Mark! O cara disfarçado

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Chamei Igor para uma conversa particular. Igor sugeriu seu quarto. Subi para o quarto de Igor, e sentei na cadeira, que ficava ao lado da janela.

-Oque você veio fazer aqui? - Perguntou Igor.

-Vim falar sobre o seu irmão. Ele era bandido ou algo do tipo? - fui direta.

-Acho melhor você perguntar isso a ele. O Maurício que eu conheço, não gosta que falem do seu passado para ninguém. E se eu falar, ele vai ficar irritado.

-Mas ele não conta nada. Fico preocupada! Afinal ele é o meu namorado.

-Você está recebendo algum tipo de ameaça?

-Não! - menti. -Por quê a pergunta?

Igor permaneceu calado.

-Nada não! É que .... Deixa pra lá! Ok?

Assenti.

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Estava sentada no sofá, quando olhei para o relógio e marcavam 19:39. Levantei e fui tomar banho. Enquanto escolhia a fantasia no closet, meu celular não parava de tocar.

-Alô!

-Oi! Sou eu, a Rochelle. Lamento informar mais a festa só vai começar as 22:00. Tudo bem para você?

-Tudo bem, então.

-Tchau.

Como a festa, só vai começar 22:30, ainda dava tempo de ir comprar uma fantasia razoável. Vesti um vestido amarelo queimado, e fui para a loja. Chegando na loja, avistei várias fantasias incríveis. Passei a mão em todas as fantasias, mas escolhi a fantasia de rainha vermelha. Comprei, e voltei para casa. Vesti a fantasia, e fui arrumar o cabelo. Terminei de fazer a make, e desci as escadas. Minha mãe estava fantasiada de mulher maravilha.

Alguns minutos depois ...

Chegamos na casa da Rochelle, e a casa dela estava lotada de pessoas. As paredes estava todas enfeitadas, e as pessoas estavam maravilhosas. Entrei na casa, e sentei no sofá.

Minha mãe foi atrás do Igor.

Havia um bar dentro da casa da Rochelle, assim as pessoas ficavam mais confortáveis.

Avistei Isa com um rapaz de cabelos negros. Isa acenou com a mão, e veio em minha direção. Ela estava fantasiada de diabinha, com meias vermelhas e com um vestido tomara que caia vermelho, ela também segurava um tridente preto. Isa sentou-se ao meu lado, e pediu um coquetel.

-Procurando o Maurício? - Perguntou Isa.

-Sim! Acho que ele não veio. - disse olhando para as pessoas.

-Azar dele! Vamos curtir hoje. - disse Isa, com o coquetel na mão.

-Um brinde!

Enquanto bebia o coquetel, avistei um rapaz com uma roupa toda preta e com uma capa. Ele também usava uma máscara que cobria seus olhos. Ele estava do outro lado com um copo de uísque na mão. Enquanto ele bebia, ele não parava de me observar. Fiquei até sem graça. Ele parecia ser um homem muito bonito. Ele levantou-se e veio em minha direção. Ele parou na minha frente, e permaneceu calado. Olhei no fundo dos seus olhos castanhos, e disse:

-Não vai falar nada?

-..... Você é muito bonita!

Quase morri!

-Obrigada! Você também me parece bonito.

-Valeu! Vamos dançar?

Assenti.

Levantei e fui para a pista. A música era favorável. Enquanto dançava, o rapaz apenas observava.

-Como posso lhe chamar? Qual o seu nome?

-Mark! E o seu é?

-Vitória! Você não vai dançar, não? A música está perfeita.

-Não gosto desse tipo de música. Não sou do tipo romântico. Gosto de músicas mais agitadas.

-Você parece com o meu namorado! Sabia?

-Não! Esquece esse seu namorado, e vamos curti hoje!

Assenti

Fui para o jardim, e sentei na grama molhada. A sensação da grama molhada, era indescritível. Começou a chover, mas continuei sentada na grama. Coloquei os braços atrás da cabeça, e detei no chão. Fiquei observando a imensidão do céu, e sentindo os respingos d'agua no meu rosto. Abri um sorriso e pensei como a vida era bela. Enquanto refletia, senti a presença de alguém. Imediatamente levantei, e sentir a brisa do vento balançar meus cabelos.
Mark levantou uma mecha que estava no meu rosto, e beijou-me. Levantei as mãos no impulso de afasta-lo, mas não fiz nada. Mark colocou a mão na minha cintura, e a outra na minha nuca. Enquanto fazia movimentos repetitivos, senti uma coisa que parecia ser indescritível. Parecia loucura da minha parte, mas sentia que estava beijando Maurício, mas não poderia ser ele, afinal ele não estava alí. Empurrei Mark, e sai correndo e limpei minha boca com as costas da mão. Encontrei Isa no caminho.

-Isa! Eu já estou indo. - disse pegando a chave do carro.

-Mais já! Ainda está cedo. Quer que eu vá com você?

-Não! Fica aí curtindo. Eu estou cansada.

-Mais é a sua mãe?

-Ela vai ficar bem!

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Cheguei em casa, e fui logo para o quarto. Quando entrei no quarto, senti um arrepio percorrer meu corpo. Fechei a janela, e fui tomar banho. Após tomar banho, vesti meu pijama e detei.

Acordei com uma estrondo. Desci as  escadas lentamente, e agachei-me. Avistei minha mãe com os saltos nas mãos, e com o cabelo bagunçado. Acendi a luz. Desci as escadas em passos apressados. Sentei no sofá, e olhei o estado em que minha mãe se encontrava.

-Oque foi? Nunca viu sua mãe chapada?

-Não! A senhora não consegue nem andar. Nunca mais beba desse jeito!

Peguei minha mãe pelo braço, e coloquei-a no sofá. Ela cochilou imediatamente. Subi novamente para o meu quarto.

Dormi.

Acordei com o despertador alarmando. Desci as escadas bocejando. Minha mãe estava tomando chá de boldo na cozinha, ela estava acabada. Sentei ao seu lado, e peguei uma xícara de café, com geleia de amendoim.

-Vai para a faculdade hoje?

-Vou! Porque?

-Porque eu estava pensando em ir a praia com a minha filha linda. Mas os estudos vem em primeiro lugar.

-Exatamente! Inclusive já está na hora de ir para a faculdade. Tchau mãe! - exclamei, dando um beijo em sua bochecha.

Vesti o uniforme e fui para a faculdade. Chegando lá, os corredores estavam vazios, afinal ontem teve uma festa de arromba. Enquanto caminhava, avistei Eliza no corredor. Passei ao seu lado, mas ela não falou nada. Fiquei surpreendida. Entrei na sala, e o professor já havia chegado. Sentei na cadeira do fundo da sala, e esperei a aula começar. Peguei um livro na minha mochila e comecei a ler. Enquanto estava lendo, o professor sentou-se ao meu lado, e puxou assunto.

-Como vai?

-Bem! Mas não estou afim de conversar com o senhor, então com licença.

-Toda! Mas oque eu lhe fiz?

-Não recorda? Acho que está na hora da aula começar, não acha?

O professor levantou-se e dirigiu-se para o quadro.

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