O pai da minha amiga - Livro I.

Capítulo 25

Amoresss... capítulo quente!!!

John estava realmente entretido no que fazia, uma maravilhosa macarronada que o aroma dava para sentir à quilômetros... uma receita específica de autoria da sua avó, com direito à ingredientes secretos. Ele tirou a tampa da panela e com uma colher de pau experimentou o molho vermelho, só de olhar dava água na boca, estava quase pronto ele deduziu.

Aquele lugar tinha uma atmosfera tão diferente, uma casa com portas retratos por toda parte, quadros nas paredes, um lugar familiar, um lugar para ser feliz.
Refletindo alí, pensou em como era tolo se sacrificar para o trabalho. O verdadeiro intuito do trabalho é na verdade satisfazer ô homem e suas necessidades, mais ao contrário disso, com o tempo ele foi vendo e se deslumbrando com tudo que o trabalho lhe proporcionava que acabou escravo do trabalho, tendo que trabalhar mais e mais para manter tudo aquilo e não tendo tempo para usufruir estando sempre cansado demais.

Voltou a tampar a panela, abriu a grande janela de madeira que tinha na cozinha e se debruçou sobre ela, estava vestindo apenas uma calça de pijama.  Já estava ficando de tarde, por volta das seis. Bianca tinha dormido como uma pedra, na verdade ela havia relaxado tranquilizando todo aquele trauma emocional que ela havia deixado guardado. Ele se sentiu satisfeito ao ver que havia conseguido convence- la de ir até o cemitério. 

Ela tinha uma ponta de orgulho, e ele admirava isso nela. Bianca era inteligente, sempre de cabeça erguida, tinha um bom caráter e vinha de uma boa índole. Era uma mulher boa e em quatro paredes era surpreendentemente ardente, mais por fora era doce, calma e tímida.  Não havia nada dela que ele não admirasse, até mesmo a teimosia dela ô causava atração.

Mais ele se sentia culpado, nossa e como! Sabia que estava envolvendo Bianca num drama, induzindo para o rompimento do laço tão bonito que havia entre ela e sua filha. Mais não era de propósito, jurava que não.
Ele queria a Bianca, queria muito sim e era sincero, todas as suas palavras e juras eram sim vindas do mais profundo de sua alma. Então se a vida lhe trouxe esse anjo, por que ele haveria de fechar os olhos e deixar sua felicidade correr pelos vãos de seus dedos?! Não! Ele agarraria aquele anjo, que um dia apareceu sem mais nem menos e salvou ele daquele abismo maldito e solitário onde estava predestinado que ele ainda vinhesse morrer em vida.

E sabe àqueles momentos em que ele chegava do trabalho e ia direto para a garrafa de uísque?! Era quando ele sentia que estava prestes a ficar louco e a única maneira de descobrir que estava vivo quando aquela bebida rasgava sua garganta aliviando sua mente e acelerando seu coração.  Mais o efeito era passageiro, trazendo no dia seguinte uma tremenda dor de cabeça.
E agora ele até poderia estar louco, mais era de amor, de desejo...
E era só sentir o toque das mãos dela para saber que estava vivo, vivo como nunca esteve antes, e o efeito não era passageiro e sim eterno, e no outro dia ainda tinha a recompensa de acordar com ela em seus braços.

Ele riu e balançou a cabeça, não acreditando que aos trinta e oito anos de idade era capaz de se sentir como um adolescente na puberdade.  O tempo era de fato um comediante, mais John estava grato por aquela piada. Se a vida tivesse lhe trazido Bianca antes não teria tanto sentido quanto agora.

De repente sentiu mãos macias e delicadas passearem por suas costas e envolverem o peito musculoso num abraço. Logo uma língua quente dançou em suas costas e terminou num beijo, ele fechou os olhos enquanto seus pensamentos voavam pelos ares dando prioridade agora para aquelas sensações.

- Estou com saudade de você, dos seus beijos, de você na minha cama...- Bianca sussurrou no ouvido dele.

John se afastou da janela e se virou para encarar Bianca. Colocou as mãos firmes sobre a cintura dela e à levantou fazendo ela ficar na mesma altura que ele.