Capítulo 33

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              Já passava das quatro da tarde e Caíque ainda não havia acordado. Depois de conferir pela décima primeira vez que ele estava respirando, tomei o quinto banho do dia. Quinto pois Júnior havia acabado de gofar e cima do meu vestido lindo e florido. Até cheguei a lembrar do dia em que Caíque cuspiu creme dental e saliva em meu rosto.

     — Hoje a gente vai se reencontrar. Mil planos pra nós dois a sós, depois te ver dançar. Hoje só amor que vai rolar. Filme, pipoca, nós dois, deitados de lado, ouvindo a chuva cair. — cantava embaixo do chuveiro.

     — Meu bem estar bem, quando encontra a verdade dentro dos olhos de alguém. — Caíque completava entrando no box e me pegando de surpresa — Meu bem estar bem, com você hoje, amanhã e depois também.

     — Baby eu vou te mostrar, quando a gente se encontrar. Sei bem aonde quer chegar, pode me acompanhar. — cantávamos juntos, nos olhando nos olhos — Oh, oh, oh, oh, oh, oh. Oh, oh, oh, oh, oh, oh.

              Ele me puxou pelo pescoço e me beijou intensamente. A água morna caia sobre nossos corpos nus, mas nem isso limpava as sujeiras que passavam por nossas mentes. Eu podia estar com raiva, mas não podia negar o quando o desejava. Era o meu homem, e eu era sua mulher. Não importava as circunstâncias ou qualquer um dos fatos ocorridos antes de ele entrar ali.

              Eu não ligava. Tendo ele para mim, eu estava satisfeita. Por que ele sabe como me satisfazer.

              O meu lugar era o mesmo que o dele; onde nós nos sentíamos inteiros mesmo sendo parte de um todo. Ser metade de alguém e saber que ela é sua metade, é a coisa mais linda do mundo. Saber que você precisa dela, e ela de você. Que vocês vão estar sempre juntos, em todas as ocasiões.

              Eu não estava nem aí se nós ainda não éramos casados legalmente. Ele era o meu marido. Isso bastava. Não precisava de um papel dizendo isso, quando eu tinha ele ao meu lado o tempo todo me mostrando isso.

              Ele... Como eu amo amar esse cara. Mesmo ele me irritando e me fazendo de trouxa muitas vezes. Eu queria matá-lo e depois chorar, e depois me matar também. Pois eu não viveria um segundo sem ele.

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