Capítulo 18 - parte 05

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Anahi instalou-se em um dos quartos de hóspedes enquanto as meninas foram até o quarto reservado para elas. Uma gritaria tomou conta da casa, assustada a loira correu atá o quarto das meninas e as encontrou cada uma com um filhote peludo no colo.

- Olha Any, eles não são lindos? – Fernanda exclamou em meio a gritinhos de felicidade.

A alegria era visível no rosto daquelas crianças que abraçavam, beijavam os pequenos animaizinhos. Eram tão fofos que Anahí teve vontade de roubá-los para si e sair correndo.

- Dê onde surgiu isso? – indagou curiosa, mas sabia muito bem de onde vinham, ou melhor, quem os tinha comprado, ou pelo menos imaginava.

- Presente do papai. – Júlia falou, largando o filhote sobre sua cama, e o mesmo rolou ficando de barriga para cima fazendo-a rir - Acho que ele quis se redimir depois do que fez com o Marley.

Anahí soltou uma gargalhada, olhou para as meninas e voltou a rir. As meninas a olharam curiosas e Júlia sabia muito bem que o motivo daquele sorriso era o pai. E a loira andava muito risonha nos últimos dias, principalmente desde a hora em que haviam saído de casa.

Iniciou-se um falatório para a escolha dos nomes dos novos animais de estimação. Júlia optou por Molly, Fernanda escolheu Cristal e Eduarda preferiu Lola, todos os nomes sugeridos por Anahí.

Após se aliviar e de um banho bem gelado para acalmar os ânimos, Alfonso foi cumprimentar a mãe.

- E onde está o imprestável? – perguntou assim que adentrou a sala onde a mãe lia uma revista de moda.

- Refere-se ao seu irmão? – Cecília rebateu com outra pergunta, largando a revista sobre a mesinha de centro - Saiu ontem com uns amigos, deve voltar apenas amanhã a tarde.

- Poderia voltar apenas semana que vem. – Alfonso resmungou, jogou-se no sofá e sorriu - As coisas estão começando a se ajeitar.

- Com Anahí? – a mãe questionou, o moreno assentiu, apoiou os braços nas pernas e curvou o corpo para a frente.

- Eu sinto que aqui... - passou a mão no coração - Cresce algo mamãe, que nunca senti antes. – ele sorriu apaixonado e Cecília levantou-se indo sentar ao lado do filho.

- Alfonso Herrera amando? – brincou e ele deu um meio sorriso assentindo minimamente. – Viva esse amor filho, não tenha medo de errar.

- E seu eu a machucar? – ele soltou um riso pelo nariz – Mais do que já possa ter machucado...

- Declare-se. – sugeriu – Diga a ela o que sente, e que pouco se importa se ela pode ou não lhe dar filhos. – ele ia dizer algo, Cecilia ergueu uma das mãos – Esqueça-se da promessa que me fez, não tem porque cumpri-la. Sua felicidade esta ao lado daquele anjo em forma mulher que cuida de suas filhas como se fossem dela.

- Eu não prometo nada mamãe, mas vou tentar dar o melhor de mim.

- PAPAI! PAPAI! – Júlia chegou a sala gritando e correndo - Vamos para a piscina? – ela deu um sorrisão.

- E suas irmãs? – perguntou buscando pelas gêmeas – Estão terminando de se vestir. – avisou, foi até o pai e lhe abraçou dando um beijo estalado na bochecha – Obrigada pelas coisinhas fofas que estão lá no quarto.

- Que coisinhas fofas? – indagou se fazendo de desentendido.

- Os filhotinhos papai! – a menina rolou os olhos – Sei muito bem que foi você – ela apontou para o pai e piscou – E também seus motivos para fazer isso. – tocou o ombro do pai e deu algumas batidinhas – Posso dizer que está no caminho certo, apenas falta um eu te amo. – ela piscou novamente e saiu correndo para fora.

Alfonso olhou boquiaberto para a mãe que começou a rir. Estava assim tão evidente?

Logo Fernanda e Eduarda Chegaram a sala e Alfonso foi se trocar para poder ir a piscina com as filhas. Estava mais do que na hora de ser um pai para elas, aproveitar o fim de semana e conquistar Anahí completamente.

A loira pegou um livro na biblioteca de Cecília e foi até a área da piscina dar uma olhada na algazarra que se formava devido aos risos e gritos das crianças. Um pouco distante observou Alfonso com as filhas e sorriu instintivamente. Nem de longe parecia ser o Alfonso ogro naquele momento. E aquela cena só o fez amar ainda mais o moreno de olhos verdes e corpo musculoso. Estava tão vidrada neles, que nem notou quando Cecília se aproximou, parando em seu lado, observando-os também. A senhora sorria ainda mais ao ver a cara de boba apaixonada da loira, admirando o moreno e as crianças.

- Vejo amor, muito amor nesse ambiente. – ela falou tocando o ombro de Anahí, que assustou-se, e a senhora não deu tempo da loira comentar algo, retirou-se em seguida.


Um Anjo Caiu do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora