CAPÍTULO 51

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Ele insistia em não me contar, mesmo que eu achasse tolice de sua parte. Era só mais uma viagem, tudo bem, nossa Lua de Mel, mas não havia necessidade alguma de esconder de mim.


- Você não vai mesmo me contar? - perguntei impaciente enquanto ele dirigia.

- Já disse que não. - ele revirou os olhos sorrindo e eu cruzei os braços - Adoro quando você fica irritada.

- Eu quero saber aonde vamos. - arqueei as sobrancelhas e o encarei.

- Você vai saber. - ele insistiu com o mistério.

Meia hora depois, chegamos no aeroporto. Estava lotado, e eu em um vestidinho ridículo branco que Caíque insistiu que eu vestisse. Enquanto ele usava uma roupa casual. Bem a cara dele me fazer passar vergonha.

De mãos dadas, ele me guiava no meio da multidão para algum lugar impossível de se ver. Com alguns papéis na mão e um sorriso no rosto, ele caminhava em passos largos mantendo meu corpo atrás do seu e nossos dedos entrelaçados.

- Essa viagem é Internacional? - perguntei me aproximando mais dele quando entramos em um espaço mais livre.

- Você já vai saber. - ele respondeu sem olhar para mim.

- Amor... - choraminguei.

- Quanto mais você reclamar, mais eu vou te deixar curiosa. - ele se virou e me deu um selinho - Me espera aqui. Te amo.

Ele foi andando até um balcão e me deixou ali, com duas malas grandes e pretas. Me deixando cada vez mais curiosa. Eu ainda mato ele. Pensava à todo momento. Eu estava preocupada com as crianças, ao mesmo tempo queria saber aonde iríamos. Tudo parecia ser ruim. Mesmo que fosse bom. Pelo menos, dentro no avião eu saberia para onde iríamos. Eles sempre confirmam o local do vôo.

Aquela poderia e deveria ser a melhor noite da minha vida. Eu tinha acabado de sair da minha festa de casamento e já estava estressada. Mas ao mesmo tempo feliz como nunca. Logo Caíque voltou e pegou as malas novamente já começando a me puxar para um portão preto, que deveria ser privado.

- Caíque a gente não pode entrar ali. - parei de andar e puxei ele.

- Claro que podemos, vem logo. - ele me puxou para perto de si e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa me puxou para um beijo - Sua surpresa começa agora. - ele disse finalizando nosso beijo.

Quando então ele assentiu com a cabeça para um segurança que abriu a porta. Havia uma pequena escada circular, subimos de mãos dadas e logo avistamos um grande helicóptero preto já ligado. Era incrível, nunca pensei que ele fosse fazer algo assim.

- Tá de brincadeira com a minha cara? - disse boquiaberta.

- Que foi? Tá com medo? - ele parou na minha frente - Eu posso cancelar, a gente vai de outro transporte sei lá.

- Não amor, só não... Esquece vem logo. - sorri e passei por ele indo em direção ao helicóptero.

Logo estávamos dentro do helicóptero, Caíque colocou o cinto de segurança em mim e aqueles fones gigantes. Eu não estava com medo, apenas ansiosa. E preocupada. Caíque cumprimentou o piloto e eu poderia jurar que o conhecia. Não era tão estranho e era o...

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