Capítulo 68

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          Mal percebemos o que havia acontecido. Dormimos de repente, ou seja, apagamos. Quando acordei, estava sozinha na cama. Olhei para o lado e não havia nenhum bilhete que pudesse explicar a ausência de Caíque. Me levantei, arrumei meu cabelo e fui para a sala. Quando cheguei, apenas minha sogra e Bea estavam lá. Bea já estava com as coisas arrumadas e pronta para sair.

       — Lari, vai se arrumar. Já peguei nossas coisas. Os meninos foram fazer uma sessão de fotos, Caíque pediu para a gente esperar ele lá no hotel. Ele vai para lá depois.       — ela se sentou no sofá.

       — Bom dia Beatriz. Bom dia Dona Sibele.       — puxei o cabelo de Bea.

       — Bom dia. Te aconselho à ir logo se for usar o banheiro, daqui à pouco os meninos acordam.       — assenti com a cabeça, e entrei no banheiro. Apenas escovei os dentes e arrumei o cabelo.

      Sai do banheiro, me despedi de minha sogra e nós fomos. Chegamos no hotel, apenas Paulo estava lá. Achei estranho ele estar ali, no hall. Mas tudo bem.

       — O quê houve?       — disse durante nosso abraço apertado.

       — Nada. Caíque avisou que vocês vinham, desci pra ajudar com as malas.        — ele disse abraçando Bea e pegando nossas malas.

       — Caíque não está aqui?       — perguntei confusa.

       — Não. Ele foi resolver uma coisa.       — abri a boca para perguntar o que mas Paulo interrompeu.       — Nem me pergunte o quê. Eu não posso falar.

       — Segredinho?       — Paulo sorriu e assentiu com a cabeça, seu sorriso tão fofo quanto a si mesmo.       — Ok. Não vou perturbar!

       Colocamos as malas no elevador, subimos e entramos o quarto de hotel. Paulo estava com a chave e abriu. Mal parecia um quarto de hotel, parecia mais um apartamento. Era grande, a decoração era como de uma casa, havia uma cozinha dividindo o espaço com a sala e uma janela logo no centro. Me sentei no sofá, e pude observar o abajur vermelho que estava ao meu lado no criado-mudo. Fiquei encantada com aquilo, resolvi tocar. Passei o dedo lentamente pelo abajur, não parecia muito o estilo de nenhum dos meninos.

       — Eu sei, é um pouco gay.       — Paulo surgiu no corredor me fazendo sorrir. Deu a volta no sofá e se sentou em um em frente ao que eu estava sentada sorrindo.       — Espero não ter causado nenhum problema sério entre você e o Caíque naquele dia.  Ele não me falou nada, e eu também não perguntei. Não queria brigar com ele.

       — É... A gente brigou um pouco, ficamos afastados. Mas estamos bem.       — sorri.

       — E o seu bebê?       — ele esticou a mão passando-a pela minha barriga rapidamente.       — Já está crescendo.

       — Está?       — arregalei os olhos, não dava para acreditar. Levantei a blusa e olhei minha barriga, realmente, estava crescendo.       — Nossa... Eu nem percebi. Os dias foram tão corridos! Eu...

       — É, eu sei. Quando vai contar para ele? Sua barriga já cresceu um pouco. Logo ele vai notar.       — ele coçou o topo da cabeça.

       — Vou contar hoje. Eu tive a idéia de fazer uma surpresa. Você me ajuda? Vou precisar de você e da Bea.       — sorri e me levantei.

       — Tá. Como vai ser? Tem que ser rápido. O Caíque deve chegar daqui à umas duas horas.       — ele se levantou.

       — O quê tá rolando?       — Bea surgiu no corredor.

       — Bea, vem. Vamos preparar a surpresa. Eu quero contar hoje para o Caíque, que eu estou grávida.       — sorrimos.

      Contei à eles o meu plano, e logo tudo  estava pronto. Só faltava o Caíque chegar.

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