Mal percebemos o que havia acontecido. Dormimos de repente, ou seja, apagamos. Quando acordei, estava sozinha na cama. Olhei para o lado e não havia nenhum bilhete que pudesse explicar a ausência de Caíque. Me levantei, arrumei meu cabelo e fui para a sala. Quando cheguei, apenas minha sogra e Bea estavam lá. Bea já estava com as coisas arrumadas e pronta para sair.
— Lari, vai se arrumar. Já peguei nossas coisas. Os meninos foram fazer uma sessão de fotos, Caíque pediu para a gente esperar ele lá no hotel. Ele vai para lá depois. — ela se sentou no sofá.
— Bom dia Beatriz. Bom dia Dona Sibele. — puxei o cabelo de Bea.
— Bom dia. Te aconselho à ir logo se for usar o banheiro, daqui à pouco os meninos acordam. — assenti com a cabeça, e entrei no banheiro. Apenas escovei os dentes e arrumei o cabelo.
Sai do banheiro, me despedi de minha sogra e nós fomos. Chegamos no hotel, apenas Paulo estava lá. Achei estranho ele estar ali, no hall. Mas tudo bem.
— O quê houve? — disse durante nosso abraço apertado.
— Nada. Caíque avisou que vocês vinham, desci pra ajudar com as malas. — ele disse abraçando Bea e pegando nossas malas.
— Caíque não está aqui? — perguntei confusa.
— Não. Ele foi resolver uma coisa. — abri a boca para perguntar o que mas Paulo interrompeu. — Nem me pergunte o quê. Eu não posso falar.
— Segredinho? — Paulo sorriu e assentiu com a cabeça, seu sorriso tão fofo quanto a si mesmo. — Ok. Não vou perturbar!
Colocamos as malas no elevador, subimos e entramos o quarto de hotel. Paulo estava com a chave e abriu. Mal parecia um quarto de hotel, parecia mais um apartamento. Era grande, a decoração era como de uma casa, havia uma cozinha dividindo o espaço com a sala e uma janela logo no centro. Me sentei no sofá, e pude observar o abajur vermelho que estava ao meu lado no criado-mudo. Fiquei encantada com aquilo, resolvi tocar. Passei o dedo lentamente pelo abajur, não parecia muito o estilo de nenhum dos meninos.
— Eu sei, é um pouco gay. — Paulo surgiu no corredor me fazendo sorrir. Deu a volta no sofá e se sentou em um em frente ao que eu estava sentada sorrindo. — Espero não ter causado nenhum problema sério entre você e o Caíque naquele dia. Ele não me falou nada, e eu também não perguntei. Não queria brigar com ele.
— É... A gente brigou um pouco, ficamos afastados. Mas estamos bem. — sorri.
— E o seu bebê? — ele esticou a mão passando-a pela minha barriga rapidamente. — Já está crescendo.
— Está? — arregalei os olhos, não dava para acreditar. Levantei a blusa e olhei minha barriga, realmente, estava crescendo. — Nossa... Eu nem percebi. Os dias foram tão corridos! Eu...
— É, eu sei. Quando vai contar para ele? Sua barriga já cresceu um pouco. Logo ele vai notar. — ele coçou o topo da cabeça.
— Vou contar hoje. Eu tive a idéia de fazer uma surpresa. Você me ajuda? Vou precisar de você e da Bea. — sorri e me levantei.
— Tá. Como vai ser? Tem que ser rápido. O Caíque deve chegar daqui à umas duas horas. — ele se levantou.
— O quê tá rolando? — Bea surgiu no corredor.
— Bea, vem. Vamos preparar a surpresa. Eu quero contar hoje para o Caíque, que eu estou grávida. — sorrimos.
Contei à eles o meu plano, e logo tudo estava pronto. Só faltava o Caíque chegar.
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Fanfic"A vida realmente é uma grande surpresa. Quando menos se espera o amor surge de uma forma completamente inédita. A mesmice já não te agrada, você precisa de mais. Viver momentos incríveis, criar coisas incríveis, fazer coisas incríveis. Ignorar tudo...