Capítulo 59

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Estava no banheiro, na minha barriga, além do bebê, uma dor enorme. Claro, eu estava apertando para que todo o vômito saísse. Seria melhor do que vomitar aos poucos e Caíque perceber.

De repente a porta do banheiro abriu. E Paulo estava com um sorriso de criança boba no rosto. Ele ficou parado me olhando enquanto eu lavava o rosto.

- Você tá grávida, não está? - ele perguntou. Nossa tá tão na cara assim? Ainda nem barriga!

- Quê? - me fingi de boba.

- Para... O Caíque já falou que você anda enjoada. Aí de repente você vomita. Cara, pode me falar, você tá grávida. - ele sorria.

- Fala baixo! - disse e puxei ele para dentro do banheiro. Fechei a porta.

- Olha o Caíque não vai gostar nada disso. - ele apontou para a porta.

- Cala a boca. - apontei para ele. - É, eu tô grávida! Mas olha, não vou contar pro Caique agora. Só quem sabe é você, a Bea e o Dr.Franco.

- Eu sei guardar segredo, não se preocupe. Mas eu acho que você não vai conseguir esconder por muito tempo, sua barriga vai crescer. - ele colocou a mão na minha cintura.

A porta do banheiro abriu. Do outro lado Caíque e Nathan, os dois olhando com cara de tacho. Aliás, éramos eu e Paulo escondidos no banheiro e ele com a mão na minha cintura. E cara, era O PAULO CASTAGNOLI! Não era um cara qualquer, motivos de sobra para Caíque ter ciúmes. Ele era meu choose da banda, e agora era meu melhor amigo e melhor amigo do meu noivo.

- Foi mal. Não quis atrapalhar. - ele sorriu sarcástico. - Continuem.

- Caíque! - Paulo foi andando atrás dele.

Droga! Ele iria pensar besteira agora, na verdade ele já estava pensando. Ele sabia que não tinha nada haver aquilo, mas mesmo assim queria sentir ciúmes. Eu precisava falar com ele, explicar que não era aquilo. Mas quando cheguei ao lado de fora, ele já tinha ido embora. De novo, só para confirmar. Mas dessa vez com razão, a culpa foi minha. O erro foi meu.

Não deve ser nada confortável econtrar sua noiva e seu melhor amigo, presos em um banheiro e ele ainda estar com as mãos nela. Eu surtaria se visse Caíque e Bea em uma situação como essa. Realmente, foi constrangedor. Mas eu no lugar dele, iria pelo menos tentar entender a situação. Óbvio que com um barraco armado e o ciúme escorrendo pelos olhos, mas tentaria confiar e entender. Mas era o Caíque, sendo o Caíque. E eu amava e ainda amo isso nele.

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