O reencontro

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A aula acabou e fui para casa. No estacionamento, vi Rochelle, e pedi uma carona para casa.

Cheguei em casa, minha mãe estava no sofá, depre por causa da perda dos meus irmãos, sentia muito por ela, não deve ser fácil perder um filho, mas não foi só ela que perdeu algo, Isa também perdeu o filho que ela estava esperando, apesar de tudo, Isa o amava muito. Sentei no sofá e abraçei a minha mãe, ela estava chorando e com olheiras. Fiz um chocolate quente, estava fazendo muito frio, então resolvi fazer esse favorzinho para ela. Após assistir vários filmes de romance, fui tomar banho e caminhar. Vesti uma roupa para caminhar e fui para a rua. Como estava fazendo muito frio, não tinha ninguém na rua, as pessoas odiavam o inverno, o frio, só gostavam de tomar sol e pegar câncer de pele.

Enquanto caminhava, avistei Raissa na calçada, chorando, ela estava muito abalada. Aproximei e disse:

- O que está acontecendo?

- O Maurício, ele terminou o noivado comigo. Como é que eu vou cuidar desse filho sozinha? Não consigo viver desse jeito! Pensei em tomar comprimidos de tarja preta, mas neste caso, iria está tirando a vida do meu filho ou filha, né. Ele é um babaca, que só pensa nele. Ele me engravida e depois quer ir embora como se nada tivesse acontecido? O Maurício não pode fazer isso comigo, eu não mereço.

- O Maurício é mesmo um babaca. Eu vou falar com ele. - levantei.

- Não! - Raissa puxou o meu antebraço. - Se você fazer isso, ele vai pensar que eu estou querendo jogar vocês contra um ao outro. Sabe, não quero que ele fique com mais raiva do que ele está agora. - Raissa enxugou as lágrimas.

- Olha, Raissa, não fique assim. Eu vou resolver isso, quer dizer... Vocês vão resolver.

- Obrigada.

Começou a chover, então resolvi ir para casa, para me arrumar.

Cheguei em casa, e fui logo para o banheiro. Após tomar banho, fui para o closet e escolhi a roupa para ir na sorveteria. Vesti um short jeans e uma blusa roxa, com mangas longas. Coloquei um sneaker branco, e desci as escadas. Enquanto amarrava o meu cabelo, minha mãe estava na cozinha, preparando algo para comer. Olhei no relógio e já eram 18:59min. Resolvi comer algo, antes de sair. Peguei uma maçã, e deixei a minha casa. Caminhava sobre o asfalto molhado, pois havia chovido muito. Estava estranhando a minha calmaria, não estava ansiosa nem nada, não estava preocupada com o que iria acontecer, na verdade não dava a mínima para Maurício, não tinha por que ter medo do que iria acontecer, afinal ele também não mexia mais comigo. Estava finalmente livre. Estava escutando a música "Stay do Kygo. Já estava próximo a sorveteria, já conseguia ver Maurício com uma jaqueta marrom, uma camisa branca e uma calça preta. Nossa, como ele estava lindo. Aquele homem era maravilhoso, pena que não prestava, e continua não prestando. Estava bem próximo a sorveteria, então Maurício acenou e piscou. Recuei minha cabeça para trás, estranhei aquele piscada e o aceno. Se ele estava pensando que alguma coisa iria acontecer, ele estava muito enganado. Sentei no banco e encostei meu cotovelo no balcão.

- E aí? O que você quer conversar?

- Não esperava que você vinhesse. Sinceramente, estou surpreso. - Maurício sorriu.

- Estava curiosa. Mas vamos logo ao assunto. O que você quer? - estava curiosa.

- Vitória, estou com saudades, não sei o que fazer.

- Até parece! Você está com saudades? A culpa não foi minha, se você estragou tudo. Você foi e sempre será o culpado do nosso término. Será que você não percebe. Você é um babaca! Então cala a boca, Maurício.

-  Ah, então quer dizer que a culpa agora é minha? Você está doida? Foi você quem traiu primeiro. Lembra do Igor, o meu meio irmão, que você pegou? Ah, e logo depois veio o Diego, que também é muito importante pra mim. Quem vai ser agora, Vitória? O Arthur? - Maurício franziu a testa.

- O quê? Você beijou a Raissa, beijou a Rochelle, beijou a Débora, a Rafaela, a Eliza. Você acha que eu não vi? Você pegou metade do colégio.

- Mas eu não estava com você ainda, Vitória. A questão é que você quer reverter a situação para me deixar triste, mais você não vai conseguir. Poxa, vim aqui para tentar deixar as coisas mais tranquilas, mas você não quer não posso fazer nada. - Maurício chutou o lixo, e depois saiu andando.

- Seu babaca! - lágrimas escorreram. - Você acha que pode pisar em mim, e depois partir? Quem você pensa que é? - coloquei minhas mãos no rosto.

- Não fica assim, Vic. - Maurício me abraçou. - Eu sou o seu namorado. Você não entende não é? Eu te amo, poxa. Não tiro você dá cabeça.

- Maurício. - nossas bocas encontraram-se.

Enquanto beijava Maurício, suas mãos foram para a minha cintura e as minhas ficaram ao redor do seu pescoço. Ficamos nos beijando por 7 minutos no mínimo, e para finalizar, rolou alguns selinhos. Nossa, como sentia falta daquela boca gostosa.

- Nossa, senti muita falta do nosso beijo. - Maurício puxou o meu lábio inferior.

- Vamos para a minha casa? - mordi os lábios.

-Vamos com calma.

- Calmamente, bem devagar. - fitei seus lábios.

- Safada! - Maurício sorriu.

- Gostoso!

- Ah, obrigado! Eu sei que eu sou gostoso, demais, lindo perfeito...

- Cala a boca!

- Vem calar. - Maurício estava me provocando.

- Já é! - tasquei os beijo lento em seus lábios, com direito a puxões, e mordidas.

Assim que parei de beijar-lo, Maurício convidou-me para passear em sua moto. Assenti. Subi a garupa e coloquei o capacete. Agarrei Maurício, o segurei com tanta força, que mal conseguia respirar. Fazia tempo que não andava de moto e isso me preocupava um pouco.

- Maurício, cuidado. - murmurrei.

- Pode deixar, minha linda. - vi o estupendo sorriso de Maurício, através do retrovisor.

Enquanto estava na moto, meus cabelos voavam, abri os braços e senti o vento agressivo bater no meu rosto.
Maurício parecia estar atento ao trânsito. Fechei os olhos e deixei a brisa me levar.

Aquilo era tão bom. Momentos assim são inesquecíveis.

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