Seu louco

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Não sei como Fábio me achou. Ele bateu na porta com tanta força, que a porta rachou. Estava com muito medo do Fábio, ele nunca agiu dessa forma. Levantei do chão e fui procurar alguma "arma". Enquanto procurava algum objeto para me defender, a luz foi cortada.

Me desesperei.

Não escutava mais a voz se Fábio. Então tomei coragem e abri a porta do banheiro. Sai correndo no escuro. Entrei no qaurto de hóspedes e tranquei a porta. Fábio pegou um martelo e bateu na porta. Abri a janela do quarto, e subi no telhado. Tranquei a janela, e fiquei caminhando no telhado. No caminho, lembrei-me que havia um quarto secreto na casa, e então resolvi retornar. Mas Fábio estava na janela. Fábio agarrou meu braço e me puxou para o quarto de hóspedes. Segurei num galho e chutei o rosto de Fábio, mas acabei desequilibrando e cai no chão. Na queda senti uma dor enorme na minha coluna, e gemi. Fábio agarrou-me pelo braço, e trancou-me no porta-malas. Peguei meu celular no meu bolso, e liguei para Maurício.

-Alô! Oi amor.

-Me ajuda Mau! O Fábio enlouqueceu. Estou no porta malas do carro dele. Por favor me ajuda! - exclamei chorando.

-Oque!? - Maurício estava com raiva -Vou matar esse desgraçado. Onde você está?

-Em casa!

-E sua mãe? E a Isa?

-Elas saíram para comprar mantimentos para a festa de boas vindas. - disse soluçando.

-Fica aí! Já estou chegando.

Como se eu pudesse sai.

Empurrei com os pés, e fiz um buraco no banco traseiro do carro. Fábio abriu o porta-malas, e agarrou-me pelo braço, e levou-me para a rua deserta. Caminhei para trás, em desespero. Fábio empurrou-me para dentro de casa, e arrastou-me para a cozinha. Trancou a porta e pegou uma faca. Tentei gritar mais foi em vão. Fábio aproximou-se e sorriu.

-Por quê está fazendo isso? - perguntei ofegante.

-Porque eu te amo! E quem ama cuida. Você vai ser minha! De um jeito ou de outro.

Estremeci.

-Mas isso não é amor! Isso é totalmente o oposto do amor. Quem ama cuida, e não machuca. Isso não é amor.

-Você não sabe oque é amor! - exclamou Fábio, irritado.

Limpei a saliva de Fábio no meu rosto.

-Desculpa! - murmurrei

-Cadê o seu herói? Ele não te ama, Vic. Ele te abandonou e te traiu! Isso que é amor para você?

Ele estava certo. Não sabia nada sobre amor.

-Está certo! Quando nós iremos embora?

-Como assim?

-Você acha mesmo que minha mãe não vai voltar para casa?!

-Se ela voltar .... Mato ela.

Fiquei boquiaberta.

-Me solta Fábio, por favor! Eu prometo que não vou contar a ninguém.

Fábio pegou a faca e passou no meu pescoço. Fiquei imóvel. Olhei para a faca em meu pescoço e estremeci.

Fábio escuta um barulho e sai. Levanto e vou para o meu quarto. Fábio me persegue, mas fecho a porta a pouco centímetros do seu rosto. Fábio soca a porta, e desce as escadas. Entro no closet, e tranco a porta.

Ligo para Maurício.

-Onde você está? - pergunto preocupada.

-Na sala de estar. E você?

-No meu quarto!

-Estou indo aí.

Maurício desliga.

Abro a porta do closet, e tranco as janelas e portas. Sento na cama, e me deparo com Maurício batendo na janela. Abro a janela e Maurício entra. Beijo Maurício e abraço-o.

-Tenho que deter esse cara. Fica longe dele.

-Não vai! Temos a oportunidade de sair pela janela. Você está afim de morrer? - disse chorando.

-Ei! - exclamou, limpando minhas lágrimas -Eu vou ficar bem! Eu sou invencível, não é?

-Não! Para com isso! Ele vai te matar. Será que você não percebe isso. - disse batendo no seu peitoral.

Maurício segurou meus braços e limpou minhas lágrimas. Abraçei Maurício e disse:

-Por favor! Não desça.

-Tarde demais. - disse Maurício, abrindo a porta.

Em desespero, desci as escadas e me escondi no balcão. Fábio estava com uma faca na mão, e Maurício sem proteção nenhuma. Fábio partiu para cima do Maurício, mas não conseguiu fura-lo. Peguei meu celular e liguei para a polícia. Saiu de fininho e abro abro a gaveta. Pego uma peixeira e fico escondida atrás do balcão. Maurício soca o rosto de Fábio, e Fábio anda cambaleando para trás. Fábio pega a faca e fura o peito de Maurício. Sair correndo na direção de Fábio, e agarrei seu pescoço. Fábio me empurra e bato a coluna na parede.

Desmaio.

Maurício

Fábio empurra Vitória, e ela bate as costas na parede. Soco o rosto de Fábio e ele cai no chão. Fábio levanta e sorrir.

-Olha o meu presente para você!

Olho para o meu peito e está sangrando.

-Seu babaca!

Vou para cima de Fábio e derrubo ele no chão. Soco Fábio até ele ficar inconsciente. Fábio desmaia. Vejo Vitória lá, caída no chão. A ambulância chega, e coloca Vitória na maca e leva ela para o hospital. Alguns paramédicos me ajudam com os ferimentos, mas o buraco no meu peito era muito profundo. Então resolveram me internar.

Vitória

Acordo com uma luz muito forte em meu rosto. Olho para o lado e só vejo uma enfermeira. Levanto, mas  a enfermeira não deixou. Ela colocou uma seringa na minha veia, e a partir daí, não conseguia ver mais nada. Olhei para o lado e vi minha mãe ao meu lado. Ela acariciou minha cabeça, e disse:

-Está tudo bem?

Assenti.

-Onde está o Maurício?

-Você, sempre preocupada com o Maurício.

Sorrir.

-Quando vou ter alta? - perguntei desorientada.

-Logo! Mas você tem que tomar alguns medicamentos.

-Ok!

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