Capítulo 49

128 9 8
                                    

Semanas depois...

O dia da prova foi bem mais divertido e engraçado do que imaginei. Nathan comeu quase todos os bolinhos, e me obrigou a colocar na lista. E ainda por cima, escondido. Já que Caíque detestou.

As crianças parecem ficar mais lindas a cada dia. E aos poucos as primeiras palavras vão se formando em suas línguas. Um dia desses, Júnior quase disse "mãe". E Caíque me zoou o resto do dia por ter chorado por uma quase palavra.

Eu já sou sensível. E ele ainda faz isso comigo.

Depois daquele acontecimento na clínica, conversei com Igor e achamos melhor que eu não trabalhasse mais com ele. Para evitar conflitos. E mesmo que eu não tenha pedido, ele logo me indicou para Michael, que agora também seguia carreira solo.

E não é que o loirinho sabe se virar sozinho?

Cada segundo que se passou foi incrível. Cada dia mais eu tinha certeza do que estava fazendo.

- Ah deixa eu ficar vai...? - Caíque suplicava para Paulo.

É, eles voltaram a ser amigos. O que foi um grande alívio para mim, já que Paulo seria meu padrinho.

- Não Caíque, você vai atrapalhar. Vamos logo. - puxava ele para fora do apartamento.

- Espera ai que eu resolvo isso. - disse puxando Caíque para dentro.

Coloquei suas mãos em minha cintura e enrosquei meus braços em volta de seu pescoço. Lhe dei vários selinhos e fui virando o rosto logo chegando em sua orelha.

- Melhor você ir, ou eu cancelo a lua de Mel. - sussurrei em seu ouvido.

- E se eu for?

- Ai eu deixo você fazer o que quiser comigo. Quanto mais rápido você for, maior as possibilidades. - mordi seu lóbulo levemente.

- É... Vamos Paulo? - ele disse me soltando e pegando sua mochila em cima do sofá.

Paulo franziu o cenho me olhando e mexeu os lábios querendo dizer: o que você fez? , apenas balancei a cabeça rindo e logo nos despedimos.

. . .

04:48 da manhã. As crianças dormiam na casa dos pais de Caíque, e eu continuava acordada me revirando na cama feito louca.

Bea disse que viria me buscar com Nathan às 07:00, e eu não conseguia dormir. Em menos de três horas, começaria o meu dia de noiva.

Não achei que fosse ficar tão aflita por casar com um homem que vejo todos os dias, durmo ao lado dele todos os dias e já estamos juntos à três anos. Mas parece que o casamento vai mudar tudo. Até o que eu achei que não poderia ser mudado.

Casar com Caíque era o que eu realmente sonhei esse tempo todo. Tudo o que passamos juntos foi incrível e fora da ordem que eu imaginei que aconteceria. Mas foi perfeito.

Agora o casamento parecia por um fim em toda a nossa bagunça. Toda aquela bagunça pela qual nos apaixonamos. Aquela bagunça pela qual estávamos ali.

No começo, achei que fôssemos arruma-la. Mas parece que agora só vamos enfia-lá embaixo do tapete e seguir em frente.

Eu só espero que eu siga em frente com ele.

. . .

Bea continuava me olhando e balançando a cabeça desaprovando completamente o meu estado. Olheiras profundas, cabelo embolado e um sono terrível.

31Onde histórias criam vida. Descubra agora