Capítulo 11 - Cara Certo

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Chegamos no hotel e fomos para o elevador. Caíque e eu ficamos de lados opostos, nos olhando fixamente rindo mas sem dizer nenhuma palavra. Quando o elevador parou e a porta se abriu, Caíque pegou na minha mão e fomos até a porta do quarto.

Ele abriu a porta e me pegou no colo. Como se fosse uma lua de mel. Eu não consegui disfarçar o sorriso de medo e felicidade que estava estampado em meu rosto. E também não conseguia pensar em nada além do que poderia acontecer dentro daquele quarto.

Caíque ainda comigo no colo, me colocou na parede como da primeira vez. Mas dessa vez, não nos beijamos imediatamente. Ficamos olhando um nos olhos do outro. Até que Caíque me colocou no chão com cuidado, como se eu fosse um bebê. De virou e sentou em um sofá branco que tinha no quarto.

- E aí? - disse Caíque.

- Espera. - eu disse.

Fechei os olhos e pedi para mim mesma ter coragem. Talvez aquele momento pudesse ser literalmente a primeira e a última vez com o meu ídolo. Eu queria fazer alguma coisa surpreendente. Mas talvez Caíque não quisesse. E seria passar vergonha.

- O que você tá fazendo aí? - Caíque perguntou.

- Fechei meus olhos e fiz um desejo. - eu disse sorrindo e indo em sua direção.

- Meu sorriso, um abraço e um milhão de beijos? - Ele perguntou e eu sentei em seu colo.

- Tipo isso. - eu sorri.

- Não precisava bem ter pedido. Eu já ia fazer mesmo. - ele riu.

Nós nos beijamos e ficamos assim por um bom tempo. Sem fazer nenhum movimento além do beijo.

Enquanto isso... Paulo e Marília brigavam como nunca. Paulo dizia para ela ir embora e ela dizia que não.
Caíque parou de me beijar, fomos parando aos poucos na verdade. Nos separando com selinhos quentes. Quando Caíque ouviu a briga, começou a rir desesperadamente.

- É sempre assim? - eu perguntei.

- Eu sei lá. - ele respondeu rindo alto.

- Caíque! Cala a boca eles vão ouvir. - Eu disse tentando prender o riso.

- Então me passa o travesseiro ai, sua chata. - ele disse. - Eu tô passando mal velho.

O telefone começou a tocar. Era Nathan.

- Fala Nathan?

- Pode me dizer aonde é a casa de vocês? Eu tô meio perdido. - ele riu.

- Ai meu Deus. Velho, eu não sei o nome da rua. - eu disse rindo.

- Nossa Velho, você não sabe aonde você mora? Até o Caíque sabe aonde ele mora.

- Comparar com o Caíque? Não faça isso. Olha, porquê você não liga para ela?

- Valeu pela idéia. Não tinha pensado nisso.

- Depois o Caíque que é burro.

- Tá, valeu. Tchau.

Eu desliguei. Caíque estava deitado na cama, quase dormindo. Deitado de lado olhando para mim. Subi na cama e me deitei ao seu lado.

Caíque e eu começamos a nos beijar de novo. Ele colocou sua mão na minha cintura, e logo me puxou para cima dele. Foi incrível, estávamos felizes. Sorriamos o tempo todo, e sempre queríamos mais.

Acabamos dormindo depois daquele momento mágico. Acordei e já estava tarde. Caíque ainda estava dormindo, e eu só conseguia olhar para aquele rostinho lindo. E saber que ele, era o cara certo.

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