Capítulo 09 - parte 04

1K 72 8
                                    


- Ela roubou, foi isso que aconteceu. – Júlia falou dando de ombros.

- Um, dois, três...

- Ok eu vou falar tudo, que saco! – Júlia murmurou e saiu do carro, andando pisando fundo, Alfonso foi atrás – Fica protegendo aquela barbie metida a protetora de crianças indefesas. – resmungou.

- O que disse Júlia? – Alfonso indagou caminhando atrás da filha.

Júlia virou-se para o pai, e andou de costas.

- Disse que ela não é a santinha que você pensa papai!

A menina votou a virar-se e seu olhar se encontrou com Eduarda, ela andou até a irmã rapidamente e a empurrou com raiva. Eduarda cambaleou e foi amparada por Alfonso que correu para socorrer a filha.

- Tem algo a dizer a esses senhores, não tem Júlia? – ele cruzou os braços.

- Fui eu que coloquei o celular na bolsa daquela mulher. – falou a contragosto emburrada.

- Sabe que isso é errado não é mesmo mocinha? – a única policial mulher pediu, abaixando-se para ficar cara a cara com a menina que cruzara os braços sobre o peito e batia o pé impaciente no chão.

- Eu sei, mas assim ela ficaria bem longe da minha casa. – a menina bufou, seu rosto estava vermelho.

- E porque quer sua mãe longe de casa?

- Ela não é minha mãe! – Julia gritou, soltando os braços ao lado do corpo - É a chata da babá e eu não gosto dela.

- Desculpe por isso, por todo o transtorno causado. – Alfonso pediu, segurando a filha no ombro e lhe apertando como sinal de que ela ficasse calada - Júlia tem um temperamento difícil, é uma criança que carrega muitas magoas do sexo feminino e por isso as rejeita e tenta afastá-las de si.

- Compreendo senhor Herrera. – a mulher falou levantando-se, olhou de Julia para ele - Preciso que assine uns papeis para que possamos liberar a senhorita Portilla.

Após assinar os papéis Anahí foi liberada e saiu acompanhada de Alfonso, que não hesitou em lhe pedir várias vezes desculpas, obrigando as filhas a pedirem também. Júlia relutou, gritou e fez birra para não pedir desculpas, mas não teve jeito, ao fim acabou cedendo e pediu desculpas.

O moreno passou na casa de Anahí, a deixou por lá, liberando-a do serviço pelo resto do dia como um sincero pedido de desculpas pelo ocorrido. Anahí agradeceu por estar sozinha, dormiria o restante do dia a fim de esquecer tudo o que passara desde que chegou na casa da família Herrera.

Mal entrou em casa e a bronca foi enorme. Júlia trancou-se no quarto revoltada após o pai fazer uso de uma cinta e dar-lhe boas palmadas. Furiosa, a menina quebrou alguns objetos em seu quarto, pois o pai nunca tinha lhe erguido a mão, eram apenas castigos passageiros. 

Um Anjo Caiu do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora