do que a gente?" - deram risada.

- "Gabierpes." - Amanda se posicionou de frente a ela.

***

- "Sofríamos coisas muito piores nas mãos daquela praga." - Amanda revirou os olhos.

- "Uma vez ela deu laxante para o meu avô e ele quase morre." - reviro os olhos - "Ele estava tendo uma crise de asma, e pediu para que ela fosse buscar o remédio em cima da cômoda, neste dia a família dela estava na minha casa. Mas a vadia, deu laxante para ele."

- "Senhor Olavo quase morreu naquele dia e a vadia disse que aquilo não tinha dedo dela." - Amanda faz cara de desdém - "Meu rabo que não tem."

- "Querida, o que eu lhe disse sobre esses palavreados? Os cartazes ainda estão em tempo." - debochei e ela me deu língua.

- "Mas isso é passado e ela não vai chegar perto de vocês." - Zayn garante - "Ou eu faço ela lembrar do apelido de novo, e não vai ser legal."

- "Zayn é mestre em praticar bullying com as pessoas." - Niall morde seu croissant.

Assim que chamamos em casa, Luan foi comigo para o quarto e eu me deitei na cama. Ele pegou o ursinho que Emily nos deu, ou melhor, deu para o bebê e sorriu.

- "Eu sou o Ted, quer brincar comigo?" - fez uma voz engraçada e levantou o ursinho mexendo ele diante do rosto.

- "Você é um bobo." - dei risada - "Ele não vai se chamar Ted." - reviro os olhos.

- "Por que não? O Ted é um urso tão legal." - se sentou ao meu lado na cama.

- "Um urso que usa drogas, transa com mulheres em cima de comida e ainda fala palavrão e enfia um pepino ou sei lá o que em uma mulher e depois vende a uma idosa." - reviro os olhos - "Um ótimo exemplo de nome para o urso de pelúcia do seu filho ou filha."

- "Retiro o que disse." - olhou para mim espantado e depois para o urso - "Você vai ser o anônimo." - olhou para o bicho.

- "Você é hilário." - dei risada.

- "Por que nunca me contou sobre essa Gabriela?" - ele passou a mão em meus cabelos.

- "Achei que não fosse necessário, na verdade, achei que nunca mais fosse vê-la na vida." - abracei o urso e segurei sua mão.

- "Entendo." - fez carinho em minha mão - "Que nomes iremos dar?"

- "Nomes?" - o olho espantada.

- "E se forem gêmeos? Ou trigêmeos?"

- "Luan, não exagera." - passei a mão em seus cabelos - "Não começa a pirar ainda ok?" - dei risada e beijei seus lábios.

- "Estava pensando em..."

- "Luan!" - repreendo-o.

- "Ok, deixa para depois então."

***

Secret | L.S. - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora