Palavras sinceras.

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Estava na sala da reitora, tudo por culpa da Eliza.

Enquanto pensava na minha suspensão, imaginei a volta da minha mãe para casa, ela iria ficar bem.

- Vitória! - a reitora chamou a minha atenção. - Vocês duas, irão ficar suspensas por dois dias, entenderam?

- Sim! - respondemos em coral.

Sai da sala da reitora, e fui para o refeitório, pegar a minha mochila, que estava com a Isa. Chegando lá, Fábio estava sentado, ao lado de Isa. Eles estavam conversando com duas criança, enfeitiçadas. Aproximei para ver o que estavam conversando.

- Vitória! - Fábio sorriu.

- Olá! - sentei e coloquei minha mochila na mesa.

- E ai? - Isa fitou-me.

- Estou suspensa por dois dias. É bom que sobra mais tempo para cuidar da minha mãe. - abaixei a cabeça.

- O que houve com a Tia Cristina? - olhei para Fábio, e revirei os olhos. - Por que você não conta mais nada?

- Deve ser por que você é um psicopata, doente, imundo! - levantei.

- Vic! - Isa repreendeu-me.

- Deixa ela, Isa. Eu entendo. - Fábio abaixou a cabeça.

- Que bom que você entende, Fábio. - assenti.

Sai em passos apressados. No caminho para o banheiro, vi Maurício saindo do banheiro masculino e, indo em direção ao estacionamento. Corri para alcança-lo, mas Maurício andava muito depressa, ou era eu, que andava devagar.

- Maurício! - chamei-o.

- Oi? - Maurício virou rapidamente. - Oi, meu anjo! - Maurício beijou a minha testa.

- Como vai? - dei um selinho nos seus lábios.

- Você quer uma carona? - Maurício apontou para a sua moto.

- Sim! Preciso arrumar tudo, antes que a minha chegue.

- Ah... Posso ir para a sua casa, se quiser... - Maurício puxou-me pela cintura.

- Mau....! - o repreendi.

- Vic, eu só quero dizer que, tudo vai ficar bem.... Tudo! E se um dia eu deixa-la, saiba que eu a amo. - Maurício abraçou-me.

- O que você quer dizer com isso? Que papo é esse?

- Vic, eu, estou brincando. - Maurício sorriu.

- Idiota! - bati no seu peito.

- Você adora esse idiota aqui, não é? - Maurício piscou.

- Eu não adoro... Eu amo.

- Ama nada! - Maurício sorriu.

- Amo sim! Idiota. - Cruzei os braços.

- Agora eu acredito. - Maurício beijou a minha bochecha. - Vamos para algum lugar?

- Não posso, tenho que ir arrumar a casa, para quando minha mãe chegar.

- Prometo que não vamos demorar. - Maurício fez biquinho.

- Okay! - apertei as bochechas do Maurício.

Subi na moto, e senti a brisa balançar com intensidade, os meus cabelos. Aquilo tudo era muito importante para mim. Pode até parecer algo simples, mas só em estar com o meu namorado, naquela moto, ouvindo "Payphone", ja era maravilhoso. Chegamos na minha casa. Estranhei, pois Maurício disse que ia me levar para um lugar.

- Mas..... - franzi a testa.

- Não quero arrumar encrenca com a sua mãe. Vou ajuda-la a arrumar a casa, para quando a sua mãe chegar a casa está bem limpa. Mas se você quiser podemos desarrumar a casa. - Maurício passou a mão no meu rosto, e o segurou.

- Mau.... Vamos entrar logo.

- Vic... - Maurício segurou o meu rosto com as mãos, e beijou-me.

O clima estava frio, e a brisa batia no meu rosto levemente. Alguns mechas de cabelo voaram. Maurício passou as suas mãos minha cintura, e depois a pressionou. Era tão bom sentir a pressão que Maurício causava no meu corpo.

- Vamos entrar? - Maurício olhou no fundo dos meus olhos.

- Ué, não íamos arrumar a bagunça.

- Que bagunça? Ainda vamos fazer a bagunça. - Maurício sorriu.

- Maurício... - Maurício abraçou-me.

- O que foi?

- Você vai me abandonar? - lágrimas escorreram.

- O que é isso, Vic? Ei... - Maurício segurou o meu queixo com os dedos. - Nunca! Você é minha, e de mais ninguém. Sabe quando eu vou lhe abandonar...

- Amanhã! - respondi.

- Nunca! Você é incrível demais para eu a abandonar. Você é muito especial. Quando você está nos meus braços, eu sinto que eu posso a proteger de todo o mal desse mundo. Você é minha e eu sou seu. Só seu. - Maurício beijou a minha testa.

- Maurício...- lágrimas escorreram. Ele nunca havia dito isso. Estava pasmada. - Você nunca disse isto. Já que é para falar oque estamos sentindo, então vamos lá - limpei as lágrimas. - Quando estou nos seus braços, sinto-me mais segura, sinto que nada pode me ferir. Você é tão importante para mim, Maurício. Apesar das nossas brigas, eu te amo mais que tudo. Mesmo que você não demostre, eu sei que você também me ama. Se o seu amor não for tão intenso quanto o meu, não importa! Eu vou ama-lo o suficiente para nós dois. Eu te amo! Nada vai nos afastar. Nada! Sou uma idiota mesmo. - abaixei a cabeça.

- Não, não é. - Maurício olhou nos meus olhos, e me deus suas mãos. - Olha, eu te amo muito também. Desculpa se a vezes não sou tão afetivo quanto você. Eu te amo mais que tudo. Se algum dia alguém tentar me derrubar, eles vão usa-la para isso, e isso me amedronta dia e noite. Você é o meu ponto fraco. Você é o meu tudo, você é literalmente a minha vida. Vic, sinta-se única por esta falando isso para você. Nunca me abri desse jeito, com ninguém.

- Você é o meu tudo Maurício. - nos abraçamos.

- Agora, vamos arrumar a casa. - Maurício enfiou as mãos nos bolsos e saiu caminhado.

- O que você acha de nos deixarmos isso para depois, e nos curtimos um pouco? - Perguntei.

- Acho isso maravilhoso! - Maurício sorriu.

O seu cabelo estava bagunçado, deixando o seu topete um pouco desarrumado, mais continuava lindo. Ele estava com uma calça preta, uma camisa branca de algodão, e um cordão de âncora, que por acaso combinava com a sua tatuagem no antebraço. O tempo nublado, iluminava o rosto de Maurício, deixando a sua pele ainda mais branca. Os seus lábios estavam rosados, e o cadarço do tênis branco estava desamarrado. Aquele corpo atlético, aquele cabelo castanho, aqueles olhos, aquela boca, aquela pegada, aquele jeito marrento, me fascinava.


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