Capítulo 95

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Bea e Paulo voltaram com nossos lanches, comemos e todos fomos para o show. Caíque me enrolou durante duas semanas para ir ver Samira. Mas, por fim, ele foi. Fiquei no carro como combinamos e ele entrou. Vinte minutos depois e ele voltou e disse que tudo estava resolvido. Ele optou por não fazer o teste de DNA, pois, ela até chorou quando ele sugeriu.

Dois meses se passaram. Caíque e eu fomos juntos à duas consultas, e achamos melhor fazer o parto normal quando chegasse à hora. Eu queria muito saber como é, e não me importava o quão eu iria sentir dor.

Começamos à fazer a mudança. Eu decidi que realmente seria melhor morar em São Paulo com Caíque, seria mais fácil, mas morariamos em um apartamento. O problema era que eu ainda havia uma coisa para resolver. A Bea. Crescemos juntas, passamos todos os nossos momentos uma ao lado da outra. Eu não queria deixá-la agora. Eu não podia fazer isso assim sem mais nem menos. Então, eu ia aos fins de semana para o apart-hotel e passava a semana com Bea no Rio. E também tinha a faculdade, estava sendo ótimo. Nathália me surpreendeu ao entrar no mesmo curso, acabamos ficando na mesma turma em algumas matérias. Era sacrificante ter de transferir minha faculdade para São Paulo quando já estava acostumada, mas era a única opção.

Bea estava engordando desesperadamente. E passava mal constantemente também. Estava sentada na mesa da cozinha mexendo no celular, ela estava à quase uma hora trancada no banheiro. Quando saiu escondendo algo nas mãos, pálida, boquiaberta e parecia assustada. Olhei para ela confusa, ela franziu a testa e me encarou.

- Eu tô grávida. - ela disse com uma expressão triste como se alguém tivesse morrido.

Meu Deus! Eu? Titia?

- O quê?! - Me levanto correndo e meu telefone cai no chão - Droga!

- Lari... O que... O que eu fa... - sua voz estava trêmula e ela tremia feito uma vara Verde meio a ventania.

- ...calma. Senta. - interrompi puxando a cadeira para ela se sentar e me ajoelhei no chão bem à sua frente - Me dá esse teste aqui. - estendi a mão para pegar e ela me entregou.

Positivo. Era esse o resultado. E então, éramos nós duas. Grávidas, irmãs, namorando amigos de banda. Tudo. Eu não podia acreditar, ela seria mãe.

- Diz que eu to vendo coisa! - ela exclamou com um breve sorrisinho.

- Oh meu Deus, Bea! - larguei o teste no chão e a abracei. - Eu vou ser tia!

Horas depois, minha mãe chegou do trabalho. Bea contou à ela que ficou surpresa e feliz novamente. Dinho ficou irritado, óbvio, nos protegeu a vida toda e agora não tinha mais controle sobre nós. Mas também ficou feliz por Bea. Resolvemos fazer uma "festa do pijama". Chamamos algumas amigas, Nathália, Mariana, Eduarda e Izabelle. Quando todas chegaram, passamos horas acordadas falando sobre os bebês. Minha barriga estava incrivelmente grande. Claro, eu estava grávida de três lindos bebês. Era 23:27 da noite quando meu telefone tocou.

- Olá futura-senhora Gama. - Caíque tentou imitar um sotaque espanhol.

- Olá presente-senhor Gama. - disse e todas as meninas fizeram o famoso corinho "huuuuuuum".

- Quem está aí? - ele parecia confuso.

- Umas amigas minhas. E aí? - me sentei na cama e comecei a acariciar minha barriga por cima da camisola azul.

- O gordo do Nathan e o palmito do Paulo. Que amigas?

- Mari, Iza, Duda e a Nathy que você já conhece. Fora a Bea.

- Hum... E os nossos bebês? - a voz dele soou tão fofa...

- Grandes, gordos, futuro dançarinos e bens. - rimos. - Hoje é sexta...

- É, eu sei. Amanhã passo aí pra te buscar de manhã, porque eu quero te levar em um lugar para almoçar. - ele sussurrou.

- Nossa... Eu to merecendo? Porque você tá sussurrando?

- É pro Nathan não ouvir, se não ele vai querer ir junto! - rimos de novo - E você merece muito mais, minha princesa. Eu amo você.

- Também amo você. - sorri.

- Tá, vou desligar, boa noite.

- Boa noite. - e ele desligou.

Fomos dormir as quatro da manhã, as meninas passaram metade da noite me zoando. Mas, eu não me importei. Nada do que falamos foi mentira, eu realmente, amava ele.

5 capítulos para o fim da temporada...

Em breve: 31 - O Quê Realmente Importava


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