Capítulo 97

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Após uma rápida passada no hospital apenas para constatar que era coisa de grávida e que elas eram dramáticas até demais. Até mais que eu, o que é bem incrível. Quando saímos do hospital, eu ainda estava sendo guiada por Duda e as outras meninas. Que cismaram que algo poderia me acontecer caso ficasse sozinha. Dei de cara com Caíque me esperando do lado de fora, encostado no carro, cujo dentro estavam Paulo e Nathan.

- Tá bem? O que aconteceu? - ele disse antes mesmo que eu pudesse beija-lo.

- Hum... Ah oi amor, também estava com saudades. - tentei abraça-lo mais a barriga não deixou.

- Tá, tá. Oi moh-moh, estava com saudades. - ele selou nossos lábios - Agora diz: o que você fez com os meus pestinhas?

- Eles não são pestinhas! - sorri e disse com uma cozinha infantil.

- Para de enrolar? - comecei a rir e assenti - Vai fala.

- Eu acordei com dores, as meninas me arrastaram até aqui. Foi só isso, está tudo bem. - ele sorriu, aliviado e me abraçou - Senti sua falta...

- Eu também moh-moh... - ele me deu um beijo no pescoço.

- Oh meu Deus! Eu sou mesmo obrigada a ver isso? - Duda interrompeu todo o clima que havíamos criado e todos nós rimos.

- Amor, essa é a Duda. - apontei para ela - Mariana e Izabelle. - elas sorriram.

- Prazer, vocês já devem saber mas eu sou o...

- Caíque! - todas responderam juntas.

- E a Bea? - só então eu percebi que ela não estava mais ali, olhei em volta e não a achei.

- Não sei, a Nathy também sumiu. - passei a mão pela barriga e continuei procurando por elas em meu campo de visão.

- A Nathy eu sei onde está... - Mari apontou para dentro do carro e Nathy estava completamente agarrada ao Paulo - Nathália, sua louca, sai daí!

Eles então pararam o tal "beijo" que mais parecia a atividade de engolir um ao outro. Como Nathan também sumiu, supomos que eles estivessem juntos. Todas as meninas foram para suas casas e eu e Caíque saímos para almoçar. Ele me levou em um restaurante, mas, eu não consegui comer nada. E então, passamos por um MCDonalds, e aí, eu comi mais que um touro.

Quando chegamos ao nosso apartamento, que já estava quase todo mobiliado, fiquei no sofá com Caíque. Beijando ele, é claro, era o que mais gostávamos de fazer juntos, bom, além de outras "coisas". Estava sentada em seu colo, de costas para a janela, as pernas abertas para que nossos corpos se encaixassem melhor, as mãos de Caíque corriam pelo meu corpo acariciando minha coxa, quadril, costas, pescoço e onde mais desse para ele tocar. Eu dava leve puxões em seus cabelos e ele mordia meus lábios, nossas línguas dançavam juntas, meu corpo subia e descia em seu colo de acordo com a intensidade que me faltava o ar durante o beijo. Não demorou muito, logo estávamos tão excitados que resolvemos acalmar nossos corações.

- Eu tenho uma surpresa pra você... - Caíque disse sorrindo enquanto eu tentava recuperar o fôlego, com a cabeça deitada em seu ombro, sentindo seu perfume, ainda em seu colo com suas mãos pressionando minha cintura, balancei a cabeça para cima e para baixo e ele continuou - Levanta e vem comigo.

Levantei e caminhei com ele pelos corredores do nosso apartamento. Paramos em frente a porta de onde seria o quarto dos nossos filhos enquanto fossem crianças, e ele abriu a porta. Revelando a coisa mais linda que eu já havia visto. O quarto - que antes estava completamente vazio - agora estava decorado com balões, ursinhos, e claro, berços. Havia tudo do qual iríamos precisar. Berços, cômodas, trocador-de-fraldas, um sofazinho cheio de pelúcias no canto da parede... Era lindo. Eu estava maravilhosamente encantada. Caminhei pelo quarto, de papel de parede de ursinhos e balões de cores vibrantes e coloridas, reparando em cada detalhe. Parei ao lado de um dos berços que quase formavam um círculo, bom, formava uma curva, bem ao centro do quarto. Todos os berços eram brancos, assim como o trocador-de-fraldas e as três comôdas.

- Eu não sabia como fazer isso. Mas como você fez aquela supresa linda pra me contar, eu pedi ajuda pra minha mãe como você fez e nós dizemos isso. - olhei para ele que ainda estava parado na porta, quando lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, Caíque caminhou até a mim e me abraçou - Calma moh-moh. O que foi?

- Não é nada, é coisa de grávida! - limpei o rosto sorrindo.

- Não, é coisa sua. - rimos juntos e eu me confortei em seu peito.

Como um dia eu pude imaginar que não era isso o quê eu queria?

Como um dia eu pude achar que era errado?

São essas e tantas outras perguntas... E a resposta é a mesma: eu sei lá!

Mas estava tudo tão perfeito, tão calmo, tão lindo... E eu percebi que ali nada mais importava, nem o que era importante.

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3 capítulos para o fim da temporada...

Em breve: 31 - O Quê Realmente Importava


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