Algumas horas depois...
Isa ainda estava na sala de cirurgia. Peguei meu celular na minha bolsa, liguei para Maurício e Alex. Estava preocupadíssima com Isa. Enfiei as mãos no cabelo e abaixei a cabeça. Levantei o rosto, e avistei Maurício vindo na minha direção, ele estava com uma calça marrom escuro, e uma blusa branca. Maurício sentou-se ao meu lado, e beijou meus cabelos. Envolvi meus braços no seu pescoço e encostei minha cabeça no seu ombro. Enquanto Maurício passava a mão no meu braço e no meu cabelo, pensava na dor que Isa estava sentindo. Coitada. Maurício beijou minha bochecha e disse:
- Vic, não fica assim...relaxa que ela não morreu não.
- Vira essa boca pra lá, Maurício.
- Desculpa. Vem cá, vem. - Maurício beijou a minha testa.
Diego apareceu no corredor, e enfiou as mãos nos bolsos. Ele estava muito sério, ele também estava levantando as narinas. Diego parou à minha frente, e disse:
- Que bom que você já está acompanhada. - Diego franziu a testa.
- Cara, jura que você vai brigar agora, véi!? - Maurício levantou a voz.
- Não estou falando com você, Maurício. Então cala a boca! - Diego franziu o rosto.
- O que você quer aqui, hein? Vaza! - Maurício pôs a mão no peito de Diego.
- Oi? Agora você vai ver. - Diego partiu para cima de Maurício, e Maurício levantou o punho para dar na cara do Diego.
- Parô! Vocês não vão brigar aqui, e em lugar nenhum.- gritei.
Diego encarou Maurício, e depois, Diego saiu apressado. Levantei e fui atrás dele. Diego estava andando muito rápido, não conseguia alcançar-lo. De repente, começou a chover, mas mesmo assim continuei atrás de Diego. Agarrei o braço de Diego, e ele virou bruscamente:
- O que é? Vai ficar lá com o Maurício.
- Vou mesmo! O que deu em você?
- Não é da sua conta. Vai ficar lá com Maurício, o seu amor.
- Diego! O que está acontecendo?
- Será que você não percebe? Eu gosto de você, pô. - Diego franziu a testa.
- ..... Você gosta?
- Sim, eu gosto e muito de você. Aí meu Deus! Eu aqui me declarando enquanto você pensa naquele babaca.
Aproximei de Diego, e tasquei um beijo em seus lábios. Suas mãos foram para a minha cintura, e meus braços para seu pescoço. Nossos beijos eram todos muito intensivos. Afastei Diego. Diego fitou-me, e entrou no carro.Maurício.
Fui para a janela, que estavam cheias de gotículas d'água. Avistei Vitória beijando Diego (meu melhor amigo). Diego partiu, e deixou Vitória lá na chuva, sozinha. Bem feito! Vitória subiu as escadas, toda molhada. Ela me olhou e abaixou a cabeça. Apenas peguei meu capacete e sai. Passei ao lado de Vitória e ela puxou o meu braço, deixando alguma coisa cair no chão. Continuei caminhando e não olhei para trás. Subi na moto e dei partida, deixei marcas do pneu no asfalto.
Cheguei em casa, e joguei o capacete no sofá. Sentei no sofá, liguei a televisão, estiquei os braços e coloquei-os atrás da cabeça. De repente o meu celular começou a vibrar em cima da mesa de centro de vidro. Atendi.
- Alô, delícia passa aqui mais tarde? - disse Eliza.
- Não! Vai procura o que fazer, Eliza.
- Grosso! Você vai casar e fica transando com outras mulheres. Muito bonito da sua parte, viu Maurício.
- Vai à merda! Véi, vai chantagear outro, menina. - minha voz estava tomada por raiva.
-Você só estar assim por que a Vitória não está nem aí pra você. Eu avisei que um dia isso iria acontecer. E veja só, não é mesmo que aconteceu...você é trouxa, Maurício. Frouxo!
- Vou te matar, garota. - fechei a mão.
- Ameaçando? Você ainda vai sofrer muito mais, pode esperar.
Desliguei o celular, e voltei a assistir televisão. Meu celular tocou novamente, mais deixei tocar. Só podia ser aquela vadia de novo. Olhei para o gesso da sala, e comecei a relembrar tudo o que passei até aqui. Foram muitas coisas, coisa boas outras não, mas eu fui um canalha com a Vitória, nunca contei o meu passado a ela, mas não dá para voltar ao passado. Infelizmente. Desliguei a televisão, e fui tomar banho, tirar a roupa encharcada. Tirei a roupa, e entrei no banheiro.
Vitória.
Os médicos recomendaram ir para casa, e amanhã voltar para visitar Isa, resolvi aceitar, estava muito cansada, mas antes, tinha que passar na casa do Maurício para falar com ele. Aquele babaca. Odeio ele. Sai do hospital, e peguei um táxi. Cheguei na casa do Maurício, e peguei a chave reserva, que ficava debaixo de uma orquídea. Entrei e não vi ninguém na sala nem na cozinha, subi para o quarto, e também não vi ninguém lá. Estava caminhando rumo a saída quando escutei um ruído vindo do banheiro. Entrei no quarto de hóspedes, e avistei Maurício de costas para à porta, pelado.
- Desculpa! - coloquei as mãos nos olhos.
- Até parece que você nunca me viu pelado. - Maurício pegou uma toalha.
- Precisamos conversar!
- Não tenho nada para falar com você. Nada. - Maurício virou-se de costas.
- Maurício. - agarrei seu braço. - Por que você saiu daquele jeito? - meus olhos o encontraram os seus.
- Porque eu quis! Agora com licença
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Meu Marrentinho
Teen FictionVitória Moreira é uma menina romântica, que sonha com um príncipe encantado. Porém ela conhece Maurício Rocha, um cara marrento, que adora se envolver em perigos. Eles irão viver uma grande aventura, que irá aproximá-los e ver que eles não são tão d...