Capítulo 80

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Logo escureceu, os meninos tinham um show às 18:00 então Caíque foi embora. Igor também precisou ir, aliás, ele tinha uma família que precisava de cuidados como qualquer outra. Nathan não havia dado qualquer sinal de vida. Simplesmente, desapareceu. Bea parecia estar melhor, mas eu conheço minha irmã, sabia que ela não estava bem. Ela quis ficar em casa e fazer o que mais gostávamos de fazer juntas, assistir filmes. Fizemos uma longa sessão de gêneros aleatórios, percebi que nas comédias românticas e nos romances, ela ficava acoada e aflita. Já era 01:00 da manhã, quando meu telefone começou à tocar. Peguei o mesmo e vi que Caíque me ligava.

- Huum... Caíque! Vou até dar pause aqui para você atender sem perder nada. - ela brincou e deu pause no filme, ri e atendi.

- Bom dia. - brinquei.

- Bom dia. - ele disse com uma voz cansada.

- Está cansado?

- Muito. Como vocês estão? - ouvi um bocejo.

- Bem. E você? - sorri.

- Estou bem agora falando com você. E a Bea?

- Está melhor. Cantou muito hoje?

- Muito! Amor, você não vai acreditar. Sabe que hoje, uma menina que foi no meet, disse que estava no show em que nos conhecemos. Ela disse que as fãs inventaram um shipp para nós. Se eu me lembro bem, era "Laríque". Eu chorei de rir quando ela contou. - ele disse animado.

- Awin amor, que fofo! - rimos.

- Olha, eu vou ter que desligar e dormir um pouco. Mais tarde te ligo, não vou poder ir aí essa semana. Temos muitos compromissos aqui em SP, mas eu não vou deixar de dar notícias e saber de vocês. Tudo bem?

- Claro, também vou dormir. Bons sonhos viu?

- Pra você também, amo vocês. Tchau. - ele disse todo fofo.

- Também te amo, tchau. - ele desligou.

Quando olhei para o lado, Bea não estava mais ali. O filme permanecia pausado, e não havia nenhum sinal dela. Deixei o celular no sofá e me levantei. Comecei a chamar ela pela casa, até que um barulho que eu costumava fazer quando vomitava, soou do banheiro. Corri até lá e a encontrei ajoelha em frente ao vaso sanitário, já limpando a boca com o dorso da mão.

- Relaxa. Acho que comi demais... - ela tentou explicar, estendi minha mão e ajudei ela a levantar. Logo ela se dirigiu à pia e lavou o rosto. - Caíque está bem?

- Não é com o Caíque que eu estou preocupada. - olhei firme para seu reflexo no espelho.

- Eu estou bem, juro. Deve ser esse calor, moramos no Rio De Janeiro, caso ainda não tenha percebido. - ela brincou. - Vem, vamos terminar de assistir o filme.

Fingi que nada havia acontecido e a acompanhei até a sala. Novamente, ela deitou sua cabeça em meu colo e terminamos de assistir o filme. Assistimos mais um depois, e logo resolvemos dormir. Aliás, ser gestante, cansa.

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