Capítulo 16 - Sua Escolha

289 30 0
                                    

- Eu não vou embora. E você, pode voltar aqui. - ele me puxou pelo braço.

Caíque me apertou de tal forma que não consegui respirar. Pôs seus braços em volta de mim, me agarrou e olhou nos meus olhos profundamente como da primeira vez. Tudo o que eu não queria estava acontecendo novamente. Mas confesso, eu amei aquele momento. Não tem como dizer que não, aliás não era qualquer um.

Além de ser o Caíque Patti Da Gama, ele era o amor da minha vida. O único que conseguiu me fazer amolecer, o único que me conquistou em apenas uma troca de olhares. Era como nos filmes, talvez ele tenha tirado essa idéia de algum. Eu era a mocinha indefesa e ele o bandido perigoso.

- Caíque, não, por favor. - eu pedi.

- Cala a boca. - ele me sacudiu. - Eu já disse que eu não vou para lugar nenhum. E você vai ficar aqui até olhar nos meus olhos e dizer que não me quer, que você não me ama e que é para eu ir embora.

- Se eu disser você vai?

- Vou. - ele disse com firmeza. - E eu prometo para você que eu nunca mais volto atrás. Vai fala.

- Eu não quero mais... - eu travei. - Eu não consigo fazer isso.

- Eu sabia. - ele colocou suas mãos no meu rosto e olhou nos meus olhos novamente.

Ficamos paralisados por alguns segundos, Caíque começou a acariciar meu rosto e eu fechei os olhos. Eu não queria ver, não queria ouvir, só queria sentir ele e saber que ele podia me sentir. Foi o momento mais romântico que passamos juntos.

Eu podia sentir nossos corpos colados, eu podia sentir a sua respiração. Eu podia sentir seu coração bater, sua pulsação. Eu podia sentir suas pernas tremerem, eu podia sentir o prazer que ele sentia. Eu podia sentir ele.

E de repente, podia sentir seus lábios tocando os meus. E as dúvidas começaram à surgir. O que seria de mim? De nós? O que seria dos nossos sentimentos?

Eu já sabia que Caíque não estava mais brincando comigo. Ninguém que esteja enganando beija como ele me beijou, ou toca como ele me tocou. Ou então fala as coisas que ele me falou. Não sabia se realmente aquilo era amor ou atração. Talvez eu fosse uma ilusão para ele como ele poderia ser para mim. Mas nada daquilo importava, nem mesmo o que era importante.

- Porquê? - eu disse e me afastei de Caíque.

- Porquê o quê? - ele sorriu.

- Porquê eu? - Ele me puxou para perto e segurou a minha mão.

- Porquê você é a minha escolha. - Ele me beijou.

E foi a coisa mais linda que ele poderia ter me dito. E eu tive certeza, de que aquilo realmente era amor.

31Onde histórias criam vida. Descubra agora