O pai da minha amiga - Livro I.

Capítulo 22

Bianca guardou o carro na garagem e John se dispôs, como um cavaleiro que era à pegar as sacolas da compra do supermercado. Ela se ofereceu para ajudar mais ele à impediu, deixando ela um tantinho mais constrangida do que já estava por ele ter pago suas compras. O que de fato não era necessário, Bianca tinha suas economias emergentes guardadas.
Mais toda aquela atitude gentil e protetora que ele demonstrava ter fazia ela se sentir segura e amada.

Ele se afastou com as sacolas nas mãos e Bianca continuou na garagem, encostou na caminhonete e ficou pensativa com o olhar perdido ao longe.

Quantas coisas haviam acontecido em tão pouco tempo, quantos sentimentos e sensações envolvidas num único coração. Nunca tinha experimentado isso antes. Se ela ô amava? Sim! Embora ela estivesse ainda nessa busca pela descoberta, porquê o que ela sentia por ele não chegava nem perto do que ela achava que era amor, isso que estava vivendo agora alí, era mais do que qualquer expectativa que já pudera ter tido sobre suas teses do que era o amor realmente.
Ele fazia ela estremecer, e a forma como todos os seus sentidos eram ligados à ele fez ela acreditar que talvez em algum lugar, sem saber como ou quando, o universo tivesse conspirado e o destino tivesse marcado, como se brincasse de uni- los um dia. Mais quem poderia saber?! ninguém nunca soube explicar as artimanhas e façanhas do amor, é um sentimento sublime e elevado, parece uma coisa divina como se Deus dividisse com os seres humanos para que pudéssemos imaginar só uma minúscula parte de como é ser igual à Ele.
Pensou que talvez essa coisa de amor fosse como um anjo, capaz de entrar dentro de alguém com o intuito de salvar, das dores, da solidão e dos temores... trazendo também o poder de curar qualquer ferida, sem importar à causa ou a circunstância, tudo se dissipa, causando um milagre dentro de nós.

Enfim... ela se sentia feliz. O que era estranho, sabia que conhecia pouco sobre Sr. Cooper. Mais ela queria saber mais e tudo que ele contava para ela prendia sua atenção, como um livro que ela adorava ler.

Ele retornou a garagem, como sempre com aquele sorriso de causar alucinações. Também encostou no carro e à fitou.

- No que tanto está pensando? Está preocupada?- ele quis saber.

- Não, eu estava pensando em como tudo isso é...- Ela procurou a palavra certa mais não encontrou.

- Complicado?

- Isso. Mais também é assustador, eu nunca pensei que isso pudesse acontecer.

- Bianca, eu temo em não ser o melhor para você. Sei que sou uma cara mais velho e você ainda tem o mundo para descobrir. - Ele respirou fundo e pôs as mãos no bolso da bermuda.- Eu não quero te causar sofrimento, sou um homem sobrecarregado de problemas e não quero transferi -los para você.

Ela se virou para encara - lo.

- Eu é que sei o que é melhor para mim John. E o melhor para mim é estar aqui, com você. - Ela disse.

John se aproximou e acariciou o rosto dela, ela fechou os olhos se permitindo relaxar com o toque dele.

- Bianca... Bianca, o que fez comigo?! - Ele à beijou, um beijo quente e sensual. Ele nunca pensou que alguém pudesse fazer ele se sentir daquela maneira.

O beijo terminou, ele encostou no carro e a puxou fazendo ela se acomodar sobre ele e deitar a cabeça em seu peito.

- John, e Mía?- Bianca estava preocupada, estava envolvida demais. Mais agora, estando tão só sem os pais, John e Mía eram as pessoas mais importantes da sua vida. Não queria perder a amizade da amiga, era como uma irmã para ela.

- Isso está errado!- ele exclamou. - Combinamos de não falarmos de outras pessoas, não quero falar de nada que não seja exclusivamente nós dois.