Capítulo 55

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Chegamos em casa. E a mesma dor voltou. E de novo, eu vomitei. Mas dessa vez, no vaso sanitário. Bea ficou comigo no banheiro, Caíque foi buscar um remédio para mim, pois minha cabeça estava explodindo.

Tomei um banho e coloquei um baby-dool branco. Sentei no sofá e Caíque de sentou na mesinha de centro em frente. Me entregou o copo com água e o comprimido.

- Está melhor? - ele perguntou enquanto via Bea entrar no banheiro.

- Vou ficar. - respondi e tomei o remédio. - Dorme aqui?

- Durmo. - ele respondeu e se sentou ao meu lado no sofá.

- Chegaram tarde. - Minha mãe surgiu na entrada do corredor. - Está tudo bem? Ah, oi Caíque.

- Oi dona Ana. - ele sorriu.

- Sim mãe. - sorri.

- E Beatriz, cadê? - Ela perguntou e olhou em volta da sala.

- Tomando banho, eu acho. - peguei uma almofada.

- Tudo bem. Nathan não veio? - neguei com a cabeça. - Vai dormir aqui Caíque?

- Vou sim, se a senhora não se importar. - ele olhou para minha mãe.

- Não, claro. Fique a vontade. Vou dormir. Boa noite. - ela disse e saiu.

- Boa noite. - respondemos em coro.

Ficamos abraçados no sofá, sem dizer nada. Apenas fiquei com a cabeça no ombro de Caíque e senti a mão dele fazendo carinho na minha cabeça. A dor ainda não havia passado, e de repente eu dormi. Acordei de relance com Caíque me carregando nos braços até o quarto.

- Pode dormir. - ele sussurrou e eu assenti com a cabeça.

Caíque me colocou na cama como se eu fosse um bebê. Dormi tranquila e não me lembro do sonho. Acordei com Caíque levantando da cama lentamente para não me acordar.

- Bom dia. - disse coçando os olhos.

- Bom dia. - ele se esticou e me deu um selinho.

- Aonde você vai? - perguntei enquanto ele colocava o tênis sentado na cama.

- Hoje tem show à tarde. Tenho que ir pra casa de shows com os meninos cedo. E olha, amanhã faz uma semana que o médico mandou você voltar lá. Vai hoje, com a sua mãe ou a Bea sei lá. - ele se levantou e arrumou a blusa.

- Tá. Espera o café pelo menos. - fui me levantando da cama.

- Não posso amor. Mas amanhã eu venho aqui, prometo. - ele me abraçou.

- Ok, vou com você até o portão pelo menos. - disse e dei um selinho nele.

- Tá, vamos. - ele segurou minha mão e foi me levando até o portão.

Chegamos lá, Paulo e Nathan já estavam em uma van esperando Caíque. Caíque me abraçou e me beijou.

- Tchau. - ele disse e me deu um beijo no pescoço.

- Tchau. Me liga, viu? - ele assentiu com a cabeça.

- Bora pombinho! - Paulo gritou.

Sorri e ele entrou na van. Eles foram embora e eu fiquei no portão até a van virar a esquina. Já estava com saudades.

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