Fui passar o final de semana na casa da minha avó, Dona Aurora. Estava assistindo televisão, quando minha avó apareceu com uma roupa de jardinagem. Levantei e fui ajuda-la. Arthur apareceu com um cavalo branco. Parei de capinar, e coloquei a mão na testa, na tentativa de enxergar-lo. nitidamente. Arthur colocou o cavalo no celeiro, e veio na minha direção.
- Vó, ainda vai ter aquele jantar? - Perguntou Arthur.
- Claro, meu fí. Ajude a...a...a... Vitória a pegar as verduras.
- Com maior prazer.
Arthur agachou-se, e me ajudou a colher as verduras.
Estava na cozinha, cortando os legumes, quando Arthur me abraçou por trás. Arthur me virou e, nossos rostos ficaram muito próximos. Olhei em seus olhos, e Arthur abriu um sorrisinho desleixado.
- É, tenho que terminar de cortar as verduras. - virei de costas.
- Você é linda, sabia. - Arthur puxou o meu braço, e me virou novamente. - Quem foi o Idiota que deixou você escapar? - Arthur pôs a mão no meu queixo.
- Maurício Albuquerque! - abaixei minha cabeça.
- Você ainda está afim dele?
- Ele foi muito importante pra mim, não é fácil esquecer alguém assim.
- Eu entendo. Vou tomar banho no rio, quer ir?
- Quem sabe quando terminar de cortar essas verduras.
- Cristina está vindo pra cá, com Dória e Diego.
- Diego? - parei de cortar as verduras.
- Sim, a Flávia também vem, já que ela é a esposa dele.
- A megera vem? Aquela Baitola.
- Relaxa kkkkk. Já estou indo, aparece lá. - Arthur apontou para a porta.
Horas depois...
Já havia terminado de cortar as verduras, então resolvi ir tomar banho de rio. Vesti um maiô amarelo, e fui para o rio. Chegando lá, avistei Arthur com uma sunga preta. Agachei e, deslizei levemente no barro, mas escorreguei e cai de cara na água. Arthur passou a mão nos cabelos, e aproximou-se de mim. Sorri e mergulhei. Arthur também mergulhou, e sem querer, nos encontramos em baixo d'água. Abri os olhos, e me deparei com aqueles olhos cor de mel. Nadei até o raso, e sai da água. Arthur veio logo em seguida, já com a toalha atrás nas costas. Parei de caminhar, e virei-me bruscamente para atrás. Arthur puxou o meu braço, e aproximou-se:
- Quando é que você vai parar de fugir de mim? - Arthur balançou a cabeça.
- Quando você aceitar que somos irmãos. - franzi os lábios.
- Então desista, por que nunca vou aceitar. Tecnicamente não somos irmãos, você que está paranóica com esse lance de DNA.
- Eu? Até parece, né Arthur. Não é só isso, você sabe muito bem do que estou falando. Diego, Maurício, Alex, Igor, e agora você.
- Idai? Eu sou totalmente diferente dos meus brothers. Eu não vou mágoa-la. Nunca!
De repente, as palavras de Arthur veio como uma flecha no meu peito. Lembrei-me de tudo o que Maurício havia dito, noites antes de nós começarmos a namorar. Juras, promessas de amor, brigas, perdões, traições. Maurício fez um grande buraco no meu peito, e seria muito difícil de amar alguém depois do que ele fez comigo.
- Vitória! - Arthur estalou os dedos. - Você está bem?
- Não! Preciso voltar e ir tomar um banho demorado.
- Mas... Aqui está o rio. - Arthur apontou para o rio -. Você quer que eu saia?
- Sim. Quer saber.... Pode ficar aí. Já estou indo. Tchau!
Sai com a toalha enrolada no busto. Cheguei na entrada do sítio, e minha avó estava arrumando as mesas para a festa caipira. Fui para o quarto, não era chique, mas era confortável, com uma cama box, uma televisão de 42 polegadas, um guarda-roupa marrom com branco, um arcondicionado pequeno, e uma escrivaninha com um abajur azul. Como disse, era confortável. Troquei de roupa, e fui ajudar minha avó. Estava colocando as mesas nos lugares indicados, até a Mercedes prata da minha chegar. O motorista chamado Luís, estacionou perto do celeiro. Diego estava com uma bermuda preta, e uma camisa de manga curta branca. Minha mãe (Cristina) estava com uma calça, uma blusa social, acho que era da Colombo, e com várias malas. Ah, a praga também veio. Ela estava com um vestido azul florido, e já dava para aparecer a barriga de aproximadamente 5 meses. Parei de pegar as mesas, e fui abraçar minha mãe. Levantei a perna, como de costume. Diego também veio abraçar-me, mas a praga lançou um olhar fulminante, como se quisesse me derreter. Lancei um olhar debochado, e o abraçei. Flávia pegou Diego pelo braço, e o puxou para a entrada do sítio. Arthur apareceu com uma bermuda branca, que dava para ver a sunga preta perfeitamente. Diego abraçou Arthur, e os dois foram conversar. Entrei, e Flávia veio atrás de mim.
- Ei, ei, ei, qual é o nome dela mesmo? Ah, Vitória! - Flávia gritou.
- O que é? - virei bruscamente.
- Onde é o meu quarto? - Perguntou com uma cara de cú
- Sei lá.
- Vaca! - Flávia veio para cima de mim, e puxou o meu cabelo. Acabei quebrando a unha que tanto amava.
- Sua Baitola! - apertei minha unha. - Você quebrou a minha unha, doente!
- Socorro! Socorro! Socorro! - Flávia fez uma cara de cínica. Diego veio correndo.
- O que foi? - Diego abraçou Flávia.
- A Vitória me bateu! - Flávia chorou lágrimas de crocodilo. Ridícula!
- Você bateu nela? - Diego fitou-me.
- Claro que não! - fiz uma cara de nojo.
- Vitória! - Diego repreendeu-me.
- O que é? Vai acreditar nessa megera?
- Ela é minha esposa! Vou me casar com ela, e exijo respeito.
- Agora deu! Não vou respeita-la. Ela não merece de forma alguma. Minha avó interveio - Vitória! Preciso falar com você.
- Já vou Vó.
Sai do corredor, e fui para o quarto conversar com a minha avó.
- Você gosta do Arthur?
- Não! - sentei na cama lentamente. - Por quê?
- Ah, você sabe não é? Arthur acabou de sair de um relacionamento doloroso e duradouro.
- Idai? - estava ansiosa.
- Afaste-se dele, minha querida. Ele não pode gostar de alguém como você.
- Como eu? Desculpa, mais a senhora está me ofendendo. - alterei o tom.
- Não me entende mal! Só estou querendo dizer que, você também acabou de sair se relacionamento duradouro e doloroso.
- O que a senhora está querendo dizer com isso? - franzi a testa.
Aurora, com as mãos enrugadas, pegou minhas mãos e disse:
- Você precisa deixa-lo ir. Ele sempre foi de apaixonar-se rápido. Não dê trela para ele. Por favor.
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Meu Marrentinho
Dla nastolatkówVitória Moreira é uma menina romântica, que sonha com um príncipe encantado. Porém ela conhece Maurício Rocha, um cara marrento, que adora se envolver em perigos. Eles irão viver uma grande aventura, que irá aproximá-los e ver que eles não são tão d...